EM BUSCA DA SIMPLICIDADE
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Autor Elizabeth de Fátima Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/31/2006 12:19:31 PM
A experiência de sintonia com os seres do Universo é fantástica, maravilhosa e gratificante. Muitas vezes nossos companheiros dos mundos mineral, vegetal e animal nos enviam mensagens, passam informações importantes e não escutamos, pois ainda não abrimos suficientemente nossos corações e nossas mentes.
Quero compartilhar com vocês uma experiência que vivi há mais ou menos três anos em Itaipuaçu, Niterói, RJ.
Caminhava por entre as plantas numa estrada de terra quando algo me chamou atenção. Olhei à minha volta e nada vi. Tentei continuar a caminhada, mas não consegui. Andava alguns passos e sempre voltava ao ponto de onde recebi o chamado. Lembrei das palavras ditas por um amigo raizeiro (curandeiro que faz tratamentos com raízes): “Na mata não basta olhar, os olhos precisam aprender a ver”.
Fechei, então, os olhos físicos e abri os da mente e do coração, deixei o corpo me levar, percorrendo o espaço. Em determinado momento senti uma sensação de alegria. Instintivamente me abaixei e toquei uma planta, abri os olhos e vi umas folhas largas que se alternavam umas sobre as outras e bem rasteiro no chão, no centro delas, um brilho. Emocionada afastei-as e, rente ao chão, sobre um frágil caule brilhava uma minúscula flor branca, com o miolo dourado reluzente, em frágeis estigmas que buscavam a Luz.
Nesta hora entrei em sintonia com o Deva da flor que me disse “Eu sou a simplicidade. Para chegar a mim precisas tirar tudo o que me recobre. Quantas vezes já me pisaste e nunca conseguiste me enxergar?”
Extasiada sentei-me no chão e pensei: “Mas é tão frágil!” Quando a toquei percebi que apesar do caule fino, a raiz era incrivelmente forte para uma flor tão singela, de uma beleza ímpar. Aliás, este é o maior fascínio das flores: todas são perfeitas em sua singularidade, assim como cada um dos seres da Criação Divina.
Somos belos, complementares e únicos em nossa missão pessoal. Estamos no tempo certo, no lugar certo, na hora certa cumprindo aquilo que nos foi determinado ou escolhido, de acordo com o que necessitamos aprender. Quando vacilamos ou nos desvirtuamos, o Universo nos presenteia com socorro imediato que pode vir de muitas maneiras. Uma delas é através do apoio da Mãe Terra e seus inúmeros filhos e filhas.
Naquele momento entendi que a busca pela simplicidade verdadeira depende de um intenso trabalho que se inicia no olhar para dentro, no afastamento das influências externas, dos preconceitos, das normas sociais, das pressões do dia-a-dia, da mídia, das expectativas dos outros. Senti que, querendo nos proteger desse bombardeio incessante de emoções e sentimentos que surgem na busca da aceitação pelo outro, pela família, pela sociedade, esquecemos de alimentar o nosso âmago e nos afastamos de nossa essência.
Foi um momento especial, aquele em que a flor da simplicidade conversava com a minha Alma. Despedi-me do Deva e rapidamente voltei para casa com o intuito de pegar o material para preparar a essência floral. Euforia e uma crescente ansiedade tomavam conta de mim.
Ao chegar não achei o vidro adequado, o conservante, perdi-me em outras coisas e quando percebi já era tarde. Deixei, então, para voltar no dia seguinte. Acordei com o nascer do sol, preparei tudo e me pus a caminho. Ao chegar ao local, nada vi, meditei, andei, busquei, mas a flor não estava lá.
Percebi que, na véspera, havia captado o padrão negativo da flor, procrastinação, indolência, complicação, julgamento. Em vez de “simplesmente” voltar para ela, planejei, organizei e reforcei o padrão de afastamento. Não estava pronta.
De lá para cá muita coisa aconteceu e a lembrança daquele momento nunca me abandonou, sendo uma força no meu caminho de buscadora. Ontem sonhei com a flor da simplicidade, talvez esteja próximo nosso reencontro. Hoje sei que é preciso, nem que seja por um breve momento a cada dia, afastar-me do domínio da mente inferior, aquela que julga, organiza, controla, regulamenta.
É preciso estar no aqui e agora, acordar para o que realmente acontece à minha volta e religar com o Universo. Valorizar as experiências reais através da consciência corporal presente, sem influências do passado e expectativas do futuro. Sinto que um mundo novo desperta dentro de nós e as sementes que foram plantas começam a germinar. Mas para alcançar o que se descortina é preciso ter Fé, enfrentar o que tememos, sabendo que tudo é presente no nosso inconsciente e que devemos transmutar os padrões que nos aprisionam para realmente viver o PRESENTE.
Elizabeth de Fátima Souza
Terapeuta floral e sintonizadora do Sistema Floral Beija-flor, do Projeto LUZ.
Cursos permanentes de formação em Terapia Floral nos Sistemas: Minas Gerais, Bach, Califórnia, Havaí, Agnes e Beija-flor.
Texto revisado por Cris
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Pesquisa e divulgação das essências florais do Sistema Beija-flor. Cursos e atendimentos. Consultoria em Feng Shui para residências e empresas e em Sustentabilidade e Educação Ambiental. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |