Em busca do equilíbrio
Autor Antonio Carlos Rodrigues dos Santos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/30/2006 9:16:06 AM
Você já deve ter ouvido falar bastante, principalmente nos tempos atuais, a palavra Ecologia. Entendemos por ecologia o equilíbrio que deve existir entre todos os seres, da fauna, da flora... no meio ambiente.
No último fim de semana uma professora, participante do Curso de PNL para docentes, perguntou o porque de usarmos tanto este termo em nossos trabalhos. Vou dizer aqui o mesmo que disse a ela: é porque a natureza nos serve como uma ótima metáfora do que é o nosso sistema, a nossa vida, o nosso corpo.
Acompanhe o exemplo desta história: Uma família enfrentava sérios problemas em sua casa por causa de uma invasão de cobras. Eles moravam em uma área próxima a uma mata e não havia muros ou qualquer proteção para impedir a entrada dos répteis. O surgimento das perigosas criaturas ocorria sempre em tempos mais quentes, quando elas estão mais agitadas em busca de locais mais úmidos e limpos.
O medo de que algum dos filhos sofresse algum acidente levou os pais a tomar uma decisão: passaram a matar todas as cobras que apareciam por ali, sem nem querer saber se eram ou não peçonhentas. Passado mais um tempo fizeram também uma limpeza na mata, a fim de aumentar a distância da mesma em relação a casa.
As cobras literalmente desapareceram. Era muito, mas muito raro mesmo, ver uma rondando pela região e a família se considerava segura.
Porém, um outro fator começou a preocupar: no lugar das cobras apareceram os ratos. Sem alimento na mata destruída pelos medrosos, os roedores começaram a procurar comida na casa deles. Nada escapava da fúria dos roedores: roupas, sacolas de plástico, papel, comida, doces... o que estivesse à mesa ou "esquecido" em algum ponto da casa amanhecia destruído e as marcas da presença dos bichinhos eram incontestáveis.
Perguntando a um especialista, descobriram a razão do aumento dos bandidinhos: os ratos eram alimento das cobras e agora, sem um inimigo natural para contê-los, proliferaram de maneira assustadora. A coisa ficou tão feia que não houve outra alternativa: a família tratou de procurar outra casa longe de cobras, ratos ou qualquer outro bicho, porém em lugar mais poluído, sem rios ou qualquer forma de floresta ou matas.
Se eles tivessem procurado outras alternativas para enfrentar as cobras, talvez ainda morassem naquele lugar, cheio de exuberância, ar puro e saúde.
Você pode perguntar: mas o que eles poderiam ter feito? Há muitas opções, porém, eles só conheciam a que utilizaram. Talvez uma proteção em torno da casa, um muro... ou mesmo aprender a conviver com os bichos, que só apareciam em determinada época, adaptando-se ao local e não o local aos seus medos. Isso seria agir com equilíbrio! Isso seria ecologia.
Em nossas vidas também aprontamos muitas coisas que nos levam a desequilíbrios. Na busca pela solução de um problema não pensamos, muitas vezes, nas consequências de nossos atos: na tentativa de se livrar do jugo do pai, uma menina cai nos braços de um bandido; pra tentar impor respeito, por ser constantemente humilhado ou agredido, um jovem resolve reagir violentamente e acaba na cadeia; uma mulher abandonada pelo marido resolve "sair à caça" para resgatar a auto-estima e passa, ela mesma, a ser amante de um outro homem, e graças a isso perde a guarda dos filhos...
Tudo isso é exemplo de atitudes anti-ecológicas que produzem desequilíbrio como consequência de uma sensação desejada.
Ao falar em ecologia na PNL, na verdade, indico sempre que quando buscamos resolver um problema, ou buscamos algo que queremos, devemos responder a cinco perguntas básicas:
1º - O que eu quero? (A resposta deve ser objetiva)
2º - O que vou fazer para conseguir? (Levantar o máximo de possibilidades de ação)
3º - Quando, onde e com quem quero esse resultado? (Incluir tudo: pessoas, local, datas...) (Até aqui temos as perguntas que nos levam à ação)
4º - A quem mais esse resultado vai atingir, positiva ou negativamente? Alguém vai sofrer por causa deste resultado, se ferir, ou o contrário, alguém mais vai se dar bem com isso? (Aqui, é preciso avaliar todo o entorno da questão, todos os envolvidos).
5º - Posso suportar as consequências? (Se houver algum tipo de problema - nem tudo são flores - você pode suportar o que vier de volta como ódio, tentativas de vingança, etc... ou seja, você pode pagar o preço?)
Se as duas últimas respostas não forem favoráveis, é melhor procurar não outro resultado mas, sim, outras formas de alcança-lo. Isso vale para tudo em sua vida: na educação dos filhos, na busca por um amor, na tentativa de ganhar dinheiro... Será que realmente vale tudo por nossos desejos?
Pense bem. Pense Ecologicamente e viva feliz!
Antonio Carlos
Jornalista e instrutor de PNL.
Dá cursos de maneira voluntária para escolas e ONGs em todo o Brasil.
Quer saber sobre seus cursos? Entre em contato pelo e-mail citado abaixo ou pelo fone (35) 3283-1575 e (35) 9931-0889
Texto revisado por Cris
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