Em Gratidão ou Ingratidão

   

Autor Jay Reiss

A vida é um presente e podemos pensar nisso como o tempo que nos é dado. Assim como o tempo, todo o resto nos é dado: o corpo, a água, o ar, as características pessoais e todos os recursos que dispomos.

Parte interessante do processo da nossa (in)consciência é o esquecimento. Esquecemos com facilidade o valor da boa saúde, o valor de um amigo querido, o valor da água, e especialmente, o valor da vida!

No momento em que tomamos qualquer coisa como garantida, aquilo perde valor de importância dentro da nossa perspectiva. É um processo automático.

Faltou água aqui no condomínio onde eu moro, logo o banho que eu presumo como garantido não estava mais ali. Quando o fornecimento de água normalizou, foi um alívio, naturalmente. Mais que um alívio, uma benção!

É realmente curioso esse processo…só quando a gente perde é que a gente relembra do valor das coisas. Talvez para relembrar que tudo é impermanente.

Nesse pequeno mundo pessoal, a gente presume um monte de coisas. Assumimos uma postura perante a vida, de como se o mundo estivesse aqui para nos servir (ó glorioso homo sapiens!) e a gente esquece do milagre da vida do qual fazemos parte. Nos tornamos mimados e o valor máximo da nossa civilização se tornou o dinheiro (que é em essência, um meio de troca que só tem valor para a nossa espécie).

Tudo nos foi dado. Absolutamente tudo! E a gente está aqui desfrutando e prestando serviços uns aos outros durante o intervalo entre a primeira inspiração e a última expiração. E prestar serviço é isso: oferecer o que se tem e receber por isso. Equilíbrio entre o dar e o receber.

O dar de má vontade vem da mesquinhez do ego que se esqueceu que tudo lhe foi dado e que se ressente de pagar em retribuição. Esse mesmo ego gosta de receber, mas dar não lhe agrada.

Como terapeuta eu sinto claramente quando o pagamento dos meus serviços são feitos com abertura de coração ou quando são feitos com pena de pagar.

Uma vez eu apontei a má vontade de um cliente de me pagar, ele ficou desconcertado mas reconheceu que não gosta de pagar. E se você se perguntar qual era a condição básica dos relacionamentos dessa pessoa, a resposta é questão de matemática elementar.

Quando nos ressentimos em dar, o receber se torna difícil e o fluxo natural da vida é bloqueado de uma forma ou de outra.

A gratidão sincera nos conecta com o fluxo da vida. Não é a toa que a gratidão é ensinada em tantas práticas espirituais.

O sentimento de gratidão é um alimento em si mesmo. E doce! Ele abre as portas para a infinita generosidade da vida que existe através de você.

A vida é difícil? Também é. Ela é Tudo e todas as expressões estão aqui. Mas uma coisa é certa, ficar se lamentando do que você não tem, não ajuda!! Faça o melhor possível com os recursos que você disponibiliza nesse momento, e a vida responde. A vida é inteligente e funciona em equilíbrio.

Por que agradecer? Essa não é a pergunta certa. A pergunta certa é: Como não agradecer?

Avaliação: 5 | Votos: 3

     

Conteúdo desenvolvido pelo Autor Jay Reiss    Constelador Familiar, Facilitador de Barras de Access®, Facilitador de EFT, Instrutor de Breema Bodywork®, Master e Wizard Avatar ®, estudante contínuo de Astrologia como orientação pessoal e profissional. Trabalho com atendimentos e cursos http://terapia.net.br http://www.terapiacomjay.com.br E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.