Empodere outras mulheres através da verdade (e pare de alimentar vítimas)
Autor Dulcineia Santos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 1/8/2018 12:53:56 PM
Dia desses decidi ser um pouco dura com uma pessoa que estava me contando um problema. Ela havia me passado uma mensagem e, quando eu liguei, começou a repetir a história. Cortei a lamentação e disse: “se você quer conversar comigo do ponto de vista da solução, estou aqui pra te ajudar. Do contrário, desculpe-me, mas eu não vou alimentar a vítima em você.”
Antes de falar qualquer coisa, quero salientar que eu só reconheço a vítima no outro porque ela existe em mim?—?é o meu principal sabotador; um aspecto da minha personalidade para o qual eu tenho que estar atenta todo o tempo. Meu terapeuta já teve que ser firme comigo quando me viu nesse papel?—?foi duro, mas tem sido muito importante pra minha mudança interna.
A novidade nesta situação, porém, foi usar uma prática que ando experimentando, que é a de ser o mais sincera possível nas minhas interações.
Essa consciência veio depois de assistir a um webinário da professora Claire Zammit sobre o poder feminino. No meu trecho preferido, ela dizia que nossas conexões com outras mulheres, em especial as que estão no caminho do autoconhecimento, devem refletir a pessoa que estamos nos tornando, e devem estimular (e eu acrescentaria reconhecer) o poder das duas pessoas.
Não dá mais para nos relacionarmos da maneira que fazíamos quando nosso nível de consciência era mais baixo, ou antes de nos darmos conta do quanto somos mais fortes juntas, dando suporte e encorajamento umas as outras.
A verdade é que a adulação e o “nao querer magoar” vêm de um lugar de medo?—?medo de não ser amado, medo de ela não te indicar mais pra outro cliente, de ela falar mal de você, enfim, não importa, no fim é o medo de se desconectar daquela pessoa ou do grupo da qual ela faz parte. Desse lugar de medo não existe suporte?—?nem você está ajudando a outra pessoa a crescer, e nem está se ajudando.
No caso acima, eu sei que o problema dela era real?—?a vida dela é difícil mesmo, não é uma invenção da cabeça dela.
Eu não estava sendo insensível aos problemas dela?—?pelo contrário. Simplesmente me dei conta que ter ressonado com o sofrimento dela por anos só alimentou a vítima em nós duas e nos tirou de uma posição de poder, porque estávamos sempre culpando outra pessoa pelo que não dava certo em nossas vidas. A pessoa que estou me tornando não podia mais se relacionar do mesmo modo.
A única maneira de verdadeiramente ajudá-la é trazê-la para uma posição em que ela retome o controle da sua vida, e então consiga mudá-la.
Quero acreditar que nós mulheres estejamos preparadas para esse tipo de feedback, obviamente quando dado com amor. Quero acreditar que há uma criança que precisou ser acolhida, mas que agora há uma adulta que precisa estar fortalecida para entregar o seu dom para o mundo. Quero acreditar que sejamos já evoluídas o suficiente para passar pelos conflitos de forma que nossa amizade permaneça inabalável e cresça diante deles e dos desafios que temos pela frente. Quero acreditar que estejamos prontas para viver com verdade.
Você vem?
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Terapeuta holística, coach e autora do livro "A Namorada do Dom", que pode ser adquirido por email. Qualificada autorizada da ferramenta MBTI® pelo Myers-Briggs Foundation na Florida, USA. Estudou Antroposofia por 3 anos na Suíça. Assine o canal no youtube: http://bit.ly/siga_youtub E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
