Entrevista – Terapia Reencarnacionista – Claudio Cardoso Pereira

   

Autor Carlitos Monteiro

No que consiste a terapia reencarnacionista?

Consiste na releitura da vida da pessoa sob o viés reencarnatório. São sessões intercaladas com regressões, a fim de acessarmos a causa dos conflitos e distúrbios atuais.Trata-se de um processo psicoterápico, onde ambas são importantes para o esclarecimento e desligamento dos eventos traumáticos do passado e inconscientes.

Como ela pode melhorar a vida das pessoas?

A revivência dos fatos traumáticos ajudará no entendimento sobre a circunstância do ocorrido. Sentimentos de culpa, medo, tristeza e raiva são decorrentes dos atos (ou omissões). São causas de somatizações, como fo- bias, depressão, transtorno do pânico, dependência química, etc,. A partir da compreensão de tais fatos, o desligamento acontece.

Por que o fato de conhecer o que se passou em vidas passadas é determinante para mudar atitudes no presente?

É bom salientar que a regressão abrange outras instâncias. Além das vidas passadas, pode-se acessar a vida intrauterina, a primeira infância, o período de intervidas e o próprio pensamento inconsciente. Em quaisquer contingências, situar-se-á a gênese do trauma. Quando me deparo com o motivo e aceito o contexto em que ocorreu, tenho a oportunidade da conscientização sobre o que estou fazendo. Ressignificar a existência representa a interrupção da autossabotagem, da vitimização, do ¨coitadismo¨. Em suma: paro de reagir e começo a agir!

Como você conheceu a terapia reencarnacionista? Por que decidiu seguir essa linha espírita?

A reencarnação há muito deixou de ser uma crença. É certeza. Chamá-la de espírita é (mais) um reducionismo acadêmico. A reencarnação transcende rótulos. Ela é científica e não uma prerrogativa religiosa. Um exemplo: uma pessoa evangélica submeteu-se à terapia e regrediu.

Conheci a Psicoterapia Reencarnacionista em 2006 quando morava na cidade de Torres (RS). Concluí o curso de formação em Porto Alegre em 2007 com o fundador, o médico Mauro Kwitko. Ele ministra o curso em algumas cidades do país até hoje. E já escreveu vários livros. Dentre eles, destaco o segundo ¨Doutor, eu ouço vozes - doença mental ou mediunidade¨.

Conte um momento de sua vida em que a terapia reencarnacionista foi fundamental para superar obstáculos.

Durante o curso de formação, submetí-me à regressão com dr. Mauro. Nela acessei uma vida passada, em que me vi como criança. Fui intuído a despedir-me dela pois precisava amadurecer como pessoa. E assim fiz... deixei para trás aquele menino. Pouco tempo depois, fui convidado para participar de uma equipe multidisciplinar, onde novas responsabilidades foram assumidas. No meu caso, a regressão foi de origem consciencial naquele momento, ou seja, não traumática, e, assim, não acessei nada que estivesse ligado a um trauma.

Algum outro recado que queira dar.

A regressão que aprendi neste curso tem características importantes e bem definidas. Em primeiro lugar, preserva a Lei do esquecimento, ou seja, o terapeuta, em hipótese alguma, pode incentivar o reconhecimento das personagens envolvidas na situação. E em segundo, a regressão está a serviço da psicoterapia e em busca da reforma íntima individual. Se, pessoalmente, não aceitar as imperfeições e não comprometer-se com a renovação moral, de pouco adiantará a regressão. A manutenção dos sintomas físicos, emocionais e espirituais trará a sensação de falta de sentido e até mesmo - acomodação.

Avaliação: 5 | Votos: 3

     

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