Entusiasmo ou euforia?



Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/8/2012 5:33:21 PM
Entusiasmo ou euforia?
Muitas pessoas confundem entusiasmo com euforia e vice-versa. Entusiasmo, como já falamos em outras oportunidades, significa "a energia divina dentro de si". Euforia é "um estado de bem estar ou excitabilidade, natural ou causada por outros meios" que atinge um ápice e decai. Por isso é conhecido também como "fogo de palha".
A euforia cria um ambiente inicial de grande movimentação e aparente "entusiasmo" e está quase sempre ligada a propostas e possibilidades. Na seqüência, com a mesma intensidade que se manifestou, surge o desinteresse, o desencanto e deixa-se para lá o objeto de toda a movimentação. Fazer acontecer dá trabalho e exige dedicação e isso faz com que determinadas pessoas não levem suas idéias adiante. Pessoas com esta característica tendem a intensos momentos de depressão, pois se frustram com "tantas possibilidades" não realizadas e então sentem o vazio. Raramente percebem que são as próprias responsáveis por não levar as idéias à frente. Normalmente atribuem a outros seus insucessos.
Pois é. O eufórico quer, mas quer pronto e realizado pelos outros. A insegurança pessoal e a instabilidade permeiam a vida dessas pessoas.
Observem quantas idéias são apresentadas e até com muitas chances de darem certo, mas que após algum tempo, curto tempo até, já não são mais mencionadas. Podemos dizer que essas pessoas não querem pôr a "mão na massa". Fazer implica persistência, determinação, organização, confiança, superação de obstáculos, conquistas gradativas, persuasão de pessoas envolvidas, criação de recursos, esperas, enfim, fazer envolve uma infinidade de "pequenos passos" e estados interiores que nos projetam para frente e para cima.
É natural que tenhamos manifestações eufóricas, pois há conquistas, reconhecimentos e alegrias que nos fazem "tirar os pés do chão". Mas logo após, retomamos e damos seqüência à nossa vida, agindo, realizando, fazendo.
Aqueles que vivem "apenas" de euforia vão provocando um grande vazio interior, que cedo ou tarde se manifesta, gerando então grandes problemas de comportamento: depressão, alcoolismo e outros mais.
Despertar o entusiasmo existente em nosso interior exige que acreditemos que nossos sonhos são possíveis, que podem ser realizados. A crença é que nos conduz à ação, pois sabemos que é através desta que as coisas acontecerão. Portanto, poderíamos também dar como título a esse artigo "A fé que constrói". Isso nos lembra a passagem que diz: "a fé remove montanhas".
Quando as pessoas não se acreditam capazes, conduzem suas ações de forma a ter os resultados frustrados. A Neurolingüística nos alerta sobre as crenças limitadoras e as crenças propulsoras. Baseados em nossas crenças nós direcionamos nossas vidas.
Agir entusiasticamente não significa, como a maioria pensa, agir saltitando de alegria e de riso. A marca registrada do entusiasta é a determinação e a persistência. A busca interior para todas as forças necessárias ao o seu caminhar. A alegria existe sim, mas é interna. Ela faz parte da construção da felicidade que se encontra no caminho que se percorre, e não na chegada, até porque quando o entusiasta manifesta essa energia de forma alegre, nem sempre é compreendido e visto como alguém que tenha os pés no chão. É confundido com os que vivem de euforias, fazendo com que suas fantasias pareçam realidade.
Sabe aquela pessoa que nunca chamou a sua atenção e que, num determinado dia, por algum motivo, durante uma conversa, lhe surpreende com a riqueza e a vibração que dela emanam? Com certeza ela é uma entusiasta. Acredita no que faz. Acredita que depende dela, desde gerar recursos até concluir uma empreitada. Não se incomoda com ninguém. Sabe que seus esforços geram bons resultados.
Pense nisso!









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