Equilíbrio entre o dar e o receber
Atualizado dia 9/17/2019 9:29:49 AM em Autoconhecimentopor Adriana Garibaldi
É paradoxal tudo aquilo que concerne aos processos emocionais e às relações humanas.
Muitos dizem que em realidade buscamos a nós mesmos nos outros.
Se esta sentença for correta, precisaríamos olhar para isso e descobrir em que ponto falhamos conosco nessa busca, sujetando-nos repetidamente a experiências de rejeição.
Existem momentos em que realizamos um grande esforço em construir pontes que se mostram inúteis na hora de nos relacionar com determinadas pessoas.
A vida é um caminho de trocas e não de indiferença, no entanto, às vezes entregamos o coração, entregamos o nosso mais valioso tesouro afetivo a criaturas que nem se apercebem disso. Frias e distantes se mostram incapazes de ultrapassar as crenças que os fazem se sentir em perigo ante a manifestação de afeto de alguém.
Se pudessem olhar para si, descobririam no espaço íntimo da emoção aquilo que as limita em função de ideias vinculadas ao passado, às palavras tóxicas que lhes puderam ter sido transmitidas, experiências traumáticas que constituem impedimentos emocionais na hora a expressar e receber amor.
Acredito que entramos na vida de algumas pessoas para sensibilizá-las ou para aprender a nos sensibilizar mutuamente num proceso de autocura, justamente porque muitos não conseguimos ver a real importância do sensível, das emoções, e precisamos que nossa sensibilidade fique exposta.
No entanto, ante pessoas racionais demais que se evadem na hora de falar dos sentimentos, para as quais o medo as faz funcionar com o freio de mão puxado, nos torna difícil estabelecer um vínculo real.
Na maioria das vezes, somos a parte mais sensível, a que sempre demostra, a que sempre atua e intenta promover uma aproximação. Tomamos a iniciativa de construir uma ponte enquanto o outro lado somente levanta barreiras, não sendo capaz de permitir uma abordagem ou de ver o que fazemos para demostrar o quanto nos importamos.
Mesmo compreendendo os processos e limitações dos outros, precisamos ficar atentos para que certas manifestações de desdém em resposta ao que fazemos não acabe por nos convencer que não valemos nada, porque isso nos provocará muita dor.
É necessário que encontremos um balanço entre o dar e o receber, sentindo-nos livres para mobilizar o afeto sem tanto medo de sermos feridos novamente.
Às vezes é hora de comprender as relações e os papeis das pessoas junto de nós, dando-lhes um sentido próprio que as defina. Afastando-nos sempre que a outra parte se mostrar distante ou indiferente.
Vivemos experiências nada positivas quando enfrentamos a indiferença de uma outra pessoa de quem gostamos, além da nossa autoestima ser muito abalada com isso.
Mesmo que nos seja difícil, precisamos reconhecer que a vida é um aprender com as incertezas, frustrações e rejeições.
Perceber que cada pessoa tem seus processos, pontos de vista e desejos, mas, que em realidade, o que todos buscamos é um vínculo real, sem tantas situações dúbias, não claras.
Procuremos o afeto junto daqueles que sejam capazes de nos apreciar de verdade, dispostos a estabelecer uma troca justa entre o dar e o receber.
Texto Revisado
Avaliação: 5 | Votos: 2
Confira minha página no Facebook E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |