Esquizofrenia e interdimensionalidade

Atualizado dia 2/5/2009 12:23:20 PM em Autoconhecimento
por Flávio Bastos

   

Segundo Freud, o pai da psicanálise, para evitarmos o sofrimento e mantermos a nossa integridade, privamo-nos da capacidade de gozar a vida. As nossas emoções, guardamos para alguma coisa sem sequer sabermos que coisa é essa, e o hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é o que faz de nós seres tão refinados. Porque não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais intenso que o prazer da embriaguez.  Por que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque em cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca por prazer...

Gosto do Rio de Janeiro, não somente pelas suas inconfundíveis belezas naturais, mas também pela originalidade de seu povo que consegue conviver bem com a diversidade social, étnica e cultural, característica das grandes metrópoles mundiais, onde as diferenças ou liberdades individuais geralmente são mais aceitas pela sociedade.

Estando atualmente de férias e, ao mesmo tempo, aproveitando para matar a saudade de um filho  que reside na sempre cidade maravilhosa, tem chamado-me especial atenção o comportamento de um morador de rua. Este indivíduo, um jovem adulto do sexo masculino, preenche todos os requisitos para ser diagnosticado como portador de uma doença mentalmente comprometedora: a esquizofrenia. Ele fala sozinho, veste-se e maquia-se como uma mulher e é extremamente vaidoso.

No entanto, essa é a percepção de quem apenas analisa o que vê, mas não "sente" na sua interdimensionalidade o que significa nos bastidores, aquele ato em que a rua torna-se o cenário usado na representação de um drama que se repete diariamente.

E um simples detalhe suprasensorial na percepção de quem "sente" a cena na sua interdimensionalidade física e espiritual, faz a sutil mas fundamental diferença em relação àquele que analisa de fora o drama individual que se expressa em via pública. Porque ali, naquela cena que se repete todos os dias, a começar pelo ritual da preparação onde trapos de roupas são cuidadosamente organizados como se a pessoa estivesse preparando-se para um importante encontro social, a esquizofrenia passa a ter uma outra leitura, ou seja, a leitura interdimensional do comportamento humano.

Pela manhã, a pessoa em questão, traja um longo vestido preto, sendo que o passar das horas é acompanhado por um ritual que reune maquiagem e muito diálogo com as sombras. À tarde, o "monólogo" continua e quem passa por perto pode ouvir frases como: "Foram muitos os meus amores!" ou "Tenho que estar linda para o jantar!"

No final da tarde, o ritual de preparação que começa pela manhã está concluído. Ao trajar um longo vestido branco acompanhado de sapatos de salto alto e fino, a dama da noite expressa o resultado de sua vaidade. Na sua "loucura", a dama está pronta para o encontro social, quando passa a desfilar o seu êxtase e o seu charme na noite carioca...

No entanto, o que encontra-se nos bastidores daquele drama pessoal revelador de um provável histórico de rejeição, abandono e violência, denominado científicamente de "esquizofrenia"?

A análise interdimensional do perfil psico-espiritual do indivíduo, baseada na percepção suprasensorial e em evidências comportamentais, apontam para um caso de fixação a um passado remoto (vida passada), em que o envolvimento obsessivo (anímico-espiritual) se faz presente com toda a sua intensidade, a ponto da pessoa encontrar-se completamente subjugado a ele...

Precisamos nós, psicoterapeutas de todas as linhas de formação, desenvolvermos o olhar investigativo além (e aquém...) do aparente "aqui-agora", porque esse simples exercício pode significar o início de um processo de desenvolvimento da percepção suprasensorial, inerente à natureza humana e tão necessária na avaliação interdimensional de casos em que os "delírios e alucinações" de seus portadores são acompanhados de pré-conceitos. Porque, afinal de contas, entre o conhecimento científico e o autoconhecimento existe uma tênue linha divisória chamada "labirinto científico", cujo maior desafio de todos é encontrar a saída para a luz. A luz que possa acolher seres humanos que  como o caso abordado sugere, infelizmente acabam sendo enquadrados no perfil de "casos perdidos".

Psicanalista Clínico e Interdimensional - flaviobastos

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Texto revisado por: Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos    Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.