Eu não preciso de ninguém...
Autor Silvana Giudice
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/10/2010 16:12:46
Enquanto escrevia meu último artigo: "Eu preciso ter alguém", eu já sabia que o tema do próximo seria: "Eu não preciso de ninguém"...
No artigo anterior, falei sobre a ansiedade de não conseguir ficar só, do medo da solidão e principalmente de querer à todo custo preencher esse vazio com qualquer pessoa que cruze o nosso caminho.
Entretanto, como tudo na vida tem os dois lados, o claro e o escuro, o Yin e o Yang, o céu e a terra, a noite e o dia, também podemos imaginar como estariam àqueles no outro extremo de "precisar ter alguém" que é o de "não precisar de ninguém". O auto-suficiente, o bem resolvido...o que se basta.!
Claro, que isso também é uma verdade e vemos também pessoas que não querem ter ninguém por medo, insegurança, e até traumas de um passado em que foram feridas e machucadas emocionalmente ou até fisicamente.
Pessoas que não tem um amor, porque simplesmente se fecharam para ele.
Entre precisar ter alguém e não precisar de ninguém onde está o caminho do meio?
Será que se trancar para novos relacionamentos por experiências ruins do passado seria uma solução?
Uma espécie de clausura, no lêdo engano de que não me relacionando também não sofro, não sou machucada?
Nascemos para a convivência. Nosso crescimento espiritual se fortalece no decorrer de nossa vida através de relacionamentos familiares entre amigos, sócios e de uma maneira muito especial entre homem e mulher.
Fracassos não acontecem para nos isolarmos do mundo, mas para nos tornarmos mais observadores, conscientes, cautelosos, experientes, mas também mais sábios para reconhecer o "ponto de equilíbrio".
É com o outro que compartilhamos nossas alegrias e dividimos as nossas tristezas.
É com o outro que aprimoramos a nossa capacidade de amar e nos tornamos pessoas melhores.
É através do outro que temos a oportunidade de aprender a ser paciente, tolerante, amigo.
Perdas de amor do passado são mensagens silenciosas que nos alertam para o nosso grau de ilusão.
São lições que sinalizam nossas atitudes possessivas .São avisos para termos um amor maior por nós mesmos.
O equilíbrio entre o querer demais alguém e não querer ninguém é se despir das expectativas de "como será" a vida com o outro.
Além da fantasia e das aparências é ir enxergando o outro aos poucos como ele se apresenta de verdade. É não desenhar castelos, nem o "The End" das fitas românticas.
Afinal o príncipe gentil e educado também tem dias que briga com o chefe e seu humor fica insuportável, e a princesa meiga e delicada também tem TPM e chora e briga por qualquer coisa.
"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano a perfeição, como são sábios aqueles que se entregam à loucura de amor".....Joshua Cooke
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