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Existe racismo mágico? Quem são os Magos das Sombras

Atualizado dia 10/28/2021 1:36:42 AM em Autoconhecimento
por Rosana Ferraz Chaves


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Existem grupos que criticam termos ancestrais que usamos em magia, afirmando que toda vez que usamos a palavra negro, ela é associada a racismo.
Acredito que seja possível sim que isso possa estar ocorrendo, principalmente em nosso país, então resolvi escrever esse artigo para explicar melhor esse assunto.

A base da magia ancestral é europeia e na Europa a magia não era praticada por negros. Nem havia negros por lá, naquela época.

Os escravos egípcios eram hebreus e os escravos gregos, romanos e escandinavos eram pessoas aprisionadas nos países invadidos, normalmente crianças muito novas ou mulheres, todos brancos ou semitas.

Nas invasões os homens jovens morriam lutando e os velhos eram sempre assassinados.

Os invasores saqueavam os locais invadidos e aprisionavam os povos locais, que seriam vendidos como escravos ou prostitutas.

Esses povos invasores tinham a sua cultura religiosa e também diferenciavam a magia em dois tipos, com nomes diferentes, mas para exemplificar aqui, vamos usar os dois nomes mais comuns, que são magia branca e magia negra.

Os povos celtas e europeus na sua maioria não acreditavam em diabo, então não associavam magia com esse elemento negativo.

A crença na associação de magia branca com Deus e magia negra com diabo, não é pagã, é cristã.

Essa associação sempre foi feita por povos cristãos, porque diabo é uma crença cristã.

Os celtas, os gregos e os egípcios associavam sombras com os deuses do submundo, que seria uma camada energética mais próxima da terra, onde determinados deuses comandavam a energia da crosta e estaria mais associada a energia telúrica e o fogo dos vulcões. Mas ainda assim eram deuses.

Acima do submundo separando luz e sombra, estaria o nosso mundo terreno e acima dele, um mundo superior, com luz, por estar mais próximo do sol, das estrelas e da lua.

Mas então qual é a diferença entre magia branca e negra?

A magia branca é aquela que é feita com o consentimento de quem pede e de quem recebe, independente do pedido.

Magia negra é o oposto. É aquela que é feita sem o consentimento das duas partes, independente do pedido.

Mas nenhuma delas tem nada a ver com energia negativa ou positiva ou com a origem racial de quem a pratica.

Vamos dar um exemplo clássico de magia branca e negra, para você entender facilmente.

Vamos supor que você tenha um filho e que ele esteja desempregado. Você quer ajudá-lo e resolve fazer um ritual de prosperidade para que seus caminhos sejam abertos. Você faz o ritual.

Se antes de fazer o ritual você pediu permissão para seu filho e ele concordou que você fizesse o ritual, então o que você praticou foi magia branca.

Mas se quando você o comunicou ele não quis o ritual ou se você sequer o comunicou, então o que você fez foi magia negra.

Não tem a ver com a intenção! Tem a ver com o consentimento.

Negro em magia significa escondido e oculto, nada a ver com negativo, nada a ver com a origem do praticante.

A magia não é positiva e nem negativa. O praticante é que dá sabor ao prato, de acordo com o tempero.

Você pode tomar um bom vinho para comemorar um aniversário e se sentir muito feliz com isso, da mesma forma que pode exagerar num vinho de baixa qualidade, ficar bêbado, prejudicar seu corpo e acabar com a festa.

E o vinho não tem nada a ver com isso, porque você já conhecia a qualidade dele, antes de usar.

Aqui no Brasil as pessoas não têm o costume de estudar nada, mas gostam de ostentar títulos, o que piora bastante o entendimento das coisas, ajudando a difundir conceitos errados.

Então quando me refiro a magos negros e magos brancos, estou me referindo a pessoas ou seres que praticam magia sem autorização dos envolvidos. Não tem nada a ver com a origem da pessoa e nem com a cor da pele.

No hinduísmo por exemplo, a cor da deidade tem a ver com o humor que ela expressa no momento.

Existem imagens de Krishna de várias cores, independentemente da cor de pele original que ele tinha quando esteve encarnado.

Estou esclarecendo isso a pedido dos meus mestres, para que alguns não se sintam ofendidos com o uso dessa expressão.

No astral usamos essa nomenclatura de magos negros e brancos e as vezes, magos cinzentos, que são aqueles que estão em evolução. Se lembre de Gandalf, que começou como um mago cinzento e depois virou um mago branco. Nada a ver com a cor da pele.

Se você gosta de adquirir novos conhecimentos, então precisa prestar mais atenção na intenção e na origem, do que nas palavras, porque em magia, nem tudo pode ser atualizado.

Não se deixe levar por modismos “politicamente corretos”, que de fato, não ajudam em nada e acabam criando ainda mais confusão.

Como existem magos que só praticam sem o consentimento dos envolvidos, dizemos que eles são negros, porque sua magia está escondida, às escuras. É esse o sentido original.

Daqui para a frente vou chamá-los de Magos das Sombras. Que tal esse nome?

Se você prefere que eu me refira a eles como Magos das Sombras, dê um voto positivo nesse artigo. Assim eu fico sabendo que você aprovou!

Aqui no Brasil se pratica muito a magia de origem africana, como umbanda e candomblé, que não tem nada a ver com magia negra, diabo, coisas negativas, nada disso.

Os africanos também não acreditavam em diabo e foram obrigados a sincretizar suas deidades para sobreviver por aqui, dando uma “branqueada”, para melhorar a aceitação de sua fé, mas todas as deidades africanas são negras.

Não existe orixá branco legítimo e original.

No candomblé, todos os orixás são negros e isso é absolutamente correto.

Na umbanda, os orixás são brancos e diferentes dos orixás do candomblé, mas porque isso?

A umbanda é uma religião brasileira e ela sincretizou as deidades africanas, com os santos católicos, para associar e ser melhor aceito.

Como Ogum era um grande guerreiro negro, ele foi associado com São Jorge guerreiro, que era branco e morava na Capadócia, que fica na Turquia.

Por isso, na umbanda ele aparece como um guerreiro branco.

A cultura africana é rica em conhecimento, em arte, em culinária e em muitas coisas que ainda desconhecemos. Temos muito que aprender com eles.

A espiritualidade africana é super da luz e trabalha com poderosas egrégoras de cura, alegria, beleza, felicidade e prosperidade.

A espiritualidade umbandista é muito agregadora e se associou a espiritualidade indígena norte-americana com seus caboclos, contemporânea brasileira, com os boiadeiros, marinheiros e malandros, com ciganos, pretos velhos e uma variedade enorme, que só aumenta e isso é muito bom.

Trabalham com poderosas egrégoras de cura, desmanchando magias densas, trazendo paz para o coração.

Eu já estudei bastante essas duas vertentes e gosto muito delas. O lado negativo não tem a ver com a energia. Tem a ver com a ganância do ser humano e isso está em todas as culturas.

Na magia que praticamos no plano astral, nos valemos de todas as culturas. Um mago inteligente se associa a tudo o que pode agregar bons conhecimentos, em quaisquer egrégoras.

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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves   
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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