Expansão de Consciência
Atualizado dia 1/24/2007 1:55:59 PM em Autoconhecimentopor Rogério Pires
Ao buscarmos e observarmos o que nossa consciência é, muitas vezes não a cercamos verdadeiramente; não chegamos realmente a uma compreensão sobre ela e seus mecanismos de expansão. O processo de expansão de consciência não se dá da mesma forma para indivíduos diferentes. Cada indivíduo desenvolve a sua capacidade de interagir construtivamente com o Universo à sua volta e de milhares de formas diferentes. Não existe uma regra específica de evolução e expansão de consciência, muito menos objetos externos específicos que promovam este tipo de experiência. Para falar a verdade, não precisamos de nada à nossa volta para tal.
Você deve estar se perguntando como expandir a consciência sem a dependência de fatores externos? A resposta é fácil, deve-se ter a consciência de que a existência do mundo externo depende única e exclusivamente de nossa consciência. A nossa consciência é quem cria a realidade à nossa volta; a maneira como o mundo externo se apresenta, depende da forma como o observamos/participamos/criamos. Torna-se impossível buscar fatores externos que promovam um processo de expansão consciencial.
A expansão de consciência não se dá quando o indivíduo aumenta a sua grade de conhecimento e sim, quando o mesmo consegue observar os conhecimentos obtidos sob um outro ponto de vista. Não é conhecer o “NOVO” e sim abordar o “VELHO” sob outros aspectos. Constatar que o Universo é uma teia de probabilidades sem fim, mas que nenhuma delas existiriam sem a participação de seu padrão consciencial.
A Expansão de Consciência ajuda o indivíduo a reconstruir-se, abrir-se ao construtivo, à alegria de viver em harmonia e com equilíbrio, à luz, ao seu potencial de inteligência total. Filosoficamente, isto é muito agradável, seja qual for seu objetivo, sua busca, sua religião, seja visando o desenvolvimento pessoal no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, na vida cotidiana em geral, ou abertura aos potenciais interiores para alcançar uma vida plena, em todos os aspectos. A idéia básica é o reconhecimento do potencial de transformação que todo ser humano tem, abrindo e expandindo a consciência às múltiplas dimensões do Ser Divinal que cada um é.
Por isso, a expansão da consciência provoca experiências transformadoras profundas e reveladoras no indivíduo quanto à sua visão de homem e de mundo, quanto à maneira de viver seu corpo, suas emoções, seu psiquismo e seu espírito, que é humano no tempo e divino na eternidade.
A consciência que o indivíduo tem de si mesmo apenas se expande, alarga-se, abrangendo outras dimensões de si mesmo, observando-as de forma diferente; não há perda da identidade do indivíduo, pelo contrário, ele se encontra.
Realizada a partir de técnicas de relaxamento profundo, de respiração, meditação, dentre outras, ela conduz às chamadas experiências de identificação, isto é, conduz a submersão nas profundezas do inconsciente individual, reconhecendo, entendendo as conseqüências de nossa existência através do inconsciente coletivo. Por isso, ela permite o acesso às memórias inconscientes de nossa infância, nascimento e vida fetal, ao despertar dos potenciais individuais, como também ao futuro, que depende da consciência do presente para se realizar.
Nessa viagem interior, não há guia, não há mestre, pois o próprio indivíduo - observado e sentido como ser holístico, total - é o seu guia, o mestre, o instrutor, não importa qual é o seu ponto de partida, sua religião, suas crenças, sua situação financeira, ou em que nível de consciência ele se encontra naquele momento. O que importa é a responsabilidade e a sua verdade de propósito em realizar esta viagem ao mundo do desconhecido, ou melhor dizendo, ainda não consciente.
Sem dúvida, uma perspectiva científica pode oferecer muitas respostas para uma definição de "expansão de consciência", mas não é o tipo de conhecimento ao qual estamos nos referindo aqui. A questão básica é que não é possível que a consciência conheça a si mesma porque quando o indivíduo procura conhecer a sua consciência, é a própria consciência que começa a busca. Há um paradoxo aqui: posso procurar por mim em todos os lugares, procurar por todo o mundo, sem nunca me encontrar, porque eu não sou o que procuro.
O problema é o mesmo ao tentar enxergar o nosso próprio rosto: nossos olhos estão muito próximos do rosto, mas não podem ver muita coisa dele. Não reconhecemos a nossa consciência simplesmente porque ela está muito próxima de nós, somos a nossa consciência. Um provérbio do Dharma diz "O olho não pode ver a sua própria pupila". Igualmente, nossa própria consciência não tem a capacidade de ver a si mesma; ela está próxima, tão íntima, que não podemos discerní-la.
Devemos mudar as perspectivas. Para enxergar nosso rosto, usamos um espelho. Para estudar nossa própria consciência, precisamos de um método que funcione como um espelho, para permitir que a reconheçamos.
É na relação com este ensinamento, que a mente será gradualmente capaz de despertar para a sua verdadeira natureza consciencial e de finalmente ir além do paradoxo inicial, realizando um outro tipo de conhecimento, mais profundo e verdadeiro.
Trecho do livro “O Que Realmente Somos?”, de Rogério Pires
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Texto revisado por Cris
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