Falar duas línguas pode retardar o Alzheimer.
Autor IZEF
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/29/2012 10:41:43 AM
Dominar uma segunda língua pode vitalizar o cérebro de maneira que parece atrasar a o Alzheimer mais tarde, disseram cientistas na sexta-feira.
Enquanto a nova pesquisa foca-se principalmente no bilingue de longo prazo, os cientistas dizem que mesmo as pessoas que deixam para estudar outra lingua mais tarde ainda têm a ganhar.
Quanto mais aperfeiçoada a pessoa se torna, melhor, mas "cada poquinho ajuda", disee Ellen Bialystok, professora de psicologia na Universidade de York em Toronto.
A maior parte do estudo do bilinguismo tem sido centrada em bebês, enquanto cientistas se questionavam se simplesmente falar com bebês em duas línguas os permitem que aprendam as duas línguas ao mesmo passo que a maioria dos bebês apenas aprenderia uma. Seus cérebros parecem se tornar mais flexiveis, mais capazes de executar múltiplas tarefas. Conforme eles crescem, seus cérebros mostram melhor "controle executivo", uma chave do sistema de alto funcionamento - como Bialystok coloca: "a parte mais importante da sua mente".
Essa atividademental na juventude resulta em proteção contra o delínio cognitivo quando mais velhos?
Bialystok estudou 450 pacientes com Alzheimer, todos os quais mostraram o mesmo grau de comprometimento, no momento do diagnóstico. Metade são bilingues; a maioria deles falou duas línguas a maior parte de suas vidas. O resto apenas fala uma língua.
Os pacientes com bilingues tinham sintomas de Alzheimer e foram diagnosticados entre quatro e cinco anos mais tarde do que os pacientes que falavam apenas uma língua, ela disse no encontro da Associação Americana para os Avanços da Ciência.
Ser bilingue não impede que a doença de Alzheimer apareça. Mas uma vez que a doença inicia seu ataque silencioso, aqueles anos reforçados de controle executivo proporcionam uma proteção para que os sintomas não se manifestem tão rapidamente, disse Bialystok.
"Eles têm sido capazes de lidar com a doença", disse ela.
Seu trabalho apoia um estudo anterior de outros pesquisadores que também descobriram um efeito protetor.
O que tem em ser bilingue que realça a importância da questão do controle executivo?
Ambas as línguas estão essencialmente "ativas" o tempo todo, mas o cérebro aprende a inibir aquela que não é necessária, disse a professora de psicologia Teresa Bajo, da Universidade de Granada, na Espanha. Essa é uma atividade bastante constante.
Essa não é a única área. A psicóloga Janet Werker da Universidade da Columbia Britânica (University of British Columbia) estuda bebês que são expostos a duas línguas desde o nascimento para ver porquê eles não as confundem, e diz que bebês bilingues aprendem desde pequenos a prestar mais atenção.
Werker fez testes com bebês na Espanha que estavam aprendendo tanto espanhol, como catalão. Ela então mostrou vídeos aos bebês com mulheres falando línguas as quais eles nunca tinham ouvido - inglês e francês -, mas no mudo. Ao medir o nível de atenção dos bebês, Werker concluiu que os bebês conseguiam distinguir o inglês do francês simplesmente observando as expressões faciais das mulheres. Pode ter sido por causa das diferenças nos movimentos labiais.
"Parece que os franceses estão sempre beijando", brincou ela, enquanto no inglês, o "th" evoca uma forma distinta de "lábio-em-dentes".
Em contrapartida, quaisquer que fossem as expressões, os bebês monoligues não conseguiam reparar na diferença, disse Werker no encontro.
Mas e as pessoas que não tiveram a sorte de terem sido criadas bilíngues? Cientistas e educadores sabem que se torna muito mais difícil de aprender uma nova língua após a puberdade. Cientistas e educadores sabem que se torna muito mais difícil de aprender uma nova língua após a puberdade.
Em parte isso é porque os cérebros dos adultos são tão bombardeados com outras demandas que eles não dão à aprendizagem de uma nova língua a mesma atenção que uma criança dá, disse Bialystok.
Na Universidade de Maryland, os cientistas estão estudando como identificar adultos que seriam bons candidatos para dominar um novo idioma, e então o que tipos de treinamento são melhores. Ter um sistema de controle executivo muito forte, como os bilíngues têm ao longo da vida, está entre os bons fatores preditivos, disse Amy Weinberg, vice-diretora do Centro de Estudos Avançados da Linguagem da universidade.
Mas as pessoas não têm de dominar um novo idioma para se beneficiarem, disse Bialystok. Exercitar seu cérebro ao longo da vida contribui para o que é chamada de reserva cognitiva, a capacidade global para suportar as inclinações do envelhecimento e da doença. Essa é a base do conselho "é pegar ou largar" de especialistas do envelhecimento que também recomendam atividades como palavras cruzadas para manter o cérebro ágil.
"Se você começar a aprender aos 40, 50, 60, certamente você está mantendo o seu cérebro ativo", disse ela.
Para ler a matéria original basta acessar: https://www.msnbc.msn.com/id/41670925/ns/health-alzheimers_disease/t/speaking-two-languages-may-delay-alzheimers/#.UDN5Q5Ya56j
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