FAMÍLIA CONSANGÜÍNEA E FAMÍLIA ESPIRITUAL
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/11/2004 2:02:17 PM
No campo das convivências que nos cercam, questionamentos surgem ao sabor dos acontecimentos, aparentemente destituídos de explicação satisfatória, que nos venha apaziguar os instantes de inquietação.
Muitas vezes se diz que, na hora da crise que nos colhe despreparadamente, de modo a privar-nos de sossego e paz, são os parentes consangüíneos aqueles que mais falham na atitude solidária e reconfortadora, desertando justo da assistência amorosa e compreensiva que julgávamos lhes competisse, vista a posição que ocupam no nosso enredo de vida, em virtude do vínculo de sangue. Repetidamente, aqui e ali, se ouve que, na hora do dissabor amargo, o mero companheiro de trabalho, ou vizinho de apartamento, se fez mais irmão que o irmão com quem se compartilhou todo um histórico, um mesmo teto, desde as primeiras recordações da infância.
Em outras ocasiões, dentro da mesma família, crianças reunidas sob a comum tutela carinhosa dos pais divergem frontalmente, no adotar mais adiante, alcançando os desafios da vida adulta, um padrão de conduta que em nada condiz com o apuro e o esmero da educação familiar recebida. Uns, efetivamente, mais afeiçoados às diretrizes paternas, entre si seguem o caminho laborioso do bom combate que robustece o espírito de todo aquele que se dispõe a enfrentar com valor os desafios decorrentes das vivências; outros, contudo, arrostam a todo momento atritos e dissensões; atraem com facilidade transtornos e problemas de difícil solução; antipatizam com os demais parentes; voltam-se contra os genitores e a própria educação por estes prodigalizada de igual forma entre os filhos, transformando suas existências num rosário de dificuldades. Provações que, longe de atingi-los unicamente, acarretam sofrimento e grandes preocupações para todos os demais componentes do lar, porque estes, compartilhando-lhes os dias desde os albores da infância, votam-lhes estima, e naturalmente afligem-se com os seus contratempos e atribulações.
No entanto, descartando desde já a tese em nada satisfatória à razão e às ânsias do coração humano, ao sustentar que o acaso lança em enredos de vida comuns seres gratuitamente compatíveis ou incompatíveis, espelhando um contexto existencial caótico que em nada se coaduna com as leis de conseqüência e responsabilidade que a vida se farta de patentear a todo momento, há explicação mais justa para esta aparente incoerência nas diretrizes da humanidade.
Esta explicação sustenta toda a naturalidade com que os relacionamentos se constroem e se conduzem no nosso próprio e conhecido cotidiano, para estender seu alcance até um passado mais abrangente, para além do que entendemos como nosso “nascimento”. Diz que, assim como antipatias, simpatias, e padrões de convivência se forjam com as experiências diárias, com a conjuntura com a qual lidamos, e que molda paulatinamente nossas personalidades, também, mais do que supomos, aqueles meros “colegas” que se fazem irmãos “de um minuto para outro”, nas nossas dificuldades, não se tornaram nisso num passe de mágica, e sim devido a um longo histórico de vidas anteriores em comum, durante as quais, gradativamente, sedimentaram a nosso respeito empatia e amor. Dividiram outrora conosco, sem dúvidas, alegrias e sofrimentos, vivendo ao nosso lado mais de uma vez, quem sabe, como irmãos, pais ou primos.
E sob esta ótica entendemos, ainda, que aqueles desafetos gratuitos e renitentes dentro do próprio seio do lar mais não representam, para os envolvidos, que nova chance de harmonização entre seres que alimentam diferenças não somente desde agora, no curto espaço de quarenta ou cinqüenta anos, como se a vida mais não resumisse que acaso caprichoso a eleger relações ditosas ou inditosas ao acaso, jogando com os destinos humanos, e amesquinhando o sentido da existência, em si, muito mais sublime. Lancemos, pois, um lance d’olhos ao passado milenar, e haveremos de descobrir as origens, as verdadeiras e profundas razões por debaixo de todas as atuais convivências difíceis que nos cercam.
As emoções dos homens e mulheres da Antigüidade, inegavelmente, não diferiam substancialmente das que agitam os corações das populações do século que passa. Portanto, se durante o período de uma vida rivalidades e amizades se prendem aos acontecimentos progressivos que as determinam, como explicar as que, à primeira vista, do nada surgem, senão na constatação de que, assim como ocorre num espaço de tempo menor, assim deverá ser dentro do período maior que compõe a nossa evolução através da eternidade?
Se contamos com aqueles que mais ou menos se nos afinizam por estas ou aquelas razões dentro da atual experiência física, é certo que os que nos atraem ou nos repelem, supostamente sem estas mesmas razões justas, assim se situam na hora que passa porque estas referidas razões devem se ocultar num passado que nossa memória, por ora, não acessa, para confirmar a ordem imutável dos movimentos com que a existência rege os nossos destinos.
É assim, com efeito, que se distinguem as famílias espirituais do parentesco humano transitório. Este exerce antes a função educativa da aproximação entre os que outrora não aprenderam a lição sublime da harmonização entre as diferenças, contando agora com nova chance para tal, enquanto aquelas, na vida física quanto na invisível, obedecem à indefectível e excelsa lei do amor que aproxima os seres afins, num agrupamento ditoso e eterno, para afinal abranger toda a Criação, na manutenção do equilíbrio supremo que sustenta o Universo.
Com amor,
Lucilla e Caio Fábio, espírito
"Elysium"
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |