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Filosofia dos Cátaros

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Autor Marcos Spagnuolo Souza

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 2/5/2008 8:51:48 AM


Os cátaros sentiam que nosso planeta Terra não era sua pátria. Comparavam a Terra como uma prisão. Eram conscientes de que sua verdadeira pátria se encontrava além das estrelas. A verdadeira pátria dos cátaros foi construída pelo Espírito Divino que é amor, que não é nem ódio, nem guerra, que não é enfermidade nem morte.

Assim como dentro de nós existem dois mundos que se combatem: o espírito e a carne que é fraca, assim também no Universo há dois princípios de ação; o sim e o não; o bem e o mal. O bem é Deus, o mal é Lúcifer. Lúcifer é tão somente um modelador inábil.

Nós, os humanos, somos anjos caídos. O homem espiritual, a alma, é obra da palavra divina. O homem material, o corpo, é obra do pecado. Nossa alma é divina e eterna. Nosso corpo é não divino. O homem material, o corpo, é obra de Lúcifer. A alma criada por Deus, que é espírito, e exilada na terra por haver se rebelado contra o Espírito, tem que permanecer no corpo, até ter reconhecido a invalidade da vida terrena e desejar tornar-se de novo una com Deus.

Os cátaros consideravam a Terra como um inferno. Ter que viver no meio do pecado e da mentira era para eles um enorme castigo, muito pior que viver ao lado do diabo. A Terra é o inferno, diziam.

A morte era para eles o desprender de um vestido velho sujo, fazer como a mariposa, que abandona a crisálida para perder-se na primavera radiante, no entanto, a alma pode permanecer aqui na Terra, emigrando sem cessar de corpo em corpo, até o dia em que, passa a ansiar pelas estrelas.

A envoltura corporal impede a saída da alma e reprime seus autênticos desejos de querer voltar a casa do Pai.

Deus é Espírito. É amor absoluto, perfeito em si mesmo, imutável, eterno e justo. Nenhum mal, nem o que é transitório pode existir Nele ou ter origem Nele. Portanto suas obras são perfeitas, imutáveis, eternas e justas. Por conseguinte, o mundo terrestre e as criaturas terrenas não foram criadas por um ser por Deus que é Amor.

O reino de Deus não é deste mundo. O Reino de Deus é o mundo invisível, absolutamente bom e perfeito. É o mundo da luz, é a cidade eterna.

Os cátaros não aceitavam a realidade dos milagres de Jesus. “Como podemos aceitar a cura do corpo físico se consideramos o corpo como um obstáculo para a redençaõ da alma?” Jesus quando curava os cegos, curava os homens que estavam cegos ante ao Reino da Luz e os fazia ver o Reino Eterno.

O não viver em vão para os cátaros significava: amar o seu próximo como a si mesmo, isto é, não deixar sofrer o seu irmão quando se tem a possibilidade de levar consolo e ajuda. O consolo e ajuda se referem ao auxílio espiritual para abandonar o corpo corruptível da matéria finita. Segundo: não causar dano ao próximo, sendo o prócimo qualquer tipo de vida. Terceiro: espiritualizar-se, divinizar-se em vida, de tal forma, que na hora da morte do corpo físico a alma possa abandonar este mundo sem lamentá-lo, sem nenhum tipo de apego.

A morte (Lúcifer) só poderá ser vencido mediante a renúncia da propagação da espécie humana. Quando não mais existirem homens, não haverá morte. Não aceitavam o amor carnal e este tipo de amor retarda indefinidamente a salvação. Os cátaros acreditavam e ensinavam que os pecados carnais eram todos iguais e que, em consequência, tanto fazia ter relações sexuais com sua mãe, irmã ou com qualquer outra mulher, o pecado era o mesmo. Até que o apetite carnal tenha deixado de existir, as reencarnações seriam necessárias para purificar a alma caída.

O homem não pode ser salvo unicamente através da fé. Pregavam: “Bem-aventurados os que conservam seus corpos castos, porque suas almas serão o Templo de Deus. Bem-aventurados os que praticam a abstinência, porque deus lhes dirige a palavra. Bem- aventurados os que têm o coração limpo, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que tenham renunciado o mundo, porque verão a Deus. Bem-aventurados os que têm esposa como se não as tivessem, porque herdarão a vida eterna. Bem-aventurados os que temem o mundo, porque se converterão em anjos”.

O mal é Lúcifer e seus filhos são todos aqueles que estão movidos pelo orgulho, desejos materiais, a mentira, presos as coisas do mundo. O mundo é um animal: os elementos, os bosques, as montanhas, toda a natureza possui uma voz, uma linguagem, uma energia instintiva. O homem animal que está mergulhado na corrente da natureza não chega a se desembaraçar dela senão superando sua animalidade.

A divinização é a escolha em abandonar todas as coisas do mundo finito. A medida que a alma desembaraça do seu corpo feito pela natureza vai deixando de se alimentar das energias do mundo, recebendo proporcionalmente ao seu desapego, a alimento divino.

A energia divina (água lustral ou consolador ou energia crística ou soma) encerra em si mesma todas as possibilidades de formação e de transformação do corpo material em corpo de luz.

A única atividade que o homem matéria pode fazer para a sua salvação é trabalhar em si mesmo para superar todas as emoções, sentimentos e instintos finitos. Conforme a alma corporificada abandona o mundo ela penetra no mar da Águal Lustral. Quando a alma abandona o mundo dizem os cátaros é o momento que renasce o verdadeiro homem, o homem completo, o homem crístico, o homem que está vestido para as bodas, do homem paramentado para a ceia.

A alma purificada pela luz, entra no domínio da Água Viva. Sobre essa água viva, navega a nave luminosa. Para abordar as regiões celestes a alma deve montar sobre a nau luminosa que é o seu corpo de luz. A alma é levada até sua origem, ao Rei de Luz. Em outras palavras, significa: a alma quando absorve o Espírito Santo, isto é, os átomos eternos, ela forma um corpo luminoso que não é de natureza física e passa a desfrutar das regiões celestes, iniciando assim a sua ascenção espiritual em direção ao Pai. O Espírito Santo é também denominado de Água Viva, Parackleto, Maná divino, Batismo pelo Fogo e Soma a bebida do extase divino.

Ainda no corpo material a alma deve libertar-se dos grilhões desse mundo, de todos os rituais simbólicos que são cascas vazias e entrar verdadeiramente no Templo de Salomão que é o Templo da verdade, onde a alma toma consciência do mundo eterno. A alma corporificada deve largar todos os seus apegos enquanto está no corpo físico, pois, no além a alma sofre muito quando carrega o fardo dos seus apegos e desejos. Aqui no mundo físico o sofrimento é muito menor, sendo maior as possibilidades de se purificar. Purificar ou se paramentar para o ritual significa se banhar na água lustral, tomar no cálice sagrado do soma que é receber ou se banhar na energia de Deus. É aqui na terra que temos que nos preparar para o ritual, preparar para oferecer sacrificio a Deus colocando os paramentos da pureza e da associação com Deus. O ritual é queimar os nossos apegos e construir o corpo de luz para o grande encontro.

A síntese da doutrina cátara consiste na libertação de tudo que nos prende ao mundo. Quando a alma corporificada está livre de todos os apegos ela está paramentada para as bodas, para o grande banquete com os anjos e Deus.


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