HERANÇA




Autor Deborah Valente B. Douglas
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/21/2009 8:02:48 AM
Me compadeço do teu sofrimento
Das tuas memórias e do teu julgamento
Mas o que deixastes pra mim?
A natureza inerte da aceitação sem fim?
Ou o holocausto do vai e vem da energia
Que acaba como uma caixa vazia
Que guardou a alma
Que não teve a calma
De uma pessoa comum
De que pensou ser, no mundo, só um
Que não pode mais ser a mesma enfim.
O que deixaste pra mim?
O tempo andando
Os pássaros cantando
Promessas nunca realizadas
Profecias não concretizadas
A esperança tendo seu fim.
Esta é minha herança
Longe está minha mente
Longe está minha lembrança
E quem dita pra mim este poema
É a alma eterna
Que me ilumina como uma lanterna
Me mantendo em pé como uma árvore
Mas duro e concreto como um mármore
Colorindo meu rosto de carmim
Fazendo funcionar meu rim
Fazendo continuar na dança
Da vida, mesmo sabendo que cansa
Somente por ser necessária
Como pivô de uma causa humanitária
Esta é minha herança
Mantenho-me viva aos olhos do mundo
Mas no coração, um punhal cravado profundo
De que adianta?
O que deixastes pra mim?
Esta minha herança.









Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |