HOJE SEI QUE NADA SEI...
Atualizado dia 5/13/2006 12:06:34 PM em Autoconhecimentopor Deborah Valente B. Douglas
Na medicina, por exemplo, a cada dia surgem novidades. Não só na medicina alopática como também na holística. Novas formas de tratar o corpo ou novos sintomas para os quais ainda não foi descoberta a cura. São situações que nos fazem duvidar até onde podemos afirmar que estamos expressando a verdade.
No meio espiritual a coisa torna-se ainda mais grave. Canalizações, tratamentos espirituais, artes divinatórias, até mesmo experiências individuais fazem-nos apegar de que tudo seja verdade absoluta. É uma cultura passada de mestre para discípulo, sejam encarnados ou não. Mas é sabido que a humanidade passou por várias eras e conseqüentes transformações. Palavras ditas num passado distante ou próximo podem não servir para hoje. Nem sempre um ensinamento dado à humanidade há 3.000 anos atrás pode se adaptar aos dias de hoje. Ensinamentos como amor ao próximo, fraternidade e bondade, vão estar presentes em qualquer era que a humanidade possa viver, pois isso é necessário para uma vida em comunidade e para a convivência harmônica das pessoas. Esses ensinamentos nunca saem de moda.
Porém até onde podemos afirmar que somos conhecedores dos mistérios do Universo? Por mais que estudemos ou experienciemos fatos ou por mais que investiguemos o que nos ensinam, nunca podemos afirmar que somos conhecedores totais do assunto.
Muitos dizem que possuem muita intuição, mas não deixam de sofrer ou de ter problemas. Será que, às vezes, isso não falha também? A astrologia, por exemplo, sei que é um estudo extremamente difícil e extenso. Admiro os astrólogos, mas o meu mapa astral dizia que me casaria bem tarde (e foram 3 mapas astrais dizendo a mesma coisa). Me casei aos 22 anos.
Para alguns profetas, o mundo já acabou umas quatro vezes, com todos os cataclismos previstos.
Para mim, o conhecimento é tão relativo como a vida. Num momento estamos cheios de esperanças e vivendo a vida plenamente. Em outro momento estamos em dificuldade e parecendo que estamos mortos em vida. No conhecimento estamos plenos num determinado momento, até que apareça alguém que prove o contrário.
Já escrevi isso uma vez em outro texto meu e reafirmo agora: somos eternos aprendizes de uma verdade muito maior. Porém, como sei que nada sei, essa afirmação também pode ser contestada.
O sábio é aquele que tem uma vaga impressão de si mesmo, uma vaga impressão dos mistérios do mundo e uma vaga impressão das outras pessoas, mas segue seu caminho, meio tortuoso às vezes, conseguindo analisar cada novo conhecimento sem sentir que já alcançou a sabedoria.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 9
Comecei no Stum em 2001. Escrevia artigos como forma de desabafo, mas vi que a qualidade não estava boa. Estudei bastante e me aperfeçoei na poesia. Hoje tenho dois livros editados, O UM e ATOS REVERSOS, sob o pseudônimo de Alma Collins. Escrever é a sublimação do pensamento posto no papel. Espero que gostem E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |