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Homem, o sexo forte

Atualizado dia 17/08/2015 22:03:55 em Autoconhecimento
por Isha Judd


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No passado, um homem não podia ser emocionalmente vulnerável sem ser discriminado ou julgado. Apenas a raiva lhe era permitido, a tristeza se considerava uma fraqueza. Por outro lado, a tristeza era permitida às mulheres, no entanto, não lhe era permitido sentir raiva. Hoje as coisas são muito diferentes, mas mesmo assim, muitos de nós fomos moldados dentro de regras.

Aprendemos que os homens devem ser fortes e nunca devem mostrar fraqueza. Com frequência, temos traduzido isto pensando que os homens nunca devem pedir ajuda, exasperando as mulheres em todas partes, que não podem convencer a seus cônjuges a pedir direções quando o GPS invariavelmente os envia pelo caminho errado. No entanto, o dano maior do estereótipo masculino é a perda da sensibilidade - o lugar onde, na realidade, reside a força verdadeira.

O estereótipo masculino coloca o homem como o ganha-pão da família e o que toma as decisões. Também lhe instruem a negar suas emoções e, inclusive, aspectos de sua criatividade. A intensa concorrência que as estruturas da masculinidade moderna estabelece só aumenta a sensação de carência dos homens. É hora de uma masculinidade nova, iluminada, que escolhe a cooperação em vez da dominação. Com o propósito de regressar ao equilíbrio emocional, os homens precisam permitir-se ser vulneráveis. Quando nos fechamos a nossos sentimentos, também perdemos contato com nossa sabedoria intrínseca. Por nos protegermos das coisas que tememos, em última instância, nos protegemos do amor.

Certas condutas de proteção converteram-se na moeda corrente da masculinidade, fechando as portas assim ao que realmente está se sentindo por dentro. Uma negação abrupta a qualquer convite a sentir é uma resposta do típico "homem" e qualquer outra coisa poderia ser mal vista pelo estereótipo típico masculino. Muitos aspectos das artes são considerados afeminados ou inclusive "gay". Os “homens de verdade” não expressam a dor nem a emoção. Não se preocupam por seu aspecto e às vezes atacam antes de serem atacados. Os “homens de verdade” gostam de cerveja, de mulheres nuas e de futebol. Claro que não gostam nem de teatro, nem de desenho de interiores, nem do cuidado com a pele!

Lembro de um de meus estudantes me contando das zombarias e da rejeição que experimentou ao ter um salão de beleza, sendo ele heterossexual em um povoado no interior argentino. Apesar de ser casado e ter um filho, acostumou-se aos olhares suspeitos e fofocas furtivas de seus vizinhos, seus preconceitos contaminados por um estereótipo antiquado ditando o que se esperava de um "verdadeiro homem". Meu próprio cabeleireiro, por outro lado, um estilista de vanguarda da metrópole de Buenos Aires, que já foi casado mais de uma vez e tem vários filhos, não pode conceber que exista nenhum tipo de preconceito neste sentido. Tendo crescido em um meio cultural diferente, um mundo de jornalistas e celebridades que o respeita, tem uma confiança em si mesmo que vai além dos preconceitos de gênero.

Eu cresci em uma sociedade onde a igualdade de gênero, a diversidade racial e a aceitação da sexualidade alternativa já é uma realidade desde os anos setenta e ao chegar à América Latina, deparei-me com alguns países que ainda têm que superar os preconceitos que para a minha mente australiana pareciam antiquados. Apenas há alguns dias li um artigo de debate da moralidade do futebol feminino e seu efeito sobre as preferências sexuais das jogadoras. Para muitas pessoas nesta cultura, o futebol segue sendo considerado um esporte exclusivamente masculino e o crescimento do futebol feminino está gerando debate e desacordo.

No mundo atual, a única coisa que realmente importa é que tudo o que façamos seja com paixão e sem nos limitar aos conceitos rígidos do que pensamos que se espera de nós. Tem havido muitas décadas de "os homens devem" e "os homens não devem". Vamos convidar os homens do mundo a transcender os papéis masculinos estereotipados e abraçar a seu aspecto masculino e feminino em sua expressão própria e única. Convidemos a eles a desfrutarem sua criatividade em qualquer forma que possa ser manifestada e alegrarem-se em sua masculinidade, em vez de se sobrecarregarem com responsabilidade a fim de demonstrar seu valor como homens.

Contemplação para os Homens

• Em que áreas de sua vida você não está sendo vulnerável nem sensível ocultando seus verdadeiros sentimentos para viver à altura do que se pensa e esperam de você?

Ser vulnerável e sensível não lhe tornará fraco. Isto lhe ajudará a se conectar consigo mesmo e compreender mais profundamente aos que lhe rodeiam. A vulnerabilidade lhe permitirá comunicar suas necessidades e entender as necessidades dos demais.

*Tire umas férias do ser, participe com Isha dos retiros especiais de uma semana no Centro Internacional para a Paz no Uruguai clicando aqui

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Conteúdo desenvolvido por: Isha Judd   
Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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