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Incontrolável necessidade de controle - Parte III

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Autor Teresa Cristina Pascotto

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 12/02/2011 20:21:05


Vou falar brevemente a respeito dos tipos mais comuns de "distúrbios e transtornos", mas não sob uma ótica psiquiátrica, obviamente, pois não tenho esta capacidade e qualificação, porque não sou psiquiatra. Apenas apresentarei as minhas percepções, que são tão somente o resultado de minhas "pesquisas", de minha experiência como terapeuta no atendimento de casos desse gênero e dos resultados obtidos.   

Falarei dos "distúrbios" que ocorrem a partir de nossas reações desequilibradas às experiências de vida, por não sabermos lidar com a vida e com a realidade, e não dos transtornos que ocorrem a partir de disfunções orgânicas. Chamarei esses quadros de pseudo-distúrbios.

"Depressão": Quando não conseguimos mais suportar a dor que nossos desejos e intentos fracassados nos trazem, e a ansiedade que isso nos causa, "escolhemos nos deprimir". Quando estamos deprimidos, nos tornamos apáticos e indiferentes à vida, e isto nos traz dor, mas é uma dor menos intensa e dolorosa do que a dor de querer e não conquistar ou a dor de ter e perder. A dor da perda ou do fracasso são muito intensas e nos trazem medo e desespero. É tão difícil lidar com essa dor, que nos exaurimos e esvaziamos nossa energia vital. O resultado disso, é um esvaziamento da própria pulsão de vida e, com isto, nos sentimos mórbidos e deprimidos. Quando isto ocorre imediatamente após um momento de desespero e medo -pode ocorrer apenas inconscientemente, motivo pelo qual "não temos explicação para nossa depressão"- apesar de ruim, num primeiro momento, é um estado até acolhedor, onde encontramos a tranqüilidade da ausência de ansiedade e de desejos "intensos e inconseqüentes" que tanto nos atordoam e nos fazem sofrer. Enfim, a depressão torna-se um refúgio, onde passamos a acreditar que não queremos e não desejamos nada e que está tudo bem com isto, e tudo "sob controle".

Se soubermos aproveitar para encontrar equilíbrio e mudanças internas, dentro deste quadro inicial da passagem dos desejos ansiosos e intensos, para a depressão, será muito bom, mas o problema é que, após o período inicial de conforto no recolhimento da depressão, nos deixamos envolver por ela e o quadro se estende além do tempo "saudável" e se torna mais arriscado. É aqui que podemos nos arrastar para quadros mais intensos e profundos de depressão, tornando-se necessário, em alguns casos, o uso de medicamentos para a melhora. Se o estado de depressão for inevitável, por ser o único mecanismo de defesa que encontramos no momento, e se tivermos consciência do quanto este momento de depressão, apesar de não ser o meio ideal, está nos ajudando a ficar mais "tranqüilos momentaneamente", e se tivermos sabedoria para lidarmos com a questão - o que é muito pouco provável -, poderemos aproveitar o quadro inevitável de depressão inicial, para encontrarmos um meio de conquistar o equilíbrio. Isto se faz se conseguirmos aceitar a condição de depressão momentânea, assim que ela ocorrer, o que promoverá em nós uma tranqüilidade real, para que possamos recuperar nossas forças e revermos nossas atitudes, pensamentos e sentimentos negativos, o que nos ajudará a encontrar nossas amarras internas para dissolvê-las, para que possamos conseguir abrir mão do controle e vivermos uma vida de entrega.

Aqui sim é possível encontrarmos um meio de atingirmos o equilíbrio verdadeiro, fazendo deste momento o inicio de uma nova etapa de vida, um novo caminho a se desenvolver e a trilhar,  no qual possamos conhecer nossa realidade e dinâmica ocultas, para aprendermos a lidar com elas e a aceitá-las, o que nos ajudará a resgatar nossos recursos internos e nos libertarmos dos velhos padrões de comportamento autodestrutivo. Poderemos descobrir, contatar e resgatar a vontade de nossa alma, para que possamos acreditar na vida.

"Síndrome do pânico": quando não conseguimos mais controlar nossos impulsos de raiva e pelo medo de perdermos o controle e explodirmos em agressividade extrema, a ponto de causarmos danos irreversíveis às pessoas que nos ferem ou contrariam (já atendi pessoas que se diziam "com síndrome do pânico" e com medo das pessoas e da vida, mas na verdade elas estavam é com medo delas mesmas e de seus impulsos destrutivos contra os outros); ou por nosso medo de enfrentar a vida, onde sentimos medo de sermos aniquilados pela própria vida; medos infundados e ilusórios. Quando estes medos, tantos anos negados e trancafiados nas profundezes do nosso inconsciente, se manifestam com muita intensidade diante de situações de vida incontroláveis e assustadoras - mesmo que não sejam de verdade, mas se acreditamos que é, assim será - que nos provocam medos intensos, toda a estrutura de autocontrole interno que criamos para sobreviver, cai por terra, tudo começa a ruir. Quanto mais lutamos contra, tentando reassumir o controle, mais o perdemos e nos desequilibramos.

Entramos num estado de medo extremo e sem controle, o qual não conhecemos e com o qual não estamos habituados a lidar por conta da negação, o que nos leva a sentir ainda mais medo. Passamos a sentir medo do medo, que é o estado a que chamamos pânico. O motivo deste extremo descontrole, é a falta de autoconsciência, o que faz com que passemos a vida tentando driblar a própria vida, ao invés de confrontarmos nossa realidade interna, aprendendo a aceitar os desafios e o medo que estes nos trazem, buscando encontrar formas mais equilibradas e sábias de lidarmos com os acontecimentos, dificuldades e obstáculos. Precisamos aprender a olhar a vida a partir da realidade, com os olhos de nosso Eu Real.

A forma de encontrar o equilíbrio dentro de um quadro de "síndrome do pânico" é através da aceitação e da coragem no enfrentamento do medo, mergulhando nele profundamente, para confrontá-lo e sentir até onde ele nos levará, pois se sentimos tanto medo e viramos as costas a ele, sempre estará em nosso encalço, tentando nos envolver. Mas quando resolvemos virar para olhá-lo de frente, mergulhando nele com aceitação, ele logo começa a se dissipar ou perder sua extrema intensidade, fazendo com que não o sintamos mais. A partir disto, entramos em um estado de relaxamento. Isto nos traz as condições de encontrarmos o equilíbrio, pois se estamos sempre em pânico, com medo do medo e fugindo dele, ao passarmos pela experiência de confrontá-lo, caso ele volte a se manifestar, não sofreremos tanto suas conseqüências, pois já o teremos conhecido e experimentado com coragem, e já sabemos até onde ele pode nos levar. Quando já conhecemos algo, aliviamos o nosso temor sobre esse algo.

Se desejar prosseguir, verifique a parte IV deste artigo, onde falarei sobre a ansiedade.

Parte I: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25165

Parte II: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25166

Parte IV: https://www.somostodosum.com.br/clube/artigos.asp?id=25191
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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