INFLUENCIAÇÃO ESPIRITUAL - PARTE 2
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 21/02/2013 21:40:44
Uma antiga mãe, irmão ou cônjuge...
Opinam, portanto! Participam de nossas atividades; dão seus pareceres - sempre respeitando o nosso livre arbítrio, note-se! Mas, sintonizados por simpatia para com nossos gostos e sentimentos, haverão de nos encaminhar a alguma circunstância pequena que nos ofereça satisfação ou renovação de ânimo num instante depressivo. Nos acalentarão e dirão palavras de reconforto em instantes de tristezas de ordem familiar, talvez nos antecipando a iminência de algum acontecimento feliz para breve, que nos felicitará sobremaneira na resolução de algum desafio, para o qual possuem vistas de cima, no conjunto das circunstâncias.
Amigos, sim! Solidários, bondosos, benfeitores - não necessariamente os ditos "Espíritos Superiores" constantes da segunda ordem da classificação Kardequiana, antecipando apenas aos Espíritos Puros em hierarquia - mas compondo as classes extensas dos Espíritos Benévolos da quinta, de Sabedoria, da terceira, ou Sábios, da quarta! Ou ainda, como dito, antigas e grandes afinidades espirituais que só nos querem o bem, e nos auxiliam na medida de suas possibilidades reais, como acontece com as falanges médicas amparadoras sob as égides de Bezerra de Menezes ou do doutor Frederick Von Stein!
Nunca, porém, podem estes espíritos, envolvidos com as nossas minúcias cotidianas, ser classificados como espíritos inferiores ou obsessores, dado que o que distingue, ainda e sempre, a qualidade benéfica dos espíritos haverá de ser as intenções e benefícios decorrentes de suas participações nos nossos roteiros!
Discorro sobre o assunto também como esclarecimento aos fatos narrados em textos anteriores sobre a atuação de meus mentores, guias particulares e trabalhadores em parceria mediúnica na autoria de nossas obras psicografadas. Pois já houve da parte de leitores imaturos a visão equivocada de, por ocasionalmente um deles exercer influência tida talvez como pueril em detalhes da rotina de meus dias, serem quase taxados depreciativamente como obsessores ou espíritos inferiores!
Amigos! Assim como nós mesmos, a um só tempo, somos todo um universo amalgamado de preferências, do colorido vívido das escolhas e decisões, das de maior a menor importância, participando e sem sentir influindo de modo significativo nas vidas de nossos circunstantes com gostos, tendências e opiniões, devemos entender, por amor da verdade e da justiça, que esses que nos assistem a partir do mundo maior maravilhoso e nossa autêntica morada prosseguem sendo simplesmente o que são, nesta troca intensa que generosamente estabelecem conosco a partir da invisibilidade, para enriquecer os nossos percursos com a sua energia própria, luminosa e cheia de benefícios de opinião a nosso favor!
Se, portanto, aceitamos ouvir o conselho de uma amiga ou avó nos nossos afazeres culinários, porque considerar inferior a influência da irmãzinha de outra vida que, num momento solitário de fim de semana em casa, nos sugere a colocar talvez menos sal num prato que preparamos com certa invigilância, em prol da saúde dos nossos entes queridos? Por que se alardear que o espírito de um músico clássico que nos acompanha, e conosco forma parceria literária amorosa em prol da divulgação das novidades da vida nas esferas espirituais não é tão "superior" quanto um Espírito Puro, obviamente empenhado em responsabilidades de maior vulto para com a humanidade, apenas porque ele sugeriu à sua médium a loja certa para a compra de um colar delicado, para mimo de uma vaidade discreta que, ela mesma em si, não representa, em absoluto, pecado ou defeito de caráter nenhum? Toda a Criação, com as suas campinas floridas, oceanos caudalosos e montanhas majestosas é demonstração pródiga da grande vaidade divina em perpetuar suas maravilhas! Vaidade que se manifesta de maneira digna e discreta em prol do belo, em nós quanto no mundo, portanto, em tempo algum haverá de ser razão de condenação a quem quer que seja!
Não se conceberá que, noutros momentos, estes mesmos espíritos estarão também em ações de auxílio maiores que, se não vêm a público, é que se dão dentro do dever maior de anonimato de todo praticante da caridade genuína, que conhece que alardear grandes feitos junto ao sofrimento alheio, isso sim, é engano lastimável de quem pretende se elevar à categoria espiritual dos iluminados, dos justos?!
Fica a reflexão.
Avaliação: 5 | Votos: 10
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |