Liderança no terceiro milênio
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Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/15/2006 2:03:16 PM
O dito popular "respeitar para ser respeitado" é uma sabedoria baseada na experiência das relações humanas. O respeitar a si mesmo está na razão direta de como eu considero o "outro", porque este outro é o espelho onde projeto o meu interior.
Investir no autoconhecimento avançado é uma maneira de irmos transformando, aos poucos, o nosso interior, condicionado em falsos valores e organizados pela forma de como vejo, sinto, assimilo e vivencio o mundo à minha volta. Se percebo que não me valorizo e a minha estima é baixa, é sintoma de que necessito alimentar o meu espírito de valores verdadeiros e, através desta visão e práxis, ir mudando o meu padrão comportamental.
O indivíduo bom é aquele que pratica a bondade através do amor-justiça que, pela transparência de seus atos, deixa fluir a verdade. O indivíduo simulado usa a máscara da bondade em benefício próprio, mas esquece que o seu interior mal resolvido não esconde a verdade que ele tenta evitar e que cedo ou tarde irá se revelar.
Se o auto-respeito passa pelo sentimento de bondade, passa também pelo senso de justiça e de liberdade. "A minha liberdade termina quando começa a do outro", é outro dito proveniente da sabedoria popular e fator referencial como regra de convivência humana.
Respeitar-se e saber respeitar, portanto, é também possuir noções de limites e considerar regras de convivência entre grupos humanos. Se elas existem - e são suscetíveis a mudanças - é porque existe uma razão que vai ao encontro do bom senso e do equilíbrio nas decisões a serem tomadas individual ou coletivamente. Se a humanidade chegou ao atual estágio de evolução é porque o homem, apesar da prepotência, soube mínimamente se organizar respeitando regras de relações entre indivíduos, povos ou nações.
Porém, o psiquismo, através das múltiplas camuflagens que a nossa imaturidade espiritual nele reflete, faz ofuscar o brilho da expressão d´alma que, reprimida, nos desorienta e nos empurra para caminhos escuros ou mal iluminados da existência.
A vida em grupo, desde os primitivos tempos da humanidade, exigia a existência de lideranças que, acima de tudo, comandassem. Os líderes atuais e de perfil moderno, para darem certo na relação com seus liderados, necessariamente terão que ser pessoas equilibradas e bem resolvidas consigo mesmas, sabendo acatar e administrar com humildade e sabedoria as contrariedades que emanam do grupo e o momento de reconhecer o erro ou de propor novas saídas para o impasse gerado.
É no exercício da relação de auto-respeito e na consequente relação de respeito com o próximo que projetamos no coletivo a nossa imagem de liderança positiva. Deixar de fora estes ingredientes indispensáveis de uma "boa receita" de líder e, é óbvio, associados a outros traços psicológicos que evidenciam este perfil, é como simbolicamente assinar um atestado de incompetência para a função.
Não somos o que ilusoriamente representamos ser e, sim, o que verdadeiramente somos em consequência de nossos atos e escolhas do passado e do presente.
Psicanalista Clínico e Psicoterapeuta Reencarnacionista.
flaviobastos
Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |