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Mãe - Humana ou Divina

Atualizado dia 07/05/2015 13:34:30 em Autoconhecimento
por Nathalie Favaron


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Neste domingo, milhões de pessoas estarão comemorando o dia das mães.
Muito se diz sobre a bondade e beleza dessa entidade endeusada e suas qualidades, porém, poucos reconhecem a sua humanidade e suas carências.
Nem todas aquelas que leem este artigo são mães, entretanto, 100% dos leitores têm mãe. Todos que nós viemos fomos gerados no ventre materno. Fomos nutridos, envolvidos por uma camada protetora de líquidos e membranas, crescemos naquele lugar sagrado e em pouco tempo fomos convidados a habitar um mundo quase sempre hostil.
Alguns foram amamentados, embalados e cresceram junto a uma família.
Outros, logo em seu início de caminhada, já enfrentaram desafios diferentes.
Apesar disso, também sobreviveram e tornaram-se adultos como eu.
Muitos ainda carregam dores, queixas e tristezas sobre como gostariam de terem sido cuidados, acarinhados e encorajados.
Em situações ainda mais delicadas, alguns foram abandonados, física ou emocionalmente, por suas mães.
Veja que não quero neste texto julgar ou condenar nenhuma vivência, por mais difícil que tenha sido.
Mas quero muito ressaltar que podemos escolher uma nova versão para nossa história.
Passamos anos repetindo para nós mesmos os dramas e traumas que sofremos, muitas vezes bem ao lado de nossas queridas mães. Muitos sofrem até hoje em relações povoadas de brigas e críticas.
No entanto, se pudéssemos, por alguns instantes, vestir suas roupas, calçar seus sapatos e entrar em sua pele, talvez aparecessem outras percepções.
Talvez percebêssemos, no início, os medos intrínsecos a qualquer gravidez, planejada ou não, que rondavam a cabeça daquela mulher que descobriu carregar dentro de seu corpo outro ser vivo.
Ou talvez estivessem elas enfrentando um casamento, quando esse existia, conturbado, tenso ou até violento.
Outras se descobriram mães tão jovens que não sabiam sequer por onde começar.
Para as mais atuais, surgem as crises de identidade ao escolher a maternidade ao mesmo tempo que sua carreira profissional.
Há também aquelas que, por questões religiosas, estão cercadas de crianças recém-nascidas a cada ano; as fraldas e mamadeiras se multiplicando por todos os lados.

E até hoje, pasmem, não existe nenhum curso, formação, graduação, MBA que nos ensine como ser MÃE.
Aprendemos na raça.
Errando e acertando. Corrigindo, experimentando, arriscando perder o amor daquele ser que originou-se dentro de nossas entranhas.
Vivendo a mais pura aventura como ser humano, sendo ao mesmo tempo cobrada e idealizada como aquela que tudo sabe; que tudo cura.
Choramos de medo, raiva, de dor por nossos filhos e, principalmente, por nossos próprios erros.
Se abraçamos demais nossas criaturas, as estamos mimando, se as deixamos aprender com a vida, as estamos abandonando à sua própria sorte.
Se trabalhamos fora, terceirizamos a criação para a escola ou para os mais diferentes ajudantes.
Se ficamos em casa cuidando exclusivamente da prole, falta-nos alimento para a alma e os sonhos ficam aguardando na gaveta por tempos mais propícios.
Isso para não mencionar as jornadas duplas e triplas que a mulher ainda enfrenta até os dias atuais.
Tudo isso, para no fim, deixarmos ir embora o objeto central de toda essa epopeia, pois criamos nossos filhos para o mundo!
Será que você consegue perceber todas as facetas e implicações intrínsecas à maternidade?
É possível ter uma perspectiva diferente sobre sua complexidade e a miríade de emoções e sentimentos que invadem a alma, provocando uma enxurrada de comportamentos incongruentes relativos à natureza humana?

Sendo homem ou mulher, será que você consegue ter um olhar de compaixão e agradecimento para com essa pessoa, ao menos um dia ao ano?
Você está disposta(o) somente neste domingo, estando sua mãe ao seu lado ou distante, nessa dimensão ou em outra, olhar com os olhos de seu coração diretamente para ela, no fundo de seus olhos, e dizer apenas uma palavra: Obrigado(a)!
Apenas isso: Obrigado!
Esse é o primeiro passo e talvez o mais difícil de todos, pois dói na carne, nas entranhas que compartilhamos com ela.
Abrimos mão de querer mais ou algo diferente. De julgar e condenar.
Apenas a aceitamos como ela é.
Humana, assim como você.
Apenas humana.

Convido a todos para assistirem mais um vídeo da série sobre Constelações Familiares.
Sozinhos ou com suas mães!
Bom Domingo!

Assista agora o segundo vídeo gratuito da série sobre Constelação Familiar com Nathalie Favaron:

Primeiro vídeo aqui





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Conteúdo desenvolvido por: Nathalie Favaron   
Nathalie Favaron é Coach e Terapeuta Sistêmica especializada em Constelações e Hipnose Ericksoniana. Autora do LIVRO O Reencontro e do CURSO ON LINE - A História da sua Família SAIBA MAIS AQUI www.nathaliefavaron.com.br ou whatsapp 11-950203079
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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