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Mantenha o seu vigilante interior sempre alerta

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Autor Bernardino Nilton Nascimento

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/14/2009 11:00:04 PM


O vigilante do “eu interior” tem uma função que requer muito equilíbrio e disciplina. Ele sabe que tem um valioso bem a guardar. Todos nós temos um inimigo, e para nossa garantia, precisamos estar alerta. O vigilante sempre deve estar atento aos avisos de perigo. Os que dormem estão desarmados, entregues. São presas fáceis de um destino desequilibrado e atordoado.

Conhecemos pouco do nosso “eu interior”, porém, conhecemos bem os nossos inimigos. Os inimigos de que falo são tudo o que nos enfraquece, tudo o que nos impede de sermos o que devemos ser para podermos viver com mais alegria, saúde e em paz. Em tempos de perigo, o vigilante deve estar cada vez mais forte e nunca amolecer diante das ameaças dos maus pensamentos.

Todos nós temos, no coração, a arma para deixar dormindo os nossos perigosos inimigos, que tem como principal objetivo atrapalhar nossos sonhos. Temos que tomar cuidado. Os covardes não creem na confiança. Mas uma coisa é confiança, e outra, cegueira e falsa segurança. A confiança é um grande bem, e a falsa segurança não é nada mais do que a covardia. A alma exige que tenhamos cautela contra os perigos dos nossos atos.

A genética, a natureza e o meio em que vivemos, nos fazem seguir direções diferentes, assim como possuir defeitos diferentes. Isso pode nos enfraquecer ainda mais. A pressão que esses defeitos fazem contra o nosso desenvolvimento repercute em todo o conjunto de nossas funções. Para um espírito se desequilibrar de todo, basta que um hábito vicioso nele se aloje e cresça por algum tempo. Os esforços, as qualidades, as próprias virtudes ficarão neutralizados. Há no mal uma fatalidade terrível. Não é necessário ter todos os vícios para perder o equilíbrio e naufragar.

Quem ama o bem e percebe, em si, a chegada do mal, sente uma grande dor. Precisamos amar a vida, em tudo o que ela tem de mais nobre e belo. É necessário estarmos prontos a lutar, a sofrer pela justiça e notar, contudo, que em certas circunstâncias, poderíamos ser capazes de atos dolorosos para defendermos o que amamos. É muito contraditório e hipócrita, da nossa parte, condenarmos certos comportamentos e, depois, agirmos da mesma forma. Compreendo, então, o apóstolo Paulo ao dizer: “Não faço o bem que amo, porém o mau que odeio”.

Entretanto, é preciso que seja assim. Nenhum caráter jamais se formou sem se deparar com esses combates internos, ouvindo o estrondo dessas batalhas dentro do peito. Os melhores são os que mantêm o vigilante em alerta. Assim, posso falar no portal da vida: “Proíbo a mim mesmo! Conheço e desconfio de mim mesmo! Que os passos do meu vigilante ecoe, dia e noite, na minha alma. Que ele seja incorruptível, e no momento certo, grite a mim mesmo: Pare, ou vou embora para sempre!”

Para aumentar a vigilância, convém fortalecer o senso de responsabilidade. Experimentemos representar a soma de esforços e de esperança, que resume cada uma de nossas existências, e mostremos a nós mesmos que o que fará o nosso vigilante ficar sempre atento são as nossas atitudes. E se nosso próprio interesse não bastar para tornarmo-nos ajuizados, pensemos no interesse alheio. Se permanecermos justos, verdadeiros, honestos e bondosos, poderemos reparar algum mal, secar algumas lágrimas e erguer coragens enfraquecidas.

É pouco tudo o que dissermos acerca da necessidade do vigilante do “eu interior”. Uma das condições de fortalecê-lo é o recolhimento à solidão. Quando cessam os rumores externos e se dissipa, enfim, a poeira da desordem humana, acordo meu vigilante, pois a voz do meu interior e os olhos da minha alma avistarão mais claramente os objetivos. Faz-se necessário que eu caminhe muitas vezes para a solidão. É lá que encontrarei os meus aliados invisíveis: as recordações reconfortantes e as feições amigas, que tanto me encorajam.

Quando reconheço o valor de cada instante vivido, lá me encontro em oração e me ponho em comunhão com a minha fonte iluminada de glórias sobre as flutuações passageiras, na calma saudável do Universo. Aí, restauro-me e purifico-me. Nenhuma energia pode comparar-se à oração. É em oração que nos aproximamos daquele que nos vigia sempre.

Não posso parar aqui sem acrescentar uma palavra aos vencidos. Mas todos nós, algum dia, fomos ou seremos vencidos. Quem de nós nunca caiu ou tropeçou na nossa caminhada? Quantas batalhas eu perdi, quantas manhãs acordei depois de derrotado, por ter me agarrado a seguranças enganadoras! Não se enfraqueça, não abandone o seu vigilante. Só você sabe como vencer.

Nunca fique desesperado, o momento é de se socorrer, de erguer-se, de se curar. Toda queda é acidente, quanto mais quem deixa dormindo o seu vigilante. Em todas as vidas há lances críticos, algumas vezes, verdadeiras enfermidades. Tente ficar nesses dias da mesma forma que nos dias saudáveis. O que mais precisamos nessas horas de crise perigosa é agradecer e luta pela cura. É o tempo de reconhecer que o perdão e a clemência são poderes de primeira ordem. Neste mundo de sofrimentos, lutas, altos e baixos, o ser humano aspira a fonte da bondade. Aquele que não sabe perdoar, nem reconhecer que ele mesmo necessita de perdão, não tem em sua consciência um bom vigilante.

Então, conforme minha experiência, quando sentir a presença da crise, o melhor é se retirar, para que uma batalha perdida não se transforme em derrota. Sábios têm sido aqueles que não se deixam influenciar pelos espantosos arrastões de uma derrota. Para quem sabe tirar proveito da lição, o vencido, algumas vezes, eleva-se e se transforma em uma fortaleza, diante da atuação perfeita do vigilante da sua alma.

BNN

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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