MELHORAR A EDUCAÇÃO
Autor Verônica Dutenkefer
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 25/09/2013 22:44:12
Gostaria de fazer algumas perguntas:
“Quando você vai ao médico levar seu (sua) filho(a), você sente-se a vontade de ficar dando palpites no modo como ele está examinando seu filho, ou no melhor método de curar os sintomas que seu filho apresenta?”
“Quando um eletricista vai consertar alguma coisa, você fica dizendo à ele qual a maneira que ele deve fazer isto?”
“Quando você vai ao banco você fica insistindo em como aquele profissional deve trabalhar? O que ele deve ou não fazer?”
Então eu gostaria de saber por que todos acham que podem ficar dando palpites em como um educador deve ou não dar aula?
Por que todos se acham especialistas na educação?
Nós professores tivemos e continuamos tendo formações específicas que nos ensinaram a ser profissionais da educação. Com metodologias adequadas, maneiras de proceder e estudamos as fases de aprendizagem de acordo com as faixas etárias de cada aluno.
Então ACREDITE :nós sabemos o que fazemos.
Se estamos cobrando dos alunos um determinado conteúdo, um determinado comportamento, nós estamos sabendo o motivo e respeitando sua faixa etária. Ou seja o que é e o que não é indicado para o aluno fazer.
“O oposto do amor não é o ódio. O oposto do amor é a indiferença”. Então se eu, professora, me preocupo com seu (sua) filho(a), é porque eu me importo com ele(a). Se eu não me preocupasse e cobrasse dele(a), eu seria indiferente.
Muitos pais acreditam que o comportamento de seus filhos dentro da família é o mesmo diante de um grupo maior, como a comunidade escolar. Mas não é. E nem deve ser mesmo, pois os estímulos são diferentes. Na escola ele tem de aprender a conviver com muitas crianças com faixas etárias iguais e diferentes das dele, e que trazem uma bagagem cultural e de valores, totalmente diferentes. E isso faz parte da aprendizagem que o aluno deverá fazer. Isto é o que costumamos dizer: interação social. A capacidade que a criança e/ou adolescente deve desenvolver para aprender a viver em grupo, pois quando ele for adulto isso será imprescindível em sua profissão e relações sociais.
Acreditem, eu não escolhi ser professora para prejudicar a vida de ninguém. Muito pelo contrário. Eu escolhi essa profissão para ajudar meus alunos a descobrirem e valorizarem seu próprio potencial. E para que um ser humano descubra e valorize seu potencial e força, eu preciso estimular. Eu preciso cobrar. Eu preciso ensiná-lo a ter responsabilidade.
Afinal responsabilidade é a capacidade em responder frente a algo que está acontecendo em nossas vidas.
Fico extremamente triste quando um responsável me pede para não cobrar seu (sua) filho(a) por suas atividades feitas sem nenhum capricho ou responsabilidade. Eles estão pedindo, sem ter consciência disso, que eu não mais acredite no potencial daquele aluno. E o pior é que essa criança crescerá sem conhecer o que ela é realmente capaz de realizar e criar.
Então eu faço um pedido muito importante e urgente:
Não perpetuem esta visão distorcida de que os professores são inimigos de seus filhos ou de seus familiares.
Não apóiem comportamentos desrespeitosos aos profissionais da educação (e nem a ser vivo algum) e nem acreditem que vocês sabem melhor que os professores de seus filhos, como eles devem dar aulas ou o que é ou não permitido cobrar de seus filhos.
A vida nunca parou para que você pudesse se recuperar de um choque, de uma dificuldade. A vida também não irá parar para seu filho. Ele precisa aprender a ser forte e suportar frustrações, pois senão as doenças emocionais que estão invadindo a vida dos jovens (depressões, síndromes de pânico, distúrbios alimentares, etc) irão continuar aumentando.
Entendo que no passado houve sim um abuso de poder dos professores. Mas hoje esse abuso de poder está nas mãos dos alunos. Eles podem tudo.
Será?
Precisamos extinguir quaisquer abusos de poderes.
Precisamos resgatar a tolerância, o amor e a fé.
Precisamos fazer parcerias saudáveis e amistosas entre escola e sociedade.
Precisamos de sua ajuda para melhorar a educação!
Verônica Dutenkefer
25/09/2013
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