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MENTIRA

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Autor Rosangela Tavares

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 8/18/2014 5:00:43 PM



A mentira é uma coisa muito curiosa.

Aliás, o nosso psíquico é a coisa mais interessante do mundo, tamanha a riqueza de processos.

É tão fascinante pensar que na nossa "cabeça" vivemos uma realidade, e que podemos fazer muitas coisas com o que está dentro dela.

Podemos, por exemplo, ao toque de nosso desejo, reassistir a todo o nosso passado, como se fosse a um filme, que só se passa dentro da nossa mente, e que ninguém mais pode assistir, você pode no máximo descrever para outra pessoa. E você escolhe inclusive o que quer rever, escolhe por data, por lugar, por fase, por pessoas... fica até engraçado pensar dessa forma. É mágico demais.

Uma das coisas que podemos usar, é o mecanismo de mentir.

Mentir é criar uma situação irreal e utilizar-se dela para algum fim.Desde muito cedo se descobre que esse mecanismo existe. As crianças mentem.

Basicamente a mentira funciona como defesa. A pessoa muda uma realidade e usa a nova versão para não sofrer as penas que a situação real provavelmente traria.

Uma criança pode mentir sobre a nota baixa porque prevê o castigo que receberá dos pais. É legítima defesa. Mas pode ter consequências quando a falsa versão perder a validade.

E os adultos? Como se utilizam da mentira?

Como defesa também. Pode ser para não ter que passar por uma situação constrangedora socialmente, dizendo que o corte de cabelo do outro ficou bom, ou dizer ao chefe que chegou atrasado por causa do trânsito.

Pode ser para esconder uma atitude "errada" tomada em relação a outra pessoa, evitando que o outro se decepcione, fique bravo, não perdoe, deixe de gostar de você, deixe de amá-lo...

Sim, o motivo mais profundo da mentira é o medo de perder o amor do outro. Se o outro descobrir o que a pessoa fez, vai ficar chateado, bravo, magoado, decepcionado e...não vai mais gostar dela, não vai mais considerá-la, amá-la. Essa é a consequência final e dura.

E assim é, com qualquer tipo de relação, seja amizade, família, marido e esposa, colegas... Até mesmo perder o cliente pode significar não ser mais querido, deixar de significar algo bom para o outro, deixar de ser importante para o outro. Então a mentira resguarda. Mas corre-se um risco!

Ser querido e amado preenche a nossa autoestima, significa ter importância, ser considerado no mundo, significa existir.

Não ser amado significa ser rejeitado, ficar sozinho, que é contra a nossa natureza.

Mentiras pequenas são usadas para evitar pequenos conflitos.

Mas, e aquelas pessoas que mentem o tempo todo, e mentem tanto, que as pessoas à volta já não dão a menor credibilidade, dão apelidos, e mesmo assim a pessoa parece achar que todos estão acreditando?

Esse comportamento exagerado tem um nome: Mitomania. Mas a pessoa sabe que está mentindo. É um vício, ela mente por mentir.


Quando a pessoa chega no nível de acreditar em suas próprias mentiras, se chama Pseudolalia. É um distúrbio.

Pessoas assim podem, por exemplo, pregar que são ricas, que moram numa casa enorme, com empregados, etc., quando todos à volta sabem da condição real dela.

A pessoa não consegue acreditar e aceitar que as pessoas sabem da verdade. Ela mente e acredita realmente no que está contando, e assim pode viver feliz na sua fantasia. Ela se realiza na sua mentira.

Existem pessoas que passam a viver em duas realidades paralelas, necessitando serem tratadas psiquiatricamente.

Isso pode acontecer com pessoas que sofreram com a pobreza na infância, que tem problemas de autoestima, ou que vivem alguma dura realidade e criam essa defesa, uma outra realidade, feliz. São muitas as possibilidades.

Costuma-se dizer que, quem mente acha que todos à sua volta também mentem.

Isso se deve a um comportamento natural nosso, chamado de projeção. Todos projetamos no outro as coisas que são nossas. Por exemplo, se eu gosto de azul, tenderei a achar que o outro também gosta, afinal é uma cor tão bonita...

Assim, é normal que a pessoa mentirosa projete que fazem o mesmo com ela.

E existe uma infinidade de outros casos, pessoas que querem chamar a atenção por carências, que querem ser aceitas, que querem impressionar. Pessoas que caluniam, na tentativa de parecerem melhor que o outro.

De qualquer forma, os estudiosos afirmam que todos mentimos, sem exceção. A diferença está na frequência, intenção, grau de culpa.



Rosangela Tavares
CRP 06/64149

Rua Santa, 104
Vila Mascote
São Paulo
Tel.: 98572 5600


 

 

 


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Rosangela Tavares   
Psicóloga clínica desde 2000. Atende adultos, adolescentes, casal, estudantes e recém formados, pela abordagem psicanalítica. www.rosangelatavarespsicologa.com.br
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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