MERECIMENTO E VALOR

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Autor Eda Cecíllia Marini

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 04/09/2006 15:08:27


Hoje vamos falar sobre merecimento.
Meditando sobre as dificuldades que a maior parte das pessoas passa, sejam elas de cunho emocional, profissional ou financeiro, percebemos que por trás disso tudo, bem lá atrás, existem hábitos milenarmente arraigados – crenças – que abortam quaisquer atitudes promissoras e realizadoras.
Tema muito abordado atualmente em virtude da crescente busca do ser humano por autoconhecimento e por realização, o sistema de crenças é um mecanismo altamente eficiente, pois tendo sido criado há muito tempo e sempre reforçado através de muitas gerações tornou-se de uma força incomum, determinadora de comportamentos e atitudes do ser humano, sobretudo do ocidental.
Este sistema de crenças foi se formando da má interpretação de acontecimentos desagradáveis, de informações, deduções e associações de fatos e idéias com conceitos totalmente distorcidos, seja pelo mêdo, pela falta de conhecimento e compreensão da realidade e dos fatos naturais, por necessidade de defesa ou até como instrumento de manipulação e domínio dos grupos e das massas por parte de líderes comunitários ou sociais.
De certo modo, através dos tempos, este sistema de informações incorporou-se como verdades em nossa mente, configurando-se como uma receita de ajuda, parecendo funcionar em algum momento. Por isso nos acomodamos, generalizamos o processo e jamais questionamos, sobretudo porque por herdar de nossos antepassados – para nós, hierarquicamente superiores – achamos que são autoridade no assunto.
Somente questionamos quando algo dá errado, fora de nossas expectativas, quando a vida “não vai prá frente.” É quando nos pomos a analisar o porquê disso tudo. O costume é atribuirmos à vida, aos outros, ao carma, às injustiças e perseguições, etc. Mas, se já existe um processo de conscientização em andamento, procuramos analisar onde erramos, podendo até, numa reação extemada e também subjetiva, entrar num processo de auto-julgamento e vitimismo, sem perceber as causas reais.
Um pouco mais de atenção e objetividade bastaria para vermos que o mau êxito dos resultados está na repetição de comportamentos e atitudes viciadas neste conjunto de idéias e crenças que assumimos como verdades definitivas.
Existe um lista interminável de “verdades” que regulam nosso dia-a-dia.
“ – Primeiro os outros, depois eu;
– Eu não posso pois sou inferior aos outros;
– Para se conquistar algo é preciso lutar e muito;
– Só tem valor o que é alcançado com dificuldade;
– Só é valorizado quem é um herói frente à vida!
– Só o sofrimento enaltece o homem;
– Vida fácil é sinônimo de vagabundagem, preguiça ou malandragem;
– Dinheiro é sujo e ser rico é sinônimo de egoísmo e mutreta;
– Só ganharei o “céu” se for pobre…e assim por diante!
Se cada um de nós se analisar com sinceridade, vai reconhecer em si mesmo, herdado dos ícones seculares da educação familiar, religiosa e conceitos sociais, estas e outras “verdades” igualmente terríveis e castradoras, paralisantes, desviadoras do desenrolar verdadeiro da vida.
Entretanto, analisando e filosofando com meus botões, descobri algo de dar calafrios.
A crença-mãe de tudo isso é uma só. Ela domina, alimenta, movimenta, adapta e manipula todas as outras crenças, fazendo-nos assim um dócil refém de suas garras.
Falo do merecimento.
De acordo dom o dicionário, merecimento significa: mérito; valor; ter direto a; ser digno de; estar em condição de receber ou obter; aprêço.
É aí que a coisa assusta!
Na cultura ocidental fomos condicionados a ligar o conceito de merecimento ao desvalor, à impotência, à dor, à fraqueza, à pobreza, numa total e completa distorção do verdadeiro significado desta idéia, como visto no dicionário.
Devido à errônes interpretações filosófico-religiosas, só tem valor e e merecimento quem se esquece, quem se “doa por inteiro ao outro”, ou quem não se ama, despojando-se de tudo e tudo dando ao outro!! (E aqui vai um comentário: porque os outros podem ter e eu não???)
Não é assustador? E muito conveniente? Sobretudo por aquelas mentes sagazes, espertas e ávidas de domínio que se utilizaram disto para reprimir, oprimir, subjugar e manipular as massas a serviço de seus interesses pessoais. E também, num relacionamento neurótico, é muito confortável a posição de dominador.
Do momento que me desestruturo como ser divino que sou, negando meu valor, meu direito de ser e ter, desconecto-me de meu espírito, de minha essência, de minha força, entregando-me ao entorpecimento de meus sentimentos, emoções e vontades.
E enfraqueço. Na suposta “força heróica” de ser fraco, pobre, bonzinho, sofrefor, humilde, lutador, sou extremamente vulnerável, impotente, medíocre. Na prática da suposta “tolerância” me escondo no conformismo e resignação passiva. “É a vida, que fazer?”… ”Deus quis assim…”
É o culto à mediocridade.
Portanto, é preciso ter coragem de chacoalhar este ranço que não serve para nada, somente para trancar o crescimento de cada um e encarar uma nova vida, sem dor e luta, pródiga de alegria e prosperidade, sem mêdo e culpa.
Não importa se e o quanto merecemos.
Esta quantificação vai depender exclusivamente do valor e do significado que atribuo a mim e à coisa merecida. Assim, o valor do que mereço está diretamente relacionado com o valor que atribuo a mim mesmo. É preciso sair do automático e atentar para o significado real do que achamos merecer.
Cada um tem o que realmente merece, de acordo com as crenças e idéias que valida e valoriza. Se você se identificou com algum trecho destas reflexões, pare e medite:
– Permito-me ter valor?
– Reconheço meu valor pessoal?
– Aceito-o como algo imanente do meu espírito?
– Permito-me viver na abundância, na paz, na prosperidade, no bem?
– O que ganho permanecendo na dor, na dificuldade, na pobreza material e espiritual, no mal?
Se queremos crescer e nos realizar, ser felizes, tenhamos a coragem de rever nossos
conceitos, reconsiderando-os e redefinindo-os em consonância com a grandiosidade de nossa força divina interior, desligando do mal que teima em nos paralisar.
Este é o verdadeiro exercício de humildade.
Assim, aceitar nosso valor pessoal, aceitar que merecemos a felicidade, a prosperidade,
o amor, a paz e a alegria e tudo que é do bem é estar ligado á divindade interna e ao Todo.

Fica aqui, a frase final, de Osho, de imensa sabedoria:
“Rebelião não é luta. É pura compreensão”.

Paz e Luz.

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