Mi querido viejo
Autor Flávio Bastos
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/25/2007 8:10:33 AM
Normalmente, o recém-nascido é recebido com júbilo pela família que o acolhe de braços abertos. O mistério do nascimento costuma provocar nos pais, muita alegria e contentamento, pois o pequeno ser humano que chega para o convívio familiar, vêm envolvido numa aura de amor e de expectativas em relação ao futuro.
No entanto, na cultura ocidental branca que carece de valores espirituais, o mesmo tratamento amoroso não é dispensado às pessoas idosas, pois as expectativas de seus familiares jovens em relação à elas, costumam ser "pessimistas", ou seja, voltadas para a possibilidade do surgimento de patologias que as levem à morte.
Observamos de um lado a imagem da criança associada à vida e ao futuro. De outro lado, a imagem do "velho" associada à finitude, ao término, ao "nada". É uma cultura que tende a discriminar o idoso como sendo um ser em "processo de extinção", como se esse indivíduo, independentemente do que tenha feito de útil em sua vida, deixasse de ter importância no contexto social a que pertence.
Na cultura oriental e na maioria das culturas indígenas, ricas em valores espirituais, o idoso foi sempre sinônimo de sabedoria e referência máxima para os mais jovens. Portanto respeitado e, acima de tudo, considerado e valorizado.
Uma antiga canção interpretada por Jose Piero e que fez sucesso na década de setenta, revela-nos com muita sensibilidade humana, o sentimento que deveríamos cultivar em relação às pessoas idosas, principalmente aquelas em que temos, ao longo do tempo, construído relações de carinho e afeto.
"Mi querido viejo", letra que será reproduzida a seguir, sintetiza a atenção e o amor que devemos ter com esses seres que são "velhos" somente na aparência da matéria que acaba com o tempo, porque o espírito que está prestes a concluir mais um ciclo, é tão velho quanto o espírito que acaba de nascer com o corpo renovado para a vida.
Não esqueçamos que nas experiências regressivas e/ou nos trabalhos mediúnicos espíritas que abordam situações de reencontros de entes queridos no plano espiritual, predominam momentos de muita sensibilidade e emoção, quando o que está chegando é recebido pelo "velho" que partiu antes. Mãe, pai, avó, avô ou outra referência importante, são responsáveis por essa amorosa acolhida em momento tão sensível para o espírito que acaba de cumprir mais um ciclo que nos impulsiona para o caminho da evolução chamado vida.
Ao digitar no Google "You tube - mi querido viejo", clicar na imagem e após minimizar em seu computador, você poderá ouvir a magnífica interpretação de Jose Piero e, ao mesmo tempo, acompanhar esse verdadeiro exercício de sensibilização e reflexão que é a letra:
Es un buen tipo mi viejo
que anda solo e esperando,
tiene la tristeza larga
de tanto venir andando.
Yo lo miro desde lejos,
pero somos tan distintos;
es que cresció con el siglo,
con tranvía y viño tinto.
Viejo, mi querido viejo,
ahora ya camiña lerdo,
como perdonando el viento.
Yo soy tu sangre mi viejo;
Soy tu silencio y tu tiempo.
Él tiene los ojos buenos
y una figura pesada,
la edad se le vino encima,
sin carnaval ni comparsa,
yo tengo los años nuevos
y el hombre, los años viejos;
el dolor lo lleva adentro
y tiene historia sin tiempo.
Viejo, mi querido viejo,
ahora ya camiña lerdo,
como perdonando el viento,
yo soy tu sangre mi viejo;
soy tu silencio y tu tiempo.
Yo soy tu sangre, mi viejo;
yo soy tu silencio y tu tiempo.
Yo...
Yo soy tu sangre mi viejo;
yo soy tu silencio y tu tiempo.
Psicanalista Clínico e Interdimensional.
flaviobastos
Avaliação: 5 | Votos: 12
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
