Milagres pelas mãos
Autor Bernardino Nilton Nascimento
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 20/08/2007 21:59:48
Acredito muito na cura pelas mãos. Com elas, podemos fazer verdadeiros milagres. Estudo o assunto há anos: é uma prática muito antiga, antes da época de Cristo, praticada na antiga China. Certa vez, eu estava numa livraria, e no meio de centenas de livros encontrei um, muito antigo, de origem chinesa, que falava sobre a cura pelas mãos, em pouquíssimas páginas, porém, com muita clareza e objetividade.
Tudo começou quando eu ainda era jovem e freqüentava a religião Messiânica, onde era praticante do Johrei. Há poucos anos estudei o Reiki e cada vez mais, venho me aprofundando na cura pelas mãos. Vou contar algumas experiências que vivi, e os verdadeiros milagres que esta poderosa energia, vinda do Universo, faz, e que é adquirida com mais intensidade quando temos amor pela humanidade, e o desejo de ver o próximo feliz.
Acredito que quem pratica a cura pelas mãos deve levar uma vida equilibrada e com muito amor pelo ser humano. Essa cura possui uma fé sustentada em um grande alicerce de confiança e amor pelo Criador. Diante de qualquer tremor que abale a sua estrutura emocional, deverá permanecer sempre sereno e acreditando na vontade suprema.
Quanto maior for o número de pessoas que você ama, maior a sua capacidade de canalizar a energia curadora. Quanto menos usar a sua vontade, mais livre fica a energia que vai usar você como transmissor. Nós somos apenas um instrumento para o Universo, porém, o instrumento deve estar afinado com o amor ao próximo e à natureza. O praticante dessa cura deve acreditar no mundo espiritual, porque o seu amor tem que ir além da morte. Deve manter o amor pela humanidade, seja qual for o seu rumo, acreditando sempre que somos filhos de Deus, e que um dia todos nós vamos estar no topo do plano espiritual, traçado pelo Criador para a humanidade. Todos somos filhos de um só Criador, e o que separa um do outro é que um está doente, e o outro se curou.
Não sou contra nenhuma crença que use as mãos para curar, mesmo usando seus dogmas e seus rituais. Mas só a verdadeira liberdade entre você e o Universo poderá canalizar mais energia curadora, que podemos chamar de energia do amor livre e verdadeiro. Esse amor pela humanidade tem que ser regado todos os dias, com fé em Deus, e com a certeza de que você faz parte deste Divino plano de ver todos os filhos de Deus felizes.
Jesus tinha um amor pela humanidade, uma fé em Deus inabalável e uma capacidade de compreender o ser humano, que lhe dava o direito de canalizar a energia, e em poucos segundos a cura estava realizada. Daí surgiram os milagres. Quanto maior a fé e o amor pela humanidade, maior será a abertura entre você e a Divina Energia.
Hoje mantenho uma vida equilibrada, pratico meditação, sou um vigilante de mim mesmo, porque um só cochilo poderá nos levar ao fundo do poço. Este é o segredo de viver o momento presente. Você não vai lá trás remover angústias, e não vai ao futuro para não ter decepções no agora. Ter sonhos, ter objetivos não é ir ao futuro pelo pensamento, e sim, fazer no momento presente as coisas necessárias para que os sonhos sejam realidade no agora. Vou contar algumas, das centenas de experiências que tive com a cura pelas mãos e a fé em Deus, acreditando sempre no ser humano e no mundo espiritual.
Estava dando assistência na enfermaria de um hospital quando entrou um senhor idoso, que acabava de sair do CTI com derrame, e ficou com o lado direito paralisado. Cheguei perto dele e levantei a mão suavemente, com todo carinho e, conversando com ele, soube que era cego. Meu Deus, cego e paralisado! Passei a ir todos os dias no hospital para conversar com ele. Certo dia estávamos conversando eu, ele e a sua esposa, uma senhora que usava óculos com lentes bem grossas, porque enxergava muito pouco. Conversávamos em volta da cama quando ele disse que o que mais o deixava triste era não poder mais tocar sua viola. Naquele momento me veio uma força, uma fé, uma certeza, que coloquei a mão dele paralisada em cima da minha mão direita e levantei a esquerda suavemente. Disse a ele: “Quem falou que o senhor não vai mais tocar sua viola? Faz um favor para mim?” Ele respondeu que sim. “Aperte a minha mão...” Falei com uma certeza tão grande que parecia que não era eu que estava ali. Ele voltou os olhos para mim, como se estivesse vendo alguma coisa, e apertou a minha mão. Foi uma emoção tão grande que as lágrimas tomaram conta de todos nós.
Continuei indo ao hospital e num dia, para minha surpresa, lá estava ele, todo arrumado, com a viola na mão, dizendo: “Estou de alta desde cedo, mas estava aguardando sua chegada para me despedir e perguntar qual é a sua religião. Eu quero ir lá agradecer. “Respondi:” “Não tenho religião.” “Mas como, se você vem aqui orar com a gente?” “Eu rezo, porém minha religião é ver as pessoas felizes, como o senhor está agora. Vai com Deus! É a Ele que o senhor tem que agradecer.” Ele foi embora sem saber a minha origem.
Você deve estar se perguntando: “E os outros pacientes da enfermaria?” Bem, no dia seguinte falei para o pessoal da enfermaria: “Alguma coisa não está certa aqui. Na verdade, vocês estão sendo egoístas.” “Mas como egoístas?” “Sabe de uma coisa? De hoje em diante, todos os dias, depois do trabalho, vou vir visitar vocês". Tinha um médico espírita no hospital que é meu amigo e me deixava ir à enfermaria durante a noite. Então, combinei com o pessoal, “de hoje em diante cada doente vai desejar que o colega do lado fique bom, e depois que eu passar fará uma oração para ele, o do lado. Em apenas doze dias a enfermaria estava toda renovada, isto é, todos haviam tido alta. Enquanto fazia a visita, eu meditava, respirando suavemente e bem profundo, e ia de leito em leito com uma das mãos levantada, inspirando a doença de cada um, filtrando em meu coração, e expirando saúde e alegria, como se todos estivessem no mesmo barco. Enquanto isso, eles rezavam um para o outro, conforme havíamos combinado. Tudo deu certo e a enfermaria fazia sua troca com mais rapidez. As altas médicas eram muito mais freqüentes. Depois tive que viajar, faz parte da minha profissão.
São histórias verdadeiras, da vida de quem tem muita fé, muito amor pela humanidade e respeito por todos. São centenas de casos de verdadeiros milagres que acontecem sempre e quando a pessoa merece. Na verdade, todas merecem, mas, quando Jesus entrou na caverna dos leprosos, quis provar que quem tem amor ao próximo é imune a doenças. Buda provou que a doença está em nossos pensamentos, em nossas atitudes e a cura não é só não ter mais a doença, mas é compreendê-la pelo lado espiritual, pelo lado do aprimoramento, da provação, que às vezes temos que passar para o nosso crescimento espiritual o que, com certeza, refletirá na sua vida material.
Não é difícil praticar o desejo de ver o próximo feliz. Procure vê-lo com o coração, procure falar aquilo que gostaria de ouvir. Todos nós vamos escalar a escada divina, nem que seja de joelhos e todo arrebentado. Mas, poderemos subir juntos, em pé. Espero você para caminharmos juntos. Dependo de você e você de mim. Já adianto meu passo desejando a sua felicidade.
BNN
Texto revisado
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