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Autor Shee Sheerran

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/8/2006 1:53:10 AM


As mais antigas lembranças que tenho da minha chegada ao planeta Terra não foram das mais confortáveis. Sem consciência de quem ou o que eu era, me arrastei pelo chão até descer a noite sobre mim. Depois tudo clareou e eu pude me firmar, caminhar e logo depois caía a noite.

Desse período, talvez a lembrança mais estranha, foi perceber que era recoberta com uns pêlos compridos e espessos. Caminhava com os pés, auxiliada pelas mãos. Um caminhar pesado. Sentia a presença de outros seres como eu. Escondia-me quando ouvia barulhos vindos do céu ou luzes que rapidamente o clareavam. Estava sempre junto com outro ser igual a mim. E nos dias de chuva ou vento forte era dentro de uma caverna que buscávamos abrigo.

Um dia senti que alguma coisa saiu de dentro de mim. Olhei e vi um outro ser peludo, pequeno e de grandes olhos que me fitavam sorrindo. Peguei nos braços e ele procurou alimento em mim. Pronto, nascia nesse exato momento a mulher/mãe.

E ao caminhar pelas vidas que me foram ofertadas fui perdendo o pêlo e a minha identidade. Situações que me fizeram deixar de lado a mulher e ser só a companheira. Outra que só me foi possível ser mãe com todos os encargos, dores e responsabilidades.

Fui a recolhida, virgem, vestal, pitonisa, bruxa, maga, mãe, esposa, concubina, amante, traída, traidora... Tive mil rostos e de todos eles não tenho saudades. Eles me trouxeram experiências e desencanto. Senti a dor de ser preterida pelas lutas e batalhas de que os homens tanto gostam. Senti o gosto de algumas vitórias e a dor de batalhas consecutivas perdidas.

Desde minha chegada a esse planeta muitos séculos se passaram. Em alguns deles fui adorada mas, na maioria, fui usada. Fui Sacerdotisa no Egito e na Atlântida. Queimei na fogueira da Inquisição. Lutei muitas batalhas e espero não perder a guerra. Traição recebi aos montes; fidelidade, muito pouco. Deixei que levassem de mim a inocência, deixando no lugar a dor da saudade e da eterna espera. Talvez mais saudades de mim mesma, do que poderia ter sido e não fui.

Mas a grande lição que fica dessa história toda é que, nesses séculos, como milhões de outras mulheres, não perco a fé na busca da saída, no caminho de volta para casa. E ainda a grande certeza de que nós mulheres somos a parte doce do processo; somos as guerreiras que defendem com a morte, se preciso, um filho, um companheiro, um amigo.
É essa a nossa essência eterna.

Apesar das dores e tropeços tenho certeza de que cada uma de nós levará para casa como um estandarte, a certeza de que fizemos a grande diferença no plantio e germinação das sementes estelares.

E que o 8 de marco, Dia Internacional da Mulher, traga a todas nós Paz Profunda!

She
08/03/06
Texto revisado por Cris
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Shee Sheerran   
Escritora, terapeuta (TVP), palestrante, curso de energização e retirada de implantes. Atendendo agora em Alto Paraiso (GO). Consultas: (62) 3446-1990
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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