MUDANDO AS ESTRUTURAS MENTAIS
Atualizado dia 10/03/2008 23:45:41 em Autoconhecimentopor Lucya Vervloet
Na realidade, isso nos é naturalmente passado e incentivado na família, nos bancos escolares e, enfim, quando nos graduamos. Aí sim, é a glória, o auge de nossa ilusão, é quando nos sentimos poderosos, donos do mundo. Nossa mente e a sociedade nos iludem com o emprego dos sonhos e salários milionários, não é mesmo?
Não que estejamos errados em almejar as coisas do mundo, estudar e traçar metas e objetivos ao longo da vida. O que acontece é que nos identificamos de tal maneira com o mundo exterior que caso algo não dê certo, às vezes à risca que idealizamos ou planejamos, corremos o grave equívoco de nos confundirmos tão profundamente que paralisamos a vida. O que hoje me assusta, por estar mais consciente do processo é a avidez com que fazemos isso, ligados no piloto automático e numa programação egóica e limitada de nossa capacidade e potencial humanos.
Lembro-me neste instante do quanto foi desperdiçado em termos de vida abundante, risos, relaxamento e celebração. Os amigos que ficaram para trás por falta de atenção e os inúmeros amores que, se não dariam “certo”, pelo menos poderiam ter sido amados por um tempo maior, pois ardor não faltava!
Com os avanços da neurociência, as muitas descobertas na área neurológica, da medicina e da fisiologia, nos dão a percepção de que estaremos mais instrumentados, pelo menos no nível racional para nos aprimorarmos na busca do autoconhecimento. Digo isso porque pelo meu entendimento muitas pessoas ditas intelectuais, mais mentais, podem vir a sentirem-se um pouco mais confortáveis para trilhar o caminho da fé.
Quero citar aqui uma passagem do evangelho de Jesus onde Ele diz: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Que podemos traduzir como um ensinamento claro de que precisamos nos desapegar de todas as identificações que criamos ao longo de nossa existência, bagagens inúteis que insistimos em carregar (lembro-me do filme a Missão) e que a simples alegria de(o) ser/Ser já nos leva ao “Reino dos Céus”.
Atualmente a mídia mundial tem veiculado muita literatura sobre o poder da mente, seus segredos e fórmulas mágicas de auto-realização fácil e sem muito empenho. Acredito que o fluir pode dar mais resultado que o esforço, mesmo porque em todos os tempos era o que ensinavam os maiores avatares da humanidade. Mas parece-me que existe uma profunda lacuna, o “pulo do gato” em toda essa estória, quer dizer, por que pode dar “certo” para uns e não para outros? Talvez a resposta seja muito óbvia para enxergarmos: cada um de nós possui individualmente uma estrutura rígida de pensamento, o que obviamente interfere no resultado final da proposta feita pelos autores desses livros.
Sem a atenta observação de si mesmo talvez não nos seja possível em tão curto prazo chegar ao tão proclamado sucesso, paz, prosperidade e felicidade total dos participantes dos filmes, assim como nos é apresentado. Portanto, trabalhemos nosso interior, então, tudo nos será dado em acréscimo!
Paz profunda.
Texto revisado por Cris
Avaliação: 5 | Votos: 13
Astrologia (básico na Regulus/SP) e autodidata. Participei de workshops de Runas, Tarot místico/terapêutico com Veet Pramad. Estudei Numerologia e quirologia. Iniciei-me na energia Reiki. Estudei 12 meses do Curso de Psicanálise/ES. Com uma visão universalista da vida dediquei-me ao aprendizado de idiomas e culturas estrangeiras. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |