Na minha vida nada dá certo!
Atualizado dia 5/28/2007 10:06:04 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Na verdade, o maior desafio atual do homem é encontrar entre as influências da realidade concreta e as influências das manifestações latentes da realidade espiritual, o necessário ponto de equilíbrio que o faça crescer como pessoa, mas também como essência.
Quando por "n" motivos perdemos ou negligenciamos a capacidade inata de buscar a síntese das realidades dimensionais e paralelas que fazem parte da natureza humana, é porque perdemos o senso de orientação e nos desviamos do rumo que conduz à meta que guarda o segredo do viver: o equilíbrio.
E, muitas vezes, desorientados, como o equilibrista que busca o seu equilíbrio, tentamos, instintivamente, resgatar o senso de orientação que impele-nos a encontrar o rumo perdido. No entanto, ao não reencontrarmos o caminho da lucidez saudável sentimo-nos desgarrados no labirinto das manifestações do ego, como se ele fosse o comandante supremo das nossas vontades ou desejos diante da vida. Desnorteado, o homem tenta recuperar o equilíbrio na corda bamba que torna-se a sua existência. Mas não consegue porque permite ao "eu" inferior tomar conta, ditar regras e falar mais alto que a sua vontade e seus desejos latentes de liberdade.
A partir do bloqueio gerado em função do conteúdo severamente reprimido, portanto recalcado, inicia-se o processo de somatização que trará doenças somadas a sentimentos negativos de incapacidade, incompletude, solidão e vitimização, entre outros. Está formado o quadro clínico que levará a pessoa a procurar alternativa de saída (desbloqueio) na psicoterapia, psicanálise ou, por opção própria de sua vontade comandada pelo ego inferior, permanecer na sintonia de suas próprias limitações.
Supervalorizar o ego como a instância da personalidade humana responsável pelo senso de realidade, sendo essa realidade, única e exclusivamente a da realidade material, talvez seja o fator de maior limitação dos métodos terapêuticos convencionais, uma vez que é de extrema importância o profissional da saúde mental ter a clareza de que na verdade existem "dois eus" que precisam ser terapêutica ou analíticamente trabalhados, e que correspondem às nossas escolhas inconscientes de valores do eu superior e do eu inferior, os quais costumamos levar conosco para o resto de nossas vidas.
"Doutor, porque na minha vida nada tem dado certo?" Com esse questionamento, Virgínia iniciou a sua associação livre na psicanálise de orientação reencarnacionista. E, à medida que foi verbalmente exteriorizando a sua história de vida, traumas de infância que resultaram em bloqueios, que por sua vez influenciaram negativamente na forma como Virgínia relacionava-se com as pessoas e interagia com o universo ao seu redor, foram-lhe moldando o seu "eu e o mundo" de uma maneira em que a sua visão de possibilidades na vida era extremamente limitada, tornando-se, por esse motivo, uma pessoa condicionada e submissa ao comando de seu próprio ego inferior.
Se a vida flui naturalmente com as experiências das realidades paralelas da matéria e do espírito, é porque o arquiteto de todas as coisas foi sábio em sua obra divina, oferecendo ao homem a oportunidade de crescimento nesse contexto vital de dupla dimensionalidade.
Portanto, Virgínia estará libertando-se de si mesma, somente quando começar a perceber - e isso já está ocorrendo - que existe em seu íntimo uma outra realidade ainda desconhecida que necessita, urgentemente, tornar-se conhecida na sua integralidade: o eu (ou ego) superior. Porque é através da conscientização de que temos valores espirituais internalizados que precisam ganhar notoriedade na "vitrine" do eu superior, que re(encontraremos) o rumo perdido que nos levará ao segredo do viver e às respostas de nossas dúvidas existenciais.
A maior razão do viver está na conquista nada fácil do ponto de equilíbrio vital. E quando isso acontece estamos muito próximos da felicidade possível, ou seja, da sensação de bem estar equilibrado entre as potencialidades do ser e do ter.
OBSERVAÇÃO: A lógica conclusiva do tema abordado nesse artigo obriga-nos a questionar sobre a validade ou não de nós, terapeutas, continuarmos usando a denominação genérica de "terapia de vidas passadas" para todas as metodologias que lidam com regressão, já que por uma questão de coerência científico-espiritual, deveria chamar-se "terapia das realidades paralelas" ou "terapia das dimensões do ser", tal é o grau de interconexão que tramita nesse fantástico contexto interdimensional chamado vida!
Psicanalista Clínico e Interdimensional
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
