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NO INTERESSE DA MEDIUNIDADE

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Autor Christina Nunes

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 7/31/2004 10:58:22 AM


Compelida pela sensibilidade apropriada, e muito provavelmente pelo incentivo dos próprios familiares e protetores espirituais, foi cedo que tomei contato com a Codificação Espírita de Kardec, e conseqüentemente com os ensaios relativos ao desenvolvimento mediúnico, muito especificamente na psicografia.

Norteada pelos princípios da doutrina que tanto me fascinava, e certamente monitorada por aquele que ainda hoje me ladeia, iniludívelmente, como protetor e orientador de meus passos durante as atuais experiências físicas, minha dedicação ao tema estabeleceu-se, como de praxe em toda carreira mediúnica, inicialmente tateante, cheia de hesitações e receios, como ocorre com alguém que vaga indecisamente em terreno desconhecido, sob denso nevoeiro; definiu-se também para mim, aí, o amargo, porém valioso escolho a ser enfrentado por todo médium, tendo que se deparar, mais das vezes, com enganos e decepções. Mas acima de tudo, com o passar do tempo, conquistando o inestimável apuro do seu discernimento e da própria sensibilidade na orientação do intercâmbio com o mundo invisível - se existiu o empenho, entenda-se, em imunizar-se contra qualquer vaidade ou orgulho desastrosos, em qualquer época, para aquele candidato às lides espiritualistas que não aceite reconhecer a natural vulnerabilidade inerente a qualquer um que se deixe embalar pela ilusão de que mediunidade é regalia, ou passaporte direto de intercâmbio com o céu, ignorando com isso, muito convenientemente, a faceta obscura da espiritualidade, presente nos seres tanto de "lá", quanto nos "daqui", nas lides físicas.

Trata-se esta dificuldade de assunto a ser discutido e aclarado, no intuito de não deixar esmorecer nos companheiros bem intencionados de ideal espiritista o ânimo, no desempenho desta modalidade avançada de interação entre os seres, em função de um ou outro tropeço no decorrer de todo desenvolvimento mediúnico de que se tem notícia; o que não deve de modo algum constituir, no entanto, motivo de deserção dos nossos objetivos, ou pior: de auto menosprezo, susceptível de induzir a criatura despreparada a um estado mórbido, que a leva a crer ter desperdiçado tempo com coisas nebulosas e de difícil comprovação.

Ora, o fenômeno mediúnico vem se pautando na constatação de fatos, o que desde já anula a necessidade de se duvidar de si mesmo e do tipo de capacidade psíquica que caracteriza o médium. Admita-se antes, então, a necessidade de percuciente sutileza na hora de se avaliar com acerto a exatidão das ocorrências, lançando mão dos recursos íntimos e materiais de que dispomos, num momento em que a ciência, na sua ortodoxia teimosa, ainda não logra o aperfeiçoamento necessário de conceitos e de técnicas que lhe permita acompanhar o passo daquilo que já integra o cotidiano de um tipo de psiquismo mais desenvolvido ou acurado.

É imprescindível o médium recordar sempre de que, na discutida conjuntura, e em especial nos referindo à psicografia e à inspiração, a caixa cerebral, com todo o universo de pensamentos cotidianos e do âmbito material que a povoam, e que no caso é o instrumento através do qual as relações entre as duas dimensões de vida se estabelecem, constituí equipamento meramente adaptável, e em certa medida anacrônico para com as características de transmissão do pensamento atuantes numa oitava vibratória muito além do peso freqüencial da matéria. Assim, temos em comparação, a grosso modo, que a utilização do veículo material, representado pela roupagem física, apresenta sempre ao espírito comunicante as dificuldades naturais que ocorreriam a alguém que buscasse transmitir, através do velho método telegráfico, uma mensagem completa de sentido, das intenções, da imagem e dos sentimentos do emissor distando há léguas de alcance, ao modo do que se realiza atualmente através dos recursos da filmagem e da telefonia.

Não dispondo, portanto, das condições adequadas à perfeição do que se pretende, a espiritualidade recorre às medidas paralelas, porém não menos eficientes: condicionam o tipo e o matiz vibratório de cada comunicante ao perfil do médium escolhido criteriosamente em função de empatia fluídica, que o sintonize com aquele que pretende o intercâmbio da outra esfera de vida. Orientam escrupulosamente os médiuns mais apurados na precisa higienização de seu campo interior e mental, no sentido de eliminar, ou quando muito amenizar em si próprio, toda negatividade e gênero de energia prejudicial à influência saneada da espiritualidade mais elevada, de vez que a sintonia entre os afins é o que rege e estabelece vínculos, e define o tipo de atmosfera espiritual na qual lidamos, na dimensão de vida invisível aos olhos grosseiros. Tentam, portanto, diminuir os efeitos ingratos responsáveis pela possível incorreção do que se transmite, em decorrência da insuficiência do veículo de que se dispõe, no caso o cérebro e o organismo físico, mobilizando a profilaxia da atmosfera no ambiente circundante, nas condições espirituais dos eventuais participantes de sessão, e no mundo íntimo do médium, onde afinal, em última análise, se vai atuar por meio da transmissão de idéias, pensamentos e sentimentos.

E é exatamente este mundo íntimo que, à semelhança de lago límpido e transparente, deve estar imaculado e sereno se bem pretende refletir o disco brilhoso do sol: no caso, a maior fidelidade possível da palavra valiosa que os protetores e espíritos amigos nos tem a transmitir.

Tais esforços nem sempre alcançam resultados irrepreensíveis, por dependerem, como foi visto, de um preparo esmerado tanto daqueles que nos visitam das outras dimensões, quanto daqueles que daqui lhes servem de instrumento, e que nem sempre se vêem em condições gerais de atenderem com precisão ao que se exige, para a exatidão de um tão peculiar modo de interação entre os seres; contudo, é útil recordar que a impecabilidade de informações não constitui privilégio nem mesmo dos meios ditos materiais de comunicação, coisa facilmente verificável nos noticiários diários, repletos de contradições e de enganos, e sob a agravante de disporem de meios bem objetivos de apuração dos fatos.

No entanto, como me foi novamente enfatizado há algum tempo pelo meu querido Instrutor das esferas invisíveis, num destes momentos cheios de dúvidas e questionamentos, devemos sempre relevar, sem esmorecimento na lide espírita, e em favor do bom e útil desempenho da mediunidade, a perseverança na atribuição de importância ao que de fato é essencial e confiável em cada texto ou mensagem recebida. Afinal, na célebre e divina evocação de Jesus Cristo, "venha a nós o Vosso Reino", o termo "Reino" será sempre bem ou mal interpretado ao sabor dos princípios e do poder de compreensão íntima de cada criatura.

Quem tem olhos para ver de fato, e é afinizado com os valores excelsos da vida, estará permanentemente acima de qualquer incorreção ou má interpretação da letra, para alcançar a tempo as luzes últimas de tudo que se pretende transmitir, em qualquer âmbito da existência.

Prossigamos então, nós e a espiritualidade amiga, unidos e constantes em amor e intenção.

Com amor,
Lucilla e Caio Fábio
Elysium
https://www.elysium.com.br


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Christina Nunes   
Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

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