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NORMOSE OU ANOMALIAS DA NORMALIDADE - parte II

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Autor Maria Cristina de Lauro

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/09/2005 20:25:27


3. NORMOSES GERAIS

Vamos começar dando um exemplo de normose geral. A consideramos como sendo a mais perversa de todas as normoses. Antes de conhecer o conceito de normose escrevemos um livro inteiro sobre ela sob o título “A neurose do Paraíso Perdido”. Esta Neurose começa com uma verdadeira Normose que intitulamos de "Fantasia da Separatividade". Trata-se de uma ilusão, de uma miragem, que consiste em nos perceber como separados do mundo exterior, como se não tivéssemos nenhuma relação com este. As conseqüências desta ilusão são o desenvolvimento de emoções destrutivas tais como o apego a tudo o que nos dá prazer neste mundo exterior e a rejeição e raiva contra tudo o que nos ameaça de dor e sofrimento. São estas as maiores causas de tensão e stress que levam a doenças, a sofrimentos os quais reforçam ainda mais a fantasia da separatividade. As pessoas entram assim num círculo vicioso em que repetem compulsivamente o mesmo comportamento.

Outro exemplo de normose geral que atinge toda a humanidade é a de considerar como normal o uso das guerras para resolver conflitos e desavenças entre nações. Existe até um conceito jurídico de "guerra justa" que sanciona esta normose belígena. Esta última normose é ainda reforçada por outra normose que faz com que os povos acreditem piamente serem proprietárias da terra que ocupam, levando demasiadamente a sério as fronteiras e os limites territoriais. Esquecem que todas as fronteiras nascem dos conflitos violentos, quer sejam fronteiras territoriais, ideológicas, epistemológicas, políticas ou religiosas.

O próprio sentimento de propriedade é também produto de uma normose geral. Podemos em última instância nos considerarmos como proprietários de objetos que são constituídos de materiais provindos da terra? Somos proprietários da Terra? Uma das causas essenciais da destruição ecológica é a normose de posse da Terra. Até muito recentemente a humanidade inteira se conduzia como se fosse proprietária da Terra, achando que podia explorá-la indefinidamente. Aliás a crença de que os recursos naturais são inesgotáveis também é uma normose geral em plena regressão. Mais uma causa fundamental de destruição da vida no nosso Planeta é a Normose Consumista já conhecida sob o termo de Consumismo. Foi ela que deu ensejo ao aparecimento do novo conceito econômico de Desenvolvimento Sustentável ou, melhor ainda, Viável. A Normose consumista transforma a população do mundo num verdadeiro formigueiro destrutivo da vida no Planeta.

4. NORMOSES ESPECÍFICAS

No domínio da alimentação encontramos inúmeros tipos de normoses que podemos agrupar sob o termo de "Normoses Alimentares". Um exemplo clássico e histórico encontramos na China quando da introdução pelos ingleses das indústrias de refino do arroz. Começou a aparecer o Beribéri que não se manifestava entre os consumidores de arroz integral.

Nesta categoria podemos colocar todos os alimentos industrializados cancerígenos tais como os corantes alimentares e as conservas enlatadas. O consumo de açúcar refinado é uma das causas de cáries dentárias nas crianças que comem muitas balas. Uma normose específica refere-se a certos países produtores de café que produzem uma dependência a este produto gerando cardiopatias e excitação nervosa. Aliás, nesta categoria alimentar podemos colocar todos os alimentos que praticamente todo mundo consome mas que são patogênicos. Vamos mencionar alguns a título de exemplo: Batata frita (Colesterol), Doces (Diabetes), Excesso de Sal (Hipertensão), Refrigerantes (Obesidade).

Ainda dentro da categoria de normoses alimentares, convém lembrar o consumo de álcool sob todas as suas formas: vinho, cerveja, licor, whisky, cachaça, etc. Esta normose é reforçada por inúmeros rituais: antes da refeição tem o aperitivo, durante tem vinhos variados associados especificamente a certos tipos de pratos, depois tem o licor com café, sem contar celebrações diversas regadas com Champanhe ou fartura de cerveja. Ao longo do tempo se instalam o alcoolismo com suas nefastas conseqüências íntimas, familiares e sociais, sem contar a cirrose hepática, o "delírium tremens" e a morte, para os que não conseguiram se moderar.

O hiper consumo de carnes mereceria uma referência especial já que um relatório das Nações Unidas recomenda a alimentação vegetariana pois só uma diminuição de dez por cento do consumo de carne, só nos USA, permitiria, com a economia realizada, alimentar em grãos toda a população faminta do Planeta.

Outra Normose provindo do consumo é a do uso de carros. Embora se saiba que a poluição provocada pelo consumo de gasolina ameace a vida dos cidadãos duas vezes: através da impureza do ar e da radiação provocada pelos buracos da camada de ozônio, a produção aumenta. As normoses ligadas ao consumo são reforçadas pela pressão das mídias através da publicidade e da propaganda. No caso do cidadão comum há uma crença baseada em princípios democráticos de que caberia um carro para cada cidadão do mundo, o que nas condições atuais seria um verdadeiro suicídio coletivo.

Existem muitos outros tipos de normoses específicas que merecem estudos especiais. Por exemplo, no domínio da ciência há uma normose materialista e mecanicista que dita comportamentos e decisões perigosas para a vida no Planeta devido a sua ligação com paradigmas ultrapassados. O mesmo acontece no campo da Medicina dominada por uma visão própria da normose da Ciência em geral. Existe uma normose comum à maioria das religiões que consiste em acreditar na sua própria superioridade sobre as demais o que leva a conflitos e mesmo à guerra. Outra normose religiosa que sustenta os fanatismos é a que consiste em se ater ao pé da letra dos textos sagrados esquecendo o espírito e a época em que foram redigidos assim como os seus aspectos de mensagens simbólicas. A descrença cientista atual em relação à existência de dimensões parapsicológicas e transpessoais da realidade pode também ser considerado como normose levando a um credo cientista ocidental. No domínio das relações amorosas, existe uma normose bastante destruidora do amor verdadeiro; é a normose sexual que leva milhões de seres humanos a confundir amor com sensualidade, limitando as suas relações com o outro sexo aos seus aspectos puramente genitais.

Vamos citar ainda como último exemplo uma normose educacional que podemos chamar de normose racionalista que decorre de uma deformação da Ciência no sentido do antigo paradigma racionalista newtoniano-cartesiano o qual só aceita a lógica racional e os cinco sentidos como meios de conhecer a verdade. A Educação copiou este modelo reprimindo os seus aspectos intuitivo e sentimental.

Texto revisado por Cris


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