Nos Bastidores dos exilados de Capell 2



Autor Dante Bolivar Rigon
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 24/01/2012 13:47:19
continuação
Retiram então o espírito José da caverna dando-lhe nova vestimenta biofísica.
Nascia Moisés.
Família numerosa, pobre, sem condições de sustentar mais uma boca, sua mãe, talvez por desespero, talvez por intuição, depositou o recém nato em um cesto bem forrado para não naufragar e o lançou entre as sarças em direção a uma estação de verão do Faraó junto ao Nilo onde se encontrava no momento a princesa.
Extasiada, a princesa recolheu o bebê levando consigo, adotando-o.
Cresceu Moisés como verdadeiro príncipe egípcio, e juto com o príncipe legítimo, pois se tornaram amigos desde a primeira infância seguiu seu destino na corte mai rica e poderosa do mundo no momento.
Frequentou os melhores colégios, e dedicou-se mais intensamente ao estudo das artes mágicas ensinadas pelos sacerdotes.
Moisés em seu orgulho magno revoltava-se por não haver possibilidade alguma em ser guinado ao trono do Faraó. Sendo impossível essa possibilidade, sonhava em formar seu próprio reino.
Certo dia visitando com seu irmão real uma obra faraônica em construção ruminando sua mágoa, abordou e matou um soldado que estava maltratando um velho escravo.
Auxiliado por seu companheiro real, consegui fugir distanciando em direção à Índia. Lá chegando ampliou seus conhecimentos mágicos, retornando ao Egito para formar seu reino.
O Egito como todas as nações anteriores e épicas eram, no tocante ao comportamento individual e familiar, legisladas também pelos sacerdotes que afirmavam não serem suas as ordens, mas emanadas dos próprios deuses.
Conhecedor dessas verdades e com profundo conhecimento das artes mágicas, resolveu Moisés combater com as mesmas armas, dominando os escravos para formar seu próprio reino.
Criou em sua loucura um novo deus, enérgico, terrorista e vingador.
E com essa nova arma retornou ao Egito entrando em contato em segredo com seu irmão de sangue que aceitou aderir à proposta.
O interessante é que o irmão de Moisés era um exímio orador, ao passo que Moisés não se dava bem nessa arte mais sabia escrever como ninguém.
Em pouco tempo o povo todo aderiu à ideia.
Auxiliado pelo povo que como escravo achava-se em todos os lugares inclusive nos aposentos mais íntimos da casa do Faraó, criou uma série de eventos dando-lhes a conotação de divinos produzidos por seu deus terrorista.
De peripécias em peripécias acabou ordenando o assassinato do filho do Faraó.
Esse, no ápice da dor e revolta, determinou que Moisés sumisse do Egito com seus imundos irmãos.
Arrependido depois, pois viu o Egito mutilado sem os escravos que na verdade o sustentava, enviou um contingente armado atrás deles para que matassem Moisés e trouxesse os escravos de volta.
O tempo para o Faraó reunir uma parte do exército e colocá-lo a andar, permitiu que os escravos distanciassem bastante, estando próximo a determinado baixio no Mar Vermelho onde poderiam transpô-lo a pé, sua intenção.
Quando os egípcios os alcançaram, já estavam atravessando o mar quase na margem oposta. Afoitos, os guerreiros lançaram seus carros na água, atolando os primeiros e praticamente embolando todo e regimento naquele barral imenso.
E livres, os exilados continuaram sua saga, roubando e matando em sua corrida incontida.
Moisés não conseguia governar satisfatoriamente, pois insubmissos cada indivíduo ou grupo tendia para ideias e pensamentos diferentes, às vezes totalmente díspares. Tentou então uma nova tática: dividiu povo em grupos colocando como líder de cada grupo uma pessoa de sua confiança. Isso feito retirou da caverna 1/3 da fortuna surrupiado dividindo-a entre os líderes de grupos.
Com essa medida conseguiu o domínio completo, mas sabia que era frágil e de pouca vida. Providenciou então a primeira carta constituinte que esse povo jamais tivera no degredo.
Com o esboço já delineado em sua mente, distanciou-se até uma pequena cidade e lá com a ajuda de um escultor gravou em duas pedras a lei que deveria nortear o povo daí para frente. Suas ordens, atribuídas ao seu deus foram mais ou menos assim:
1 - Eu sou teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa dos escravos. Não terás outros deuses senão a Mim.
2 - Não farás imagem esculpida, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não adora-las-á, nem prestar-lhes-á culto, por que eu, teu Deus, sou zeloso e puno o erro dos pais nos filhos até sobre a terceira geração e sobre a quarta geração dos que me odeiam, mas que uso de benevolência para com até a milésima geração dos que me amam e que guardam os meus mandamentos.
3 - Não tomarás o nome de teu Deus em vão, pois ele não considerará impune aquele que tomar seu nome em vão.
4 - Lembra-te do dia do Sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o Sábado de teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso abençoou o dia do Sábado, e o santificou.
Devemos observar que se essa tradução foi correta, em parte Moisés se auto promove e em parte ele define como sendo a terceira pessoa. Ele não atinou esse quesito quando gravou as pedras.
Os outros códigos foram extraídos de povos mais antigos e épicos.
Exitoso com o sucesso dessas medidas passou Moisés a escrever a história pregressa de seu povo. Sem base alguma, pois nômades ou escravos, esboçou parte do seu livro histórico nas lendas já existentes em povos mais antigos, acrescentando a saga e façanhas de seu povo, mas sempre com seu deus atrelado, como se fosse ele que ditava as leis.
Essa possibilidade existia, pois sequer sabiam o formato da terra, se era quadrada ou chata. Sabiam sim, e com absoluta certeza, que sobre a terra havia 7 camadas onde estavam o sol, a lua, as estrelas, os heróis, e na última o trono reluzente do deus, fosse ele quem fosse, mas o deus do povo que o adorava e obedecia.
Após cumprido seus objetivos, morre Moisés, seguindo em espírito para a caverna do tesouro...
Continua na próxima semana









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