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O AMANHECER DO ORVALHO

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Autor Hellen Katiuscia de Sá

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 5/12/2005 12:59:27 AM


Branco era uma gota de orvalho que teimava em não cair no chão, pela manhã. E assim passava seus dias. A pequena gota de orvalho se segurava com toda sua força para não escorregar de uma folha de roseira.

Todas as manhãs Branco via seus irmãos, as outras gotinhas de orvalho, escorregarem pela folhagem e caírem direto no solo da floresta. E depois de um certo tempo, não mais respondiam, quando Branco conversava com eles.

Ficava com medo de largar sua folha verdinha e cheia de vida para cair no solo marrom e cheio de mistérios. Branco era forte. Para não secar ao sol escorregava só um pouquinho para debaixo de sua folhinha verde. E permanecia lá, até o anoitecer.

Em todas as madrugadas Branco conhecia novos orvalhos. Passavam a noite toda conversando, rindo, brincando e quando chegava a manhã... lá se iam seus amigos. O pequeno orvalho ficava novamente solitário...

Um dia, porém, Branco percebera que não podia ser assim para sempre. Não poderia passar a vida agarrando-se àquela folha de roseira. Depois de tanto observar, percebera que havia um ciclo de vida em todo canto da floresta. E ele, uma pequena gota, também teria que completar seu ciclo.

Mas, Branco tinha medo. Nenhuma gota de orvalho que tinha caído ao chão e sido sorvida pelo solo tinha voltado para contar como era deixar de ser orvalho. “Eles viraram o quê, depois de absorvidos pelo chão?”, pensava Branco.

Um dia, depois do amanhecer, lá estava Branco novamente escondido debaixo de sua folha. Lembrava de tantos orvalhos que foram seus amigos durante a madrugada e sentia saudades. “Será que se eu cair no chão poderei encontra-los novamente?”, imaginava.

Branco já não tinha forças para manter-se agarrado à sua folha. “Amanhã terei que ir ao chão... já não posso ficar parado aqui, sozinho. Todos vêm e seguem... menos eu. Estou cansado de ficar parado.”, pensava.

Na manhã seguinte, Branco, finalmente, largou sua folhinha verde. Enfim, foi ao chão, juntamente com os outros orvalhos da madrugada. No caminho viu coisas fabulosas: cores lindas misturadas, passarinhos, abelhas cruzando seu caminho mostrando-lhe sorrisos de congratulações. E muitas coisas novas que enchiam seu coração de alegria.

Viu tanta coisa admirável que nem percebeu quando chegou ao solo. E lá, maravilhado com tudo, finalmente soube para onde iam os pequenos orvalhos coloridos pelos raios de sol.

Hellen Katiuscia de Sá
12 de fevereiro de 2005

Texto revisado por Cris

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