O AMARGO SABOR DAS DOCES TENTAÇÕES
Autor Alberto Carlos Gomes Lomba
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 10/26/2005 3:43:55 PM
Na sociedade em que vivemos fica muito difícil ficar longe das tentações. E podemos dizer que neste labirinto os sentidos humanos são mercadores das almas que se conflitam entre “fazer ou não fazer”.
Um dos ângulos mais perigosos da tentação é quando temos a ambição de possuirmos poderes mágicos, à nefasta crença de que gestos físicos podem criar efeitos espirituais, a tal ponto que se possa dominar espíritos elementais, sem pensar nos resultados que disto possam advir.
O poder “oculto” que envaidece e separa as criaturas é um dos aspectos mais importantes da tentação que se desenvolve no corpo astral, com sérias conseqüências. Ora, se o próprio Jesus foi tentado por Satanás (Lucas, 4:1-13) que lhe ofereceu poder, dinheiro, fama e tudo mais, o que não acontece a espíritos encarnados que se deixam levar por tentações diárias sem delas saberem se afastar e se defender?
Ai é que vem a explicação. Tentação pode ser sinônimo de “experimento”. É bem sabido que para evoluir o espírito precisa “ralar” (experimentar) e esse “ralar” são as deliciosas e profanas tentações. Vai daí que o aprimoramento do espírito requer o que? Requer: educação, disciplina, esforço, perseverança e fé.
Certamente você não vai precisar ficar quarenta dias no deserto, em jejum, como Jesus, para se defender de ser guloso, sexólatra, mentiroso, orgulhoso, vaidoso, maledicente, e outros pequenos defeitos que vão sendo agregados por você não ficar longe das tentações deste mundo moderno.
Educar é melhor do que se reeducar. Disciplina faz bem para o corpo. Esforço ajuda a prosperar. Perseverança lhe dá confiabilidade e, finalmente, a fé lhe dará aquela sensação de paz interior, um prenúncio de ser feliz e a vitória sobre boa parte das “experiências” que sempre serão cobradas em dobro.
No Novo Testamento a palavra “santo” quer dizer sadio, iluminado, bom, superior, ou seja “de bem com a vida”. Concluindo: se são doces as proibitivas tentações creiam que os resultados serão sempre amargos, pois a “semeadura é livre mas a colheita, obrigatória“.
Luzes em suas vidas.
SAIBA MAIS:
O “deserto” a que se referem os evangelistas no episódio das tentações não foi localizado até hoje. Pela tradição seria o “Monte da Quarentena” localizado a quatro quilômetros da moderna Jericó, lugar ermo e cheio de grutas naturais. No sentido místico seria a ausência de espiritualidade no planeta Terra.
Texto revisado por Cris
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