O Angelical e o Demoníaco!
Autor Paulo Salvio Antolini
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 3/3/2014 8:33:53 AM
A cada momento vemos ou ouvimos relatos assustadores. Descrições brutais onde o ser humano comporta-se como verdadeiro animal, desprovido de qualquer tipo de consciência ou sentimento.
Com frieza inimaginável, atuam realizando seus desejos da forma como lhes interessa, sem nenhuma preocupação com o outro lado, com o que são, o que sentem, o que precisam, enfim, ignoram a tudo e a todos.
Crescendo em um mundo de pecados e repressões, as pessoas não podem se permitir olharem-se como somos verdadeiramente, ou seja; todos temos em nós o bem e o mal, o angelical e o demoníaco. Se vivemos em um mundo de dualidade, por que seriamos diferentes dentro dele?
Criamos ilusões do “ser perfeito”. Dizemos de “boca cheia”: “Meu filho nunca faria isso”; “Deus me livre ser assim”, referindo-se a alguma característica negativa de outro alguém e assim por diante.
As religiões, que possuem papel marcante na formação do caráter e da personalidade humana, já estão percebendo que tentar conscientizar através do conceito de pecado e de culpa não está mais dando resultados, ao contrário, está afastando ainda mais seus seguidores.
As instituições educacionais, que antes controlavam seus alunos através de notas baixas, reprovações por critérios punitivos, estão hoje buscando novas formas de relacionamento com seus educandos, pois a fórmula antiga já não funciona.
Ainda não percebemos que o ser humano evolui apenas e simplesmente através do desenvolvimento de sua consciência. E quando isso começa a ocorrer, uma das primeiras coisas que descobre é que ele é capaz de tudo, seja bom ou seja ruim. Descobre que tem dentro de si o Angelical e o demoníaco. É pela consciência de que se pode tanto fazer o correto como o inadmissível que se age equilibradamente.
Vencer o “horror do pecado” e superar a peso da culpa é o que nos leva ao caminho do autoconhecimento. Como eu realmente sou? Quais são meus sentimentos, minhas vontades? Como quero lidar com meus problemas, minhas limitações? Muitos chegam a buscar no suicídio a solução de seus problemas. Desconhecem apenas que estão no seu limite e que querem eliminar de fato os problemas que possuem e não suas próprias vidas.
As ações impulsivas praticadas ocorrem apenas porque as pessoas não se permitem tomar consciência de suas magoas, seus ressentimentos, suas raivas, seus desejos de “esganar” esse ou aquele. Desejar não significa fazer. Nem transforma a pessoa em alguém ruim. Quando se tem consciência de que em nós habita o bem e o mal, o desejo que destrói é olhado e em seguida convertido em algo positivo, pois ao ser identificado, pode ser trabalhado. A pessoa passa a ter a opção clara se quer realmente ou não.
A quantidade de pessoas que praticam o mal pela negação da consciência é “ene” vezes superior àquelas que são maldosas por excelência.
O primeiro passo é não se julgar. Nossa formação foi baseada em julgamentos e críticas ameaçadoras. “Se você não obedecer papai do céu vai ficar triste”. “Você é burro mesmo,como não sabe isso?” Qualquer aspecto que não correspondesse ao esperado era logo massacrado por uma avalanche de julgamentos e revelações de incompetências. Incompetência dos que deveriam estar orientando, pois não conheciam outra forma senão através na manipulação do medo e da culpa, imposta ao “aprendiz”
Embora esteja falando em tempo de verbo no passado; deveriam, faziam, etc., Esse comportamento ainda é presente e muito forte nas pessoas. Todo o tempo passou e pouco se alterou em relação a isso.
Quer ser bom? Não tenha medo de descobrir o mau que existe em você. Assim poderá fazer sua opção e agir conscientemente. E o que pesa mais é o que se faz. É a ação que se concretiza.
Avaliação: 5 | Votos: 4
Visite o Site do autor e leia mais artigos.. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
