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O apagão iluminista de ontem no Brasil

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Autor Walter Luis Bastos Doege

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 11/11/2009 12:51:38


     O apagão de ontem no Brasil revela o colapso do discurso oficial. Sinto vergonha e preocupação porque a situação contemporânea mundial é marcada por um crescente totalitarismo...é permitido isto...é proibido aquilo...faça isto...não faça aquilo. A cidade que nunca pára...parou! como o airbus francês... caiu! Aguardando explicações e elucidações em relação ao apagão que causou dor e sofrimento a muitas pessoas escrevo para me serenar e expressar minha indignação com este estado de coisas. Em São Paulo, e isto não é implicância de um escritor gaúcho, a irresponsabildade já identificada anteriormente fez com que a eletricidade não chegasse a uma maternidade e, se não fosse a solidariedade daquelas pessoas deste hospital em Bauru, SP, dois recém-nascidos teriam morrido, assassinados. Lamento escrever assassinados mas é disto que falo neste texto...porque não havia um gerador próprio no hospital!!!...a explicação que não justifica o ocorrido.

     A distância entre o discurso oficial e a realidade cotidiana é imensa e imensurável. O trágico é que na época da ditadura era proibido falar. Atualmente parece que não adianta falar. Brecht dizia que falam da força do rio mas não das margens que o contém. A crescente violência e banalização da condição humana (latu sensu) convoca-nos a fazer algo. Fazer algo que é simples: diariamente praticar atos de amor. Diariamente cultivar a alegria. Diariamente perdoar. Mas isto não significa ficarmos apalermados e assustados a ponto de nos paralisarmos diante da TV ou compiutador. Tenho procurado o que eu posso fazer mais e conclamos a que façamos mais e mais e mais...Resistir, com amor. Agir com amor. Protestar com amor. Também com extremo rigor utilizando os instrumentos que cada pessoa dispõe. Mas apenas assistir como espectadores é uma atitude irresponsável.

      A proibição do tabagismo em São Paulo é  um exemplo de totalitarismo travestido de um cuidado governamental com a saúde do cidadão. Quanta mentira! Quanta bobagem! Quanto perigo! No holocausto era proibido o tabagismo e os tabagistas também sendo os mesmos exterminados. Considero que a convivência e a pluraridade e o compartilhamento  do viver são fundamentais ao ser humano. A normatividade jurídica serve a quem? ao quê? Sim, porque do contrário não veríamos na televisão o predomínio de propagandas de cerveja (e não sou barhmeiro), carros e telefones celulares, computadores e o pior: um tipo ideal que é feliz(?), não bebe além da cerveja, não tem stress, dorme oito horas em sua segura moradia, pratica esporte, pratica futebol e tem um trabalho que em geral é enigmático, ou seja, qual o trabalho deste tipo de pessoa que está dirigindo seu super-carro feliz e brahmeiro após assistir ao futebol ou mesmo após jogar futebol, ou basquete ou...qualquer destas coisas que fizeram com que o Brasil fosse eleito sede da copa de mundo de futebol e e das olimpíadas? Imaginemos a copa e a olimpíada apagadas...sem eletricidade...sem justificativas aceitáveis.

     A cidade que nunca pára...parou! O airbus francês(!)caiu! Caiu por quê? O esclarecimento não nos traz de volta para esta vida pessoas que morreram neste acidente nem aplaca o sofrimento evitável de tantos brasileiros (paulistanos, cariocas...) com esta barbárie de ontem...nem o meu sofrimento.   

     O iluminismo apagou-se ainda que a ilusão iluminista prossiga perigosamente. Isto não é detino. Isto eu denomino patifaria e bandidagem.

      Mas ainda vejo o cachimbo da paz. Vamos acendê-lo?

      Lembro ainda de Brecht:"Primeiro levaram os negros/mas não me importei com isso/eu não era negro/Em seguida levaram alguns operários/mas não me importei com isso/eu também não era operário/Depois prenderam os miseráveis/mas não me importei com isso/eu também não era miserável/Depois agarraram uns desempregados/mas como tenho meu emprego/também não me importei/Agora estão me levando/mas já é  tarde/como eu não me importei com ninguém/ninguém se importa comigo" (em livre tradução).

O caminho do amor é amar.

O caminho da paz é a paz.

O cachimbo da paz está ainda aceso e disponível a todos.

Basta de mentiras, bobagens e perigos evitáveis. Como Guimarães Rosa me interessa a terceira margem do rio, algo além do dualismo pueril.

O momento é grave.   


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