O Arquiteto de sua vida
Autor Margareth Maria Demarchi
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 19/06/2012 22:33:50
A palavra arquiteto vem do grego arkhitektôn que significa "o construtor principal" (arqui = principal / tectônica = construção) ou "mestre de obras". A compreensão desta etimologia, porém, pode ser expandida na medida em que a palavra arché deixa de ser entendida como "principal" e passa a ser analisada como "princípio". Desta forma, o arquiteto seria o construtor primordial e fundamental, seu próprio arquétipo: ou seja, o arquiteto é o construtor ideal. (ref.: Wikipédia).
Vejamos a importância de um construtor primordial:
Tudo começa com uma ideia de projeto para uma casa.
No inicio da vida existe uma ideia do que se é, mas ainda é só uma ideia.
O terreno é muito importante, pois depois de pensado no projeto da casa tem que se saber como aproveitar o espaço para melhor receber o projeto.
O espaço é importante para se saber o que poderá ser explorado, como, onde e quando.
Durante um bom planejamento tudo ainda pode ser avaliado e ajustado.
Ensaiam-se algumas experiências que ensinam eficiências, mas não se para de aprender com elas.
A escolha do material exige muito conhecimento para dar um alicerce forte para a casa e se encaixar no orçamento. O material tem que ser de qualidade e o preço justo bem pesquisado.
Sempre se avalia e se tenta compreender as razões dos pensamentos, dos sentimentos e das emoções. E o conhecimento estruturado sobre si mesmo começa a tomar corpo.
Da consistência da argamassa o arquiteto avalia o ponto ideal para deixar firmes os tijolos em junção.
Inseparáveis, sentimento e emoção se compõem. Para cada sentimento uma porção de emoção.
Paredes ganham altura e assim, formas dentro das formas passagens para janelas e portas surgem nos vazios da construção.
Manter espaço para ter como olhar ou entrar em si mesmo é vital.
Sobre as paredes um teto de estrutura forte, com madeira de lei e bem besuntada estará seguro contra temores e invasores.
A cabeça cuja mente é livre, resulta da força de sua confiança, e com ela e o tratamento ideal de suas decisões, se produz felicidade, se enobrece o conhecimento e mantém longe as ameaças.
Sensibilidade e adequação são necessárias para o acabamento e escolha de cores. O bom gosto pessoal reconhece e sabe agradar o gosto geral.
Olhar para si e ter uma visão de uma imagem agradável, é mais belo quando se perde na beleza do conjunto.
Atenção, dedicação e esforço são necessários a todo tempo. O arquiteto que examina a sua obra terminada e se sentir insatisfeito com a colocação do piso deverá avaliar sua responsabilidade pela orientação correta e clara antes de atribuir o mal feito a quem o serviço foi delegado.
Sabedoria é reconhecer que cada arquiteto de si tem que ter total domínio pela sua construção para conferir a ela o resultado que a sua confiança, a sua segurança e o seu conhecimento permitem prever. O Arquiteto de si que entrega o que é do seu domínio para outros e pouco ou nada participa das decisões, vai experimentar as consequências previsíveis de sua atitude ou falta dela.
O verdadeiro Arquiteto é mestre primordial que conhece toda a sua construção por ter acompanhado cada tomada de decisão.
Seja o arquiteto primordial de sua vida e saiba assumir com responsabilidade cada pensamento que elabora e cada atitude que toma. Saiba qual a força que tem cada elemento da construção que faz de si mesmo e a importância do conjunto e dos detalhes que dão beleza a sua vida. Cuidar para que tudo isso não se deteriore e nem fique antigo ou abandonado é o mesmo que se rever e se atualizar ganhando cada vez mais a beleza do ser que alimenta a alma e mantém alegre o espírito.
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