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O AVIADOR

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Autor Hellen Katiuscia de Sá

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 3/5/2006 8:13:27 PM


Todos os aviadores da base já tinham partido. Restava apenas um Kamikaze, o jovem Kanji Wa. Sua missão era a mais importante; ele sabia que seus companheiros tinham decolado primeiro para fazer-lhe cobertura. Ele, disposto a honrar a atitude dos colegas patriotas, propôs-se a não errar seu alvo.

Ao longe, ouviam-se as explosões do combate. E o céu estava avermelhado, como se os gritos disciplinados dos seus colegas desenhassem no firmamento, suas almas atordoadas pela morte violenta. Mas ao mesmo tempo, no meio de tanto horror, havia a luz da honra e cooperação entre os aviadores Kamikazes. E era isso que conduzia o jovem Kanji Wa para os céus vermelhos da guerra: honrar sua palavra e seu compromisso, custasse o que custasse.

Nesse momento, o rapaz foi à frente de seu avião. Pousou as mãos sobre o seu rosto, como se estivesse agradecendo a confiança de seu país para com ele. Afinal, estava prestes a sacrificar, de forma desumana e consciente, os seus 18 anos de vida, para proteger seu povo da ameaça proveniente da (horrível) 2ª Grande Guerra Mundial.

Kanji Wa também orou para seu Deus. Pediu-lhe desculpas por ter que desonrá-lo temporariamente com aquela atitude de tirar a própria vida, e com uma lágrima de vergonha, explicou-Lhe que faria isso em favor de muitos. E pediu também que o recebesse de braços abertos, quando estivesse do outro lado... Agradeceu por ter nascido para tentar ajudar a salvar o Japão da invasão dos “Aliados”.

Então, com seus vivos olhinhos puxados, mirou pela última vez o solo de seu amado País. E com a serenidade dos grandes samurais, foi o jovem Kanji Wa para dentro do avião. Pôs seu chapéu de aviador e seus óculos. Acomodou-se. E com toda dignidade do mundo rasgou os céus em chamas.

Seu coração estava leve porque acreditava no que estava fazendo e sabia, lá no fundo, que o Criador o compreendia... e o perdoara. Mesmo ciente de que voava para nunca mais retornar à sua base, Kanji Wa fez sua primeira e última decolagem.

Acertou em cheio seu alvo, mas minutos antes largou as mãos do controle e fez reverência ao seu querido País... Não sentiu dor, mas ainda hoje ele sobrevoa o seu amado Japão, sob a forma de neve, para pedir e lembrar aos povos desse mundo, que a Paz é branca e não vermelha.

Hellen Katiuscia de Sá
05 de março de 2006

“A 2ª Guerra Mundial deixou um saldo de mais de 30 milhões de mortos. Algumas estimativas vão até 55 milhões. Só na União Soviética morreram cerca de 20 milhões. O Holocausto custou a vida de 5,2 milhões a 6 milhões de judeus. Na Alemanha morreram 5,25 milhões; na Polônia, 4,5 milhões; no Japão, 1,8 milhão, e na Iugoslávia, 1,7 milhão de pessoas...“

O trecho acima foi retirado daqui:
link,,936505,00.html

Texto revisado por Cris

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