O cancro humano (II)
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Autor Xavier Andre
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 8/8/2016 7:54:32 AM
O efeito que os seres humanos estám a ter sobre a Terra pode ser comparado ao dum cancro sobre um organismo vivo, pois o nosso modo de vida está a causar o envenenamento do ambiente (pra nós e pra outras espécies), a escravagem e massacre de animais e mais a extinçom maciça de espécies, ou seja, à destruiçom da própria vida. Assi, considerando o planeta Terra coma um ser vivo, que poderiamos chamar de Gaia, nós seriamos à vez a sua consciência e o seu cancro. Esta é a perspectiva que eu enxergo de longe, dum ponto de vista humano coletivo. Descendendo ao nível individual, das persoas, nom podemos ignorar o efeito que esta realidade tem em todos nós, como indivíduos e como animais sociais. As nossas cuitas e problemas, as nossas disfuncionalidades sociais, os nossos problemas psicológicos, prendem-se necessariamente com essa dimensom «global» doentia. A insanidade individual é consequncia inevitável da insanidade coletiva; assi, enquanto esta última nom for retificada, vai ser dificil evitar os nossos problemas de saúde mental como indivíduos e como seres sociais. Isto nom quer dizer que tenhamos de abandonar qualquer tentativa de arranjar a nossa saúde mental e as nossas relações, no objectivo final de atingirmos a felicidade, ou umha certa felicidade. Ao contrário, esta perspectiva deve servir a nos conscienciarmos da dimensom global dos nossos problemas persoais, da causa primeira da nossa disfuncionalidade social e da nossa infelicidade. Sejam estes problemas persoais graves ou nom, eles vam ser dificilmente curados sem abordarmos o problema de fundo: a nossa disfuncionalidade como espécie.
Segundo alguns estudosos e pensadores «transcendentes», tal coma Eckhart Tolle, Deepak Chopra ou Steve Taylor, é a quebra da nossa harmonia co ambiente que está na origem do problema. Esta perda de harmonia aparece quando o «ego» toma conta da Humanidade, fazendo dos humanos umha espêcie em que o ego, a mente individual e a sua hiperatividade, é identificado coma a verdadeira essência de cada um, em vez de ela ser o espírito. Ou, em verbas de Descartes, «cogito ergo sum».
Nesta falsa identificaçom coa mente está a origem dos principais problemas que temos vindo a sofrer: a obsessom coa propriedade e coa separaçom das cousas, o domínio sobre outras espécies e sobre membros da nossa própria espécie, o medo da morte, a falta de empatia cos nossos semelhantes e outros seres vivos, a hiperatividade e incapacidade a estarmos inativos ou sem pensar. Apartir daí, o que nós identificamos como problemas persoais, familiares ou sociais, nom é muitas vezes mais ca a manifestaçom ou exacerbaçom, ao nível individual, da nossa insanidade coleitiva. É por isso que muitas persoas que já atingírom um nível aceitável ou bom de vida, tendo mui poucos problemas reais, nom conseguem ser felizes. Há sempre umha infelicidade de fundo que vem à tona, inevitavelmente, ou polo menos periodicamente, sem conseguirem explicar o porquê. Fala-se amiúde em aborrecimento, de falta de motivaçom pra viver, de egoísmo das persoas, de angústia mesmo, em fim, de incapacidade pra ser-se feliz.
Desse desacougo xurdem os projetos individuais ou coleitivos mais desvairados, por vezes criadores de muito sofrimento, como pra compensar nele o próprio. Outras vezes as persoas entram na análise desta situaçom de infelicidade, mas como nom vam ao fundo do problema (= a nossa insanidade como espécie) nom conseguem mais que mexer superficialmente, e assi é difícil que cheguem a mudar a sua situaçom. Por vezes, indivíduos mais conscienciados, conseguem compreender, mas estando envolvidos numha rede de relações em que as outras persoas som mais inconscientes, é dificil que cheguem a arranjar os seus problemas sem causarem grandes conflitos no seu entorno.
Portanto, podemos concluir que a nossa disfuncionalidade e insanidade como indivíduos, como grupos familiares e sociais, e como coleitivos mais amplos, é a manifestaçom a umha escala mais detalhada da nossa insanidade como espécie. Aliás, o nosso planeta, considerado coma um ser vivo chamado «Gaia» (segundo a hipótese de James Lovelock), estará doente, porque nele há um cancro, a humanidade, a causar grandes sofrimentos e a espalhar-se descontroladamente, destruindo o próprio tecido e rede em que se sustenta. O positivo é que do outro lado da moeda, nesse cancro que é a Humanidade (ou loucura humana, «Humania», segundo Steve Taylor) reside a própria consciência do organismo vivo, de Gaia, nomeadamente naqueles de nós que somos cientes de a Terra ser um organismo vivo, em que tudo está interelacionado, ao mesmo tempo que em grande desquilíbrio por causa da insanidade humana.
No entanto, compreender a origem dos problemas nom significa que eles poidam ser ressolvidos, ou mesmo que saibamos como tal faguer. Velaí algo que, por enquanto, eu deixo à discriçom de cada quem. O que interessa agora e ver se podemos estabelecer umha data, ou um período, e umha causa, prà apariçom deste cancro, desta loucura humana.
Resumindo, acima mencionamos alguns dos sintomas deste cancro ou loucura:
- A nossa identificaçom co ego (tamém é causa)
- A tagarelice (hiperatividade descontrolada) da nossa mente
- A obsessom coa propriedade e o domínio sobre as cousas e sobre outros seres
- O medo da morte
- A falta de empatia cos outros seres (repare-se como falo de «outros seres» e nom simplesmente «seres humanos»)
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |