O cancro humano (III)
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Autor Xavier Andre
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 9/25/2016 7:06:04 AM
Umha vez que nos decatamos da nossa condiçom cancerígena (ou humaníaca), como espécie que está a se propagar exponencialmente ao tempo que mata, extermina e destrói as redes de vida do planeta, e assi que conseguimos enxergar que ela está sempre em pano de fundo nas nossas disfuncionalidades psicológicas e sociais enquanto indivíduos, cumpre pescudar por «pontos de creba», ou de inflexom, que mostrem onde e porquê nos transformámos no que somos.
No seu livro intitulado «The Fall» (ainda nom traduzido prò português nem prò galego), querendo dizer na nossa língua «A Queda», Steve Taylor tenta responder esta questom. Seguindo as achegas de James DeMeo, Taylor aponta pràs grandes mudanças climáticas de há 6000 anos, que transformárom umha imensa regiom fértil (a «Saharasia», abrangendo do norte da África e o Médio Oriente até a Ásia Central) e povoada densamente de humanos recoletores-caçadores, num deserto seco e hostil. Constrangidos polas novas e duras condições de vida, só os mais fortes e aleutos conseguírom subsistir. Pra sobreviver, nesses seres humanos houvo umha grande mudança ao nível da sua psicologia, da sua maneira de perceber o mundo. O «ego», em contraste coa conciência coleitiva, passou a dominar a psique humana. Cumha inteligência prática mais desenvolvida, derivada dumha meirande atividade cerebral (necessária pra enxergar estratégias de supervivência), a solidom, a tagarelice mental, a perda de empatia cos semelhantes e da dimensom espiritual da vida, cum conseguinte medo à morte e umha obsessom pola posse, a dominaçom e o prestígio individual, fixo desses seres humanos um novo home, capaz de dar cabo daqueles mais febles e se espalhar polo mundo inteiro. Ou seja, NÓS.
Nom obstante, eu suspeito que já antes desse evento climático de há seis milénios os seres humanos tinhamos umha grande capacidade de nos adaptar de forma mui efetiva e, se necessário, despiadada a condições ambientais adversas. De facto, a nossa evoluiçom coma primates levou-nos mui rapidamente ao topo da rede de vida do planeta. Evoluímos tam rapidamente coma caçadores que os grandes animais das chairas pleistocenas (a chamada «megafauna») nom dérom evoluído connosco, nom conseguírom adaptar estratégias instintivas defensivas, como anteriormente vinham fazendo, por exemplo, cos grandes gatos, e assi acabárom por desaparecer por completo por causa nossa. Daquela, os seres humanos ainda nom eram umha espécie em que o ego estava sobredimensionado, coma ocorre agora mesmo. Aliás, só umha grande empatia puido levá-los a decobrir e desenhar estratégias colaborativas de supervivência. E, de facto, os estudos mais recentes sobre as tribos aborígenes dos nossos dias, apontam prà sua natureza colaborativa e igualitária. Mas quando as condições se tornárom muito mais hostis aos humanos, aquando a grande dessicaçom da «Saharasia» que referimos, a supervivência tornou-se umha loita despiadada polos poucos recursos disponíveis. A cooperaçom já nom era a melhor estratégia, porque nom todos poderiamos sobreviver nesse novo ambiente. E nom só esse trauma moldou a nossa psique de hoje, co seu correlato de violência e medo, mas ainda ocorria que só umha inteligência mais aguda era quem de conceber e artelhar estratégias de supervivência. E essa inteligência, como Steve Taylor postula, é só possível dentro dum «ego» mui desenvolvido, claramente delimitado e predominante, e cumha grande atividade cerebral. Infelizmente, esse grande desenvolvimento cerebral do ego, junto cos traumas da loita despiadada polos recursos, trouxo consigo tódolos sintomas de desequilíbrio de que vimos falando (tagarelice mental contínua, medo da morte, obsessom coa posse e o domínio) e que hoje todos nós sofremos, numha medida ou noutra.
Mas em qualquer caso, já antes da dessicaçom da Saharasia tinha aparecido a desigualdade e a posse individual e a opressom, embora nom tam acentuados coma após esse dramático evento climático. Nomeadamente, coa apariçom da agricultura, que denota os tempos neolíticos, é que essas novas caraterísticas sociais aparecem esboçadas. E, choutando em diante no tempo, coa revoluiçom industrial elas se intensificam até o ponto que hoje conhecemos, em que a era da informaçom está dominada por completo polo «ego», com todas as implicações perniciosas ou «cancerígenas» de que vimos falando.
Sob esta perpectiva que vimos desenvolvendo nestes três artigos sobre «o cancro humano», é claro que a única maneira de parar este processo suicida é através dumha mudança da psique humana. Coma o próprio Steve Taylor ou o Eckart Tolle apontam, tódalas revoulições (tal coma a do comunismo) que visavam mudar a nossa cruel e doentia sociedade, fracassárom por precisamente operarem coa mesma «psique» que causa a nossa «humania». A sofreguidom pola posse, o prestígio social, o medo, inerentes nessa nossa psique, acabam sempre por vir à tona e por estragar qualquer progresso conseguido.
Cumpre, por conseguinte, se ainda acreditarmos na raça humana e no seu futuro, começar por mudar a nossa psique …
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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |