O CASAMENTO TERMINOU, MAS NÃO ACABOU.
Autor Pizzuto Consultoria Pessoal
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 6/2/2011 4:47:52 PM
Como assim? É difícil entender, mas essa situação é mais comum do que se pensa. Geralmente as pessoas buscam o casamento pensando em permanecer juntas, não se casam pensando em se separar. Mas por várias razões terminam separados, porém atados.
Casar significa promover a união, a ligação, a harmonização entre duas pessoas, por outro lado significa quebrar alguns vínculos para criar outros, significa ainda partir ou seja, deixar de viver uma vida de solteira para assumir as responsabilidades de casada.
Com o passar do tempo, o casamento sofre reflexos, tais como mudanças de comportamento, de interesses, de objetivos, dificuldades financeiras, entre outras divergências, e acaba por não resistir a tantos desgastes. Mesmo com a chama quase apagada, se mantém por razões materiais, filhos, ou uma falsa esperança alimentada por uma possível superação da crise.
A falsa esperança faz com que o indivíduo adie uma decisão, invista tempo e o sofrimento apenas aumente. A cada volta são feitas promessas, que não serão cumpridas e num curto prazo estarão atormentados pela mesma questão. Outro fator absurdo é achar que você vai mudar a pessoa, saia dessa. É mais fácil você mudar e provocar mudanças, que mudar o outro.
Algumas separações resultam numa reconciliação, um excelente exercício para o crescimento de ambos, outras são de comum acordo, sem grandes problemas, bem resolvidas, porém é sempre muito dolorido, até mesmo para quem decide romper com o vínculo matrimonial.
Mas na maioria das vezes, a separação ocorre apenas no plano físico, já no emocional as pessoas permanecem presas, não se libertam. O processo de separação é retido por sentimentos como:- dor da perda, luto, raiva, mágoa, rejeição afetando a auto-estima, a culpa pelo abandono, medo de seguir em frente sozinho, medo do desconhecido, frustrações até a depressão.
Alguns procuram por ajuda profissional, incomodados com a falta de definição, nem lá, nem cá. Muitas consultas mostram a acomodação das relações de modo precário, mais parecem irmãos, que relação de homem e mulher. Outros mesmo tendo seus parceiros permanecem ligados mantendo o ex sob controle. Daí uma insatisfação, um sentimento de impotência se faz presente, se tem um amigo, mas não um amante, um companheiro, um homem por inteiro. E nem se sentem livre o suficiente para buscar um novo relacionamento, ou seja, continua vivendo na Mentira.
Mentira! Sim é mentira! Porque o casamento já era. Definir o que se quer é o primeiro passo a ser dado. Continuar na mentira ou enfrentar a sua verdade? Geralmente o que se observa durante os atendimentos é que os envolvidos querem a solução do problema, mas não querem dar o primeiro passo, vive na ilusão, esperando que o outro tome a atitude.
Na Mentira a pessoa foge do enfrentamento da verdade e encontra a justificativa para tal situação, a responsabilidade por tudo é do outro e assim prova para si mesmo que tem razão. Romper com a Mentira é romper com a situação mal resolvida.
Perceber que as necessidades já não são mais preenchidas, que não faz mais sentido permanecer ignorando os próprios anseios, já é um bom começo, despertar o encantamento por si mesmo e ter o próprio afeto de volta.
Redefinir papéis, estabelecer limites e assumir uma nova postura diante de si própria, demanda força, determinação, visto que durante o caminho surgirão recaídas, mas elas serão importantes para o fortalecimento desta nova pessoa. O melhor remédio é o tempo, e o envolvimento com outras atividades como o trabalho, amigos, ajudam na reconstrução de uma nova fase. Isto posta o encantamento por outra pessoa acontecerá naturalmente.
Observamos que a ação gera energia modificando o estado de estagnação fazendo com que o outro também se mexa. Para muitos o mais difícil é tomar a decisão, mas feito isso os sentimentos mudam e dão lugar a novas possibilidades. Acredite!
SILVIA PIZZUTO
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