O CUIDADO DA VIDA
Autor Alexandre Boccanera deAbreu
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 20/09/2006 21:31:37
Todos somos escravizados à procura itinerante do prazer, venha ele de onde vier. Tudo faz a corte do nosso ego, atualmente senhor e dono do nosso caminho cotidiano.Já levantamos da cama pensando como satisfazer nossas contas bancárias, nossos compromissos sociais,nossa reputação profissional, que tem que considerada de ponta; tudo isso para satisfazer a imagem que acalentamos na alma de cada um de nós. Essa imagem que é sempre o"que achamos que somos" vive sempre de acordo com as limitações impostas pela imagem "do que os outros podem achar". Daí coexistem os permanentes conflitos que irão regular as ações, os pensamentos e os planejamentos de vida, não só da pessoa como também de seus familiares. Ora,todo conflito gera a perda de energia. Como poderemos saber o que serve a cada um de nós, se sequer nos conhecemos. Quem não se conhece só pode escolher o inadequado a si mesmo.Por isso somos criadores de pequenas rusgas, que progridem às diferenças de raça, evoluindo para os choques emocionais e finalmente, às guerras, etc. O cuidado da vida só existe no insólito momento presente, onde não existe as recomendações do pensamento que é sempre condicionado pelo passado, pelo ontem, pelas experiências dos outros, dos livros, dos instrutores que dizem tudo saber,e toda a literatura mística e religiosa. A sociedade é o que nós somos; nós constituimos a sociedade a que pertencemos. Se somos conflitantes, seremos levados a galgar os degráus do ódio, que é o átrio da guerra.Nenhum Deus fará melhor uma sociedade em que seus integrantes são ignorantes de si mesmos.Confundimos poder com Criação. Há religiosos que tudo fazem para opstentar o "poder", construido palácios religiosos suntuosos querendo transparecer que "se assim estamos é que Deus aprovou nossas crenças"... É o que constatamos diariamente nos noticiários e demais meios de comunicação.Onde não ouro e metais preciosos, não consegue-se atrair adeptos mantenedores de uma legião de pregadores sagazes.Precisamos crer em alguém, percorrer os caminhos religiosos de outrem, recitar mantrans, orações mecanizadas no tempo,para nos sentirmos realizados no cumprimento do dever. O dever religioso.
E quando as coisas começarem a não se realizar de acordo com as perspectivas esperadas, mergulhamos no desespero, na depressão, acabando muitas vezes vítimas do desamor de nossos pares, dos filhos, da sociedade e é aqui, que procuraremos quem nos possa ajudar. Um pai de santo, um pastor, um vidente anunciado no jornal de bairro, e mais uma vez nessa vida, seguiremos a proposta de outrem , deixando à mingua nossas próprias pegadas ao verdadeiro e único Deus, Pai Celestial, ou o que mais queiram, pois o nome não é importante, que habita dentro de nós. Diga-se de passagem, a título de esclarecimento, a palavra Deus não é Deus. A palavra não pode significar a Divindade e o que ela seja só pode ser constatado pelos que se autoconhem.O infinito não pode ser contido no finito. Ficará aqui no meu artigo inicial, a proposta aos leitores interessados para lerem os textos que se seguirão, sem idéias preconcebidas, deixando um espaço sensível ao entendimento mais profundo, íntimo, eivado nas razões superiores, que são o substrato da beleza, da reconstrução interna, pessoal e intransferível de uma Sabedoria própria que será eterna.
A pulsão inicial da vida, nos concedeu uma tomada de consciência, que nada mais é do que uma experiência evolutiva, que pode resultar em bem ou mal sucedida; de acordo com a aplicação dessa consciência.Se aplicamo-la na perpetuação da pulsão da vida, pode ser uma experiência positiva; porém se aplicada de forma desastrosa, age contrariamente à pulsão de vida. Assim vem o homem fazendo e caminhando para a destruição da vida no planeta. Ou lançamos por terra a "venda dos olhos" ou poderemos em um futuro ainda incerto, assistir ao aniquilamnto do planeta.
Não há outro caminho.
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