O GRANDE ENGÔDO DA COMPETITIVIDADE
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Autor Christina Nunes
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 7/21/2004 1:10:33 PM
Da disputa no trabalho de equipe, onde os componentes se interessam mais em "se mostrar melhores e mais preparados", em detrimento do bom andamento do trabalho em si e do sucesso do colega, aos subterfúgios inprovisados verbalmente contra a iniciativa de se prestar auxílio aos menos favorecidos. Tudo com que nos deparamos neste sentido, nos dias de hoje, caracteriza o resultado da mentalidade competitiva que qualifica seres humanos, com iguais direitos à dignidade, como "mais ou menos capazes", num conveniente - e perigoso - esquecimento de que todos são responsáveis pela criação de uma realidade falha qual a que vivemos, de modo que não existem, absolutamente, "vencedores" ou "favorecidos", ao se tomar o problema sob este verdadeiro prisma.
O ego, já me dizia um antigo e venerado Mestre, é um agente sutil na hora de amesquinhar a genuína realidade das coisas, de maneira a favorecer interesses exclusivistas e individuais. E não nos esqueçamos de que as expressões do ego sempre se fazem acompanhar de um falso e perfídico verniz de coerência e inteligência. Porque se faz preciso o uso de argumentos convincentes na hora de se assegurar a um ouvinte que "Eu mereço mais porque sou melhor. O outro está na pior porque é incompetente".
Ora; em qualquer setor da vida, e principalmente em se levando em consideração o contexto sócio-educacional do nosso país, há que se colocar em persistente relevância a palavra "oportunidade". Que se situe os indivíduos de uma população dentro de condições culturais e educacionais adequadas, com chances igualitárias para o desenvolvimento do seu potencial, e todos, certamente, se mostrarão "competentes". É por isso que não procede, e já vai em desuso, este chavão oportunista, e mesmo revelador de um clamoroso desmentido ao avanço da mentalidade humana, que à toda e qualquer hora lança mão destes apelos egotistas que em verdade vêm servir, apenas, ao interesse da comodidade não amiga do ter que se abalar para transformar a realidade alheia em algo melhor.
Há uma parábola sobre a vida de Buda, que conta ter ele se detido na hora da entrada definitiva no Nirvana, ao observar a imensa fileira da humanidade a se esbater, para trás, na ignorância e nos percalços do caminho. Buda se deteve, na contemplação do quadro, e alguém lhe perguntou por que ele ali se mantinha indefinidamente, naquele limiar, quando se fizera por merecer a habitação definitiva na luz e na felicidade absolutas das Altas Esferas. Diz-se que Buda respondeu: "Não posso entrar. Como poderia? Com todas estas pessoas perdidas e desorientadas, não posso entrar. Sou parte do todo do qual elas pertencem. Num todo, como pode uma parte estar feliz, enquanto todas as demais ainda se acham infelizes?" E então permaneceu Buda, até aos dias de hoje, à espera e em auxílio, para que o resto da humanidade se alce às paragens de realização do espírito.
Tão bela narrativa dá o que pensar sobre o grande engodo da competição, nestes tempos de capitalismo selvagem que correm, onde os indivíduos vêm abrindo mão daquilo mesmo que os dignifica enquanto seres humanos: a noção de que, se alguém morre de frio e de fome na esquina, algo há de errado na construção de uma realidade que permite alimento e cobertores apenas a alguns. E de que da construção desta realidade, todos fazemos parte, nos impondo ao menos, como dever sagrado de consciência, algo fazer para dirimir os efeitos pungentes do sofrimento de muitos irmãos de jornada, desvalidos não por "incapacidade e incompetência"; mas sim, e acima de tudo, pela falta de oportunidades, derivada da incapacidade e incompetência da reversão deste quadro deprimente por parte daqueles que se dizem doutos, e contam com recursos materiais, e de inteligência, para se mostrarem realmente capazes de dar origem a um mundo melhor e mais justo para todos.
Com amor,
Lucilla e Caio Fabio Quinto
https://www.elysium.com.br
Lucilla é autora do romance psicografado lançado este mês, "O PRETORIANO", pela editora MUNDO MAIOR (www.mundomaior.com.br). Leitura fácil e envolvente, de autoria espiritual de Caio Fabio Quinto, o conteúdo trata de uma das vidas passadas vividas pela médium e pelo seu mentor, na Roma de Júlio César, de cujos exércitos Caio foi um dos comandantes, narrando lances de convivência no cotidiano dos personagens, ricos de ensinamentos ilustrativos da Codificação Espírita de Kardec, das leis de causa e efeito, e do aprendizado espiritual que a todos nós envolve no decorrer do nosso trajeto evolutivo durante as reencarnações terrenas.
Os direitos autorais estão revertidos às obras assistenciais da FUNDAÇÃO ANDRÉ LUIZ, no amparo aos deficientes.
Aos interessados, maiores informações para compra no site da editora, ou no da FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ: link
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Chris Mohammed (Christina Nunes) é escritora com doze romances espiritualistas publicados. Identificada de longa data com o Sufismo, abraçou o Islam, e hoje escreve em livre criação, sem o que define com humor como as tornozeleiras eletrônicas dos compromissos da carreira de uma escritora profissional. Também é musicista nas horas vagas. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |