O Homem e o Lado Sombrio da Vida
Atualizado dia 27/02/2008 00:15:37 em Autoconhecimentopor Julio Lótus
Durante muito tempo esbravejou, reclamou e questionou sua sorte, implorando que algo acontecesse para mudar o seu destino. Clamou para a “Luz da Vida” por ajuda e sentiu ou achou que não foi ouvido. Desanimado, voltou-se para o "Lado Sombrio da Vida" e clamou por ajuda.
O “Lado Sombrio da Vida” se apresentou perguntando o que ele desejava, embora já o soubesse. O homem, animado com a pergunta, disse que desejava ter meio milhão de reais mensalmente em sua conta bancária, pois com isso resolveria todos os seus problemas e ainda lhe daria condição de ajudar os seus familiares.
O “Lado Sombrio da Vida”, então, concordou com o pedido, mas impôs uma condição: que no final de dez anos, independente de como ele usasse o dinheiro e se tinha sido feliz ou não, levaria sua alma sem nenhuma chance de reclamação ou prorrogação de prazo. O Homem pensou, repensou e fez uma contraproposta: ficaria com trezentos mil e o prazo passaria de dez para trinta anos.
O “Lado Sombrio da Vida” não aceitou e fez nova proposta: daria um milhão por mês, mas ele deveria gastar todos os meses, todo o dinheiro que estava em sua conta bancária; no mês em que ficasse saldo positivo em sua conta, levaria a sua alma. Pensou, repensou e decidiu aceitar, pois sabia que suas carências eram imensas e que ainda possuía familiares muitíssimo pobres também, a quem poderia ajudar, caso fosse necessário.
Feito o acordo, o homem se preparou para gastar a sua fortuna mensal. Nos primeiros meses adquiriu fazenda, casa de praia, casa de campo, casa no sítio, etc.
Nos meses que se seguiram foram várias as aquisições que realizou, além de distribuir propriedades e mais propriedades para familiares e amigos. Porém, em meados do terceiro ano sobrou um saldo de apenas alguns centavos em sua conta bancária; então, o “Lado Sombrio da Vida” veio cobrar a sua parte no acordo.
Espantado, o homem retrucou que não era justo, já que não pode desfrutar de nada que comprara, pois nesse período de fartura apenas fizera as suas aquisições e enquanto se dedicava às suas compras, não pôde gozar de nada do que possuía. O “Lado Sombrio da Vida”, irredutível, afirmou que cumpriu rigorosamente tudo o que foi acordado e que viera receber sua parte.
Desconsolado o homem perguntou se poderia fazer uma última pergunta, no que foi prontamente atendido.
─ Se você estivesse em meu lugar como teria resolvido essa questão: adquirir tudo o que desejava, gozar de tudo o que conquistou e, ainda, continuar a cumprir o acordo?
O “Lado Sombrio da Vida” respondeu prontamente.
─ Eu teria nos primeiros meses me preocupado com as minhas aquisições e depois para que pudesse desfrutar de tudo pelo resto de meus dias, daria uma instrução ao banco para fazer doações periódicas a diversas instituições e, aí eu poderia desfrutar tranqüilamente de tudo o que conquistei.
Moral da estória: Mesmo o “Lado Sombrio da Vida” sabe que a caridade é uma excelente forma de ter uma vida feliz.
Texto revisado por Cris
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