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O Homem que Tocava Flauta

Atualizado dia 8/8/2007 4:06:41 PM em Autoconhecimento
por Marcos Spagnuolo Souza


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O sono desenvolvia tranquilamente quando fui acordado por um forte tremor em meu corpo. Todo o meu instrumento biológico estremeceu como se estivesse sendo sacudido por forças estranhas. Depois desse momento não consegui dormir novamente e após várias tentativas para recuperar o sono notei que era inútil e levantei sem ter nenhum objetivo imediato. Andei pela cozinha, tomei água, percorri a casa e acabei indo para o escritório onde sentei em uma cadeira passando a folhear o primeiro livro que estava ao alcance de minhas mãos, abandonando-o sobre a mesa logo após uns minutos. Todos os meus familiares dormiam e o silêncio era completo, não escutava o menor ruído, parecia que o tempo estava parado. Fechei os olhos na tentativa de nada pensar a não ser desfrutar do silêncio daquela madrugada.

Uma música suave e de suma beleza escutei e me deixei ser levado pelo som. Consciente de que estava sentado em uma cadeira do escritório e escutando uma música antes nunca ouvida notei subitamente que estava percorrendo um bosque com frondosas árvores milenares. Andava em volta das árvores pisando nas folhas que estavam no chão dando a impressão de que estava andando sobre tapetes macios. Não mais escutava a suave música que foi substituída pelo som da floresta sentindo-me em paz e com elevada alegria interior. Andava, simplesmente andava contornando as árvores e olhando para os galhos e pássaros que não estranhavam a minha presença. Escutei o som de uma flauta que me deixou deslumbrado pela suavidade e passei a caminhar em direção ao som.

Depois de poucos passos avistei uma cabana rusticamente construída e sentada em um toco de árvore uma pessoa estranha tocava flauta emitindo mágicos sons. Aproximei-me da estranha pessoa que continuou tocando sua flauta como não estivesse me vendo ou notado minha presença. Digo estranha pessoa porque o seu tamanho era o de uma criança de nove anos, seus cabelos eram brancos e sua barba bastante cumprida indo até a altura do coração. Vestia um manto verde parecendo de seda e seus olhos eram verdes como esmeraldas, sua pele era muito clara podendo ser comparada com a cor de uma pérola. Suas mãos eram pequenas e graciosas. Sentei ao seu lado utilizando uma formação rochosa como banco e ali fiquei escutando as melodias elaboradas por aquele estranho ser. Com o passar do tempo, sempre concentrado na música que ouvia, notei que os sons da música transformavam-se em palavras no interior de minha cabeça.

Concentrando cada vez mais no som da música as palavras foram se tornando nítidas e compreendi que a estranha pessoa estava se comunicando comigo através da música. Disse que tudo o que eu estava vendo - o bosque, a cabana, a sua forma física - não existiam na realidade sendo criações de um ser que estava além de tudo aquilo no qual eu estava inserido. O ser oculto era uma pessoa cuja constituição física era formada por partícula que os humanos desconheciam. Não podia ver o ser oculto porque sua matéria não emitia luz e sua energia não podia ser captada pelo aparelho biológico humano. Disse que as partículas responsáveis pela formação do corpo humano existem em pouca quantidade no universo e o espaço cósmico é preenchido por diferentes partículas que dão origem a infinitos tipos de seres totalmente inexistentes para os humanos.

Existem inúmeras dimensões no cósmico e cada dimensão possui partículas diferenciadas responsáveis por formações corporais cujas descrições fugiam ao meu entendimento. O importante é saber que toda forma, não importando qual sua formação, é utilizada por uma consciência. Consciência não é feita de subpartícula, partícula ou energia e sim por um campo de energia que não é a energia conhecida pelos humanos. As consciências estão além do espaço-tempo e todas elas estão interligadas. O grande problema humano é que suas consciências estão presas dentro das formas corporais e os humanos não conseguem fazer com que suas consciências vivenciem a ausência da forma, do espaço e do tempo. Os seres humanos ainda não entenderam que tudo o que eles captam pelos sentidos não são coisas reais e sim fantasias de suas mentes prisioneiras do espaço e do tempo. A consciência humana deve vencer o mundo, isto é, voltar à sua condição natural de onipresença.

O estranho ser disse que as consciências não precisam de corpos e que além do campo terreno as consciências existem sem corpos e os corpos são reflexos ou sombras das consciências; os corpos são inexistentes, são sombras passageiras. As comunicações não são feitas entre corpos e sim entre consciências e os humanos ainda estão presos nas comunicações corporais o que provoca um retardamento das consciências. O universo que os humanos vêem como sendo um aglomerado de estrelas e planetas formando galáxias não existem na realidade, tudo não passa de construções de consciências aprisionadas às suas sombras. Sentado em um pedaço de pedra eu continuava escutando as músicas da flauta do estranho ser e num passo de mágica estava sentado novamente na cadeira no interior do escritório. Era madrugada e todos dormiam.

Texto revisado por Cris

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