O marido básico
Atualizado dia 4/18/2007 9:35:04 PM em Autoconhecimentopor Flávio Bastos
Sem dúvida, são questionamentos que exigem uma aprofundada pesquisa sobre as atuais preferências do sexo feminino. No entanto, sem o intuito de atropelar pesquisas, mas com o objetivo de colaborar, baseado na experiência de atendimento consultorial de vários anos, creio já existir uma impressão preliminar, isto é, uma tendência de que a expectativa feminina de um parceiro idealizado esteja significativamente mudando.
As mulheres modernas, com as suas expectativas de vida voltadas para a possibilidade de cada vez mais assumirem responsabilidades no âmbito do trabalho profissional, começam, aos poucos, a voltarem-se para o homem que reúna várias "pequenas qualidades em um só", ou seja, o parceiro "10 X 1"... o básico competente que possa ser-lhe útil como companheiro, amante, cozinheiro, confidente, etc.
Estas qualidades, porém, atualmente passam por uma espécie de "filtragem", digamos, mais realista por parte das mulheres. O nível de exigência do homem ideal, antes exagerado ou utópico, passa a ter um nível de exigência mais direcionado para as necessidades do convívio diário do casal em relação direta com a situação profissional da mulher.
Afirmamos que, inconscientemente, esteja ocorrendo por conveniência e por necessidade de sobrevivência e de adequação às transformações culturais das últimas décadas, uma silenciosa revolução promovida pela mulher, à medida que vai conquistando a sua emancipação na sociedade moderna e afirmando-se como incontestável força no mundo do trabalho.
A mulher moderna, portanto, começa a racionalizar os seus gostos e preferências pelo tipo de macho que ela deseja. A ilusão do parceiro 100% bom de cama dá lugar ao amante básico e competente (50%). O companheiro 100% bem-humorado, cede o lugar para o parceiro 50% bem humorado. O homem 100% companheiro para toda a vida é substituído por uma expectativa mais realista, em torno de 50% amigo para todas as horas. E assim por diante, reducionista em termos percentuais, temos observado a tendência da mulher moderna em direcionar as suas expectativas para o ideal de "marido básico e competente", sem exageros e sem falsas ilusões.
A mudança em relação ao perfil de homem ideal, atribui-se ao fato da mulher sentir-se mais segura, valorizada, confiante e, acima de tudo "poderosa" no sentido da relação de poder como imagem afirmada e conquistada no âmbito do trabalho profissional.
Resta ao homem, a necessidade da compreensão e da aceitação de que os tempos mudaram e continuam mudando para melhor, pois a divisão de responsabilidades, agora, passa a ser também de 50% para cada um. O tempo passou e a mulher conquistou o seu espaço na sociedade, equilibrando o poder na relação homem-mulher, e o ganho principal deste novo contexto sócio-familiar é de que a felicidade do casal, graças ao equilíbrio estabelecido, esteja mais próxima da realidade e mais distante dos exageros do romantismo idealizado em outras épocas.
"Você tem que ser linda, inteligente, magra, alta, rica, bem-sucedida no trabalho, casar com o cara certo e ter filhos gênios".
* Salma Hayek, atriz mexicana, 40 anos, grávida do primeiro filho, queixando-se das expectativas que a sociedade tem a respeito das mulheres modernas (jornal Zero Hora, edição de 20/04/07).
Psicanalista Clínico e Reencarnacionista.
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Texto revisado por Cris
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |