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O MUNDO NOM É UMHA ILUSOM

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Autor Xavier Andre

Assunto Autoconhecimento
Atualizado em 4/30/2017 8:20:44 AM


Por Steve Taylor*

(A espiritualidade torna o mundo mais real, nom menos real)

 
Um dos grandes mitos sobre a espiritualidade é que ela revelaria o mundo ser umha ilusom. Segundo este mito, quando «acordamos» ou nos tornamos «iluminados», nos decatamos de que o reino físico das cousas é apenas um sonho. O mundo e tódolos eventos que nele acontecem som contemplados coma umha simples miragem. Só o espírito é real, que existe por riba e além do mundo físico.
 
Um dos problemas com esta visom é que leva a umha atitude de arredamento e indiferença a respeito do que acontece no mundo. Que importa se milhons de persoas sofrem na pobreza e de fame? O que importam as guerras ou as catástrofes ecológicas? Ele-por que deveriamos nos incomodar tentando loitar por causas sociais ou problemas globais? Tudo é apenas parte do sonho, de modo que nada disso tem importância.
 
Esta atitude é amiúde justificada com referência ao conceito hinduista de maya. Ele é por vezes traduzido como «ilusom», mas os seu significado real é em realidade mais próximo a «engano». Maya é a força que nos engana fazendo-nos pensar em nós como entidades separadas, e o mundo como composto de fenómenos separados e autónomos. Por outras palavras, maya impede-nos de ver o mundo como ele é realmente. Ele cega-nos pra nom nos deixar ver a unidade que subjaz atrás da diversidade aparente. Ele nom nos deixa ver o mundo como brahman, ou espírito. Portanto, nom é que o mundo seja umha ilusom, mas simplesmente que ele nom é o que parece. Significa que a nossa visom do mundo nom é objectiva, e que a realidade é mais do que vemos superficialmente.
 
A ideia de que o mundo é umha ilusom está por vezes associada coa filosofia hinduista Advaita Vedanta (ou nom-dualidade), mas esta interpretaçom de Advaita xurde dum mal-entendido similar. O filósofo Advaita Vedanta mais influente foi o Sankara, que viveu durante os séculos VIII e IX da nossa era. Sankara fijo notoriamente três declaraçons (que fôrom reformulados mais tarde por Ramana Maharshi e outros): «O universo é irreal. Brahman é real. O universo é Brahman». Se tirarmos do seu contexto as duas primeiras declaraçons, e as tomarmos isoladamente — como adoita acontecer — entom elas sugirem a dualidade entre mundo e espírito: o mundo é umha ilussom, e só o espírito é real. Emporisso, a terceira declaraçom, que amiúde é esquecida, inverte completamente a cousa. A terceira declaraçom di que o universo é espírito, e consequentemente assi é em realidade. Sankara nom di literalmente que o universo é irreal, mas só que ele nom tem umha realidade independente. Ele depende de brahman pra existir; ele está permeado com brahman, e nom pode existir sem ele.
 
Ramana Maharshi (na fotografia), se quadra o meirande escoler indiano do século XX, pensava da mesma maneira. Ele explicou que o mundo nom é irreal em si. Só se torna irreal quando o percebemos em termos puramente da sua aparência e vemos apenas objectos separados a interagirem, mais ca o espírito subjazente. Esse mundo é irreal do mesmo modo que um sonho é irreal, porque está baseado numha ilusom. Mas em si próprio o mundo é inseparável do espírito. Ele é umha manifestaçom do espírito.

É isto exatamente que o despertar revela — nom que o mundo seja umha ilusom, mas sim que o mundo, tal como o vemos normalmente, é incompleto, é umha realidade parcial. No despertar, o mundo torna-se de facto mais real, em parte no sentido de se tornar mais tangível e vivo, mais vívido e podentemente presente, mas tamém no sentido de estar infundido com espirito. No estado de despertar, decatamo-nos de que nom hai dualidade, nom hai matéria e espírito, nom hai matéria ou mente. Decatamo-nos de que o mundo físico e o real som um, sem distinçom. O mundo está gloriosamente infundido com espírito, e ele é gloriosamente real.

Ainda assi, a ideia de o mundo como ilusom é atraente pra muitas persoas, pois que oferece um caminho pra contornar os problemas. Se estades a enfrentar dificuldades na vossa vida, e se o mundo está ateigado de seres humanos a sofrerem igualmente, entom é conveniente e reconfortante dizer-vos a vós próprio que tudo é umha simples ilusom, que nom hai por que se preocupar. Por outras palavras, esse caminho oferece um jeito de escape ou atalho espiritual, usando crenças espirituais como maneira de escapar os assuntos que precisam ser enfrentados.

Umha atitude semelhante é aplicada frequentemente ao corpo. Afinal, o corpo é feito da mesma matéria que o mundo, e se o mundo é umha ilusom, daquela o corpo tamém o deve ser, ou polo menos pode ser visto com algo diferente e inferior à mente ou espírito. Hai umha dualidade entre o espírito e o corpo, da mesma maneira que hai umha dualidade entre o espírito e o mundo físico. Esta visom pode levar a umha atitude hostil e repressiva cara o corpo, cara o que se percebe como funçons e impulsos animalísticos e nojentos, incluindo o sexo.

Isto é ilustrado polos ensinamentos do Gnosticismo Cristao primeiro, por exemplo, que mantinham que toda a matéria é perversa, e que o corpo é umha prisom de que cumpre escapar. Emporisso, mais umha vez, no estado de despertar esta dualidade é revelada como falsa. O corpo está infundido co espírito e é um co espírito. Como o Walt Whitman escrevera em «I Sing the Body Electric» (“Eu canto o corpo eléctrico“), apos alistar dozenas de partes diferentes do corpo, «O I say these are not the parts and poems of the Body only, but of the soul, O I say now these are the soul!» (”Ó, eu digo que estas nom som apenas as partes e poemas do Corpo, mas da alma, ó, eu digo agora que elas som a alma“).

*Steve Taylor, autor do livro de autoconhecimento «De volta à saúde», é professor de psicologia na Leeds Beckett University, Reino Unido. Este é um anaco do seu novo livro, «The Leap» (“O Salto”)

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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Xavier Andre   
Produtos: “De volta à saúde“, traduçom do livro do psicologista transpersoal, Steve Taylor, “Back to sanity“.
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