O PAPA DO AMOR
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Autor Maria Luiza Silveira Teles
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 4/10/2005 10:38:13 AM
O apóstolo Paulo dizia que a fé sem amor é inócua, vazia. Do mesmo modo que Jesus, portanto, ele colocou o amor como a virtude suprema.
O amor, sem dúvida, mais do que qualquer outro sentimento, não apenas une, mas apazigúa, transforma, transmuta, sublima, faz crescer. Ele cura, promove a alegria, abranda os corações.
O amor verdadeiro, que não pode ser confundido com outros sentimentos, como a paixão, é desinteressado, incondicional e abnegado. Ele apenas deseja o bem do amado.
Quando conseguimos crescer espiritualmente, tornamo-nos capazes de sentir um amor universal, que abraça todos os nossos semelhantes. Quando este amor toma conta de nós, nem precisamos perdoar ninguém, porque nunca nos sentimos ofendidos, compreendendo a fraqueza alheia e tendo sempre uma palavra de desculpa para com o nosso ofensor, abrigando-o em nossa complacência.
O amor é a maior expressão de Deus, a melhor maneira de definí-Lo. Ele é paciente, amigo, compassivo e, além de tudo, o melhor “investimento”.
Embora discordando do Papa João Paulo II em várias questões sempre o vi como um verdadeiro símbolo e encarnação do amor. Até o apego e a coerência com seus princípios devem ser vistos como sinal de amor à humanidade e a Cristo.
Ele, como todo aquele que ama a humanidade, parecia carregar todo o peso do sofrimento coletivo e, mesmo nos seus instantes finais, estava preocupado com o que se passava no mundo.
Li muitas críticas, vindas de pseudo-cristãos, a ele. Não consigo compreender como alguém que se diz cristão julga o seu próximo não por suas ações, mas por suas idéias.
Se ele era conservador ou não, o que importa? O que ficará de sua vida é o exemplo de amor, dedicação, abnegação, acolhimento. Ele, realmente, amava seu próximo e procurava seguir os passos de seu Mestre, o que a maioria de nós não faz.
Eu o considero, assim como Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce, um verdadeiro peregrino da fé, que veio, em sua sofrida caminhada, lutar pelo bem , pelo amor, pela paz e por tudo em que acreditava. Enfim, mais uma luz em nossas trajetórias de vida.
Sofreu em sua vida de criança; sofreu, depois, como padre, que defendia os judeus em plena e abominável perseguição dos nazistas; arriscou, muitas vezes, pelo próximo, sua própria vida e entregou-a, com a tranquilidade dos justos, em meio a um sofrimento atroz, a Deus Todo Poderoso.
Maria Luiza Silveira Teles
https://marialuizateles.zip.net
Pedagoga, especialista em Psicologia, Sociologia e Filosofia. Tem 27 obras publicadas pelas editoras Vozes, Brasiliense e Diana Editorial (México). Terapeuta Reiki, consultora pedagógica, faz conferências e dá cursos por todo o Brasil.
Texto revisado por Cris
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Fui professora de Inglês e, depois, professora universitária de Psicologia e Sociologia. Tenho 29 obras publicadas pelas editoras Vozes, Brasiliense e Parêntese. Hoje, trabalho como professora-visitante por todo o Brasil, sou consultora pedagógica e editorial e faça Reiki nas pessoas necessitadas que me chamam. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |