O Patriarca Abraão
Autor Geraldo de Souza
Assunto AutoconhecimentoAtualizado em 18/02/2011 18:02:05
É este HOMEM a raiz geneológica do provo de Israel, é o pai dos crentes. Nascera cerca do ano 2.100 antes de Cristo em UR, na região do baixo Eufrates.
Descendentes de família idólatra, vai Deus escolhe-lo para ser pai de uma nação que será depositária da fé, num Ser supremo e imaterial.
Recebe o chefe dessa futura nação monoteísta a visita do Senhor que lhe faz esta promessa “Eu te farei pai de um grande povo e te abençoarei; tornarei célebre o teu nome.
Cumpriu-se aa risca a promessa divina. Más de dois milêlios após, será ele evocado por Jesus Cristo perante os judeus. “Abraão, vosso pai estremeceu de júbilo, porque ele havia de ver o meu dia”.
E todos os dias, no cânon da Missa, os sacerdotes recordão o seu nome como ofertante de agradável sacrifício a Deus.
Obediente à vocação de Deus – “Deixa a tua terra, a tua família, a casa de teu pai” - ruma Abraão com sua mulher Sara, seu sobrinho Lot e outros de sua pátria, para as colinas de Harrá, viajando do sul para o norte, ao longo do Rio Eufrates.
Pouco tempo residiu ali aquele homem de gente seminômade. Não é esta ainda a em que há de ser realizado o destino de seu nascituro povo. Demanda o Sul para a terra de Garizim, recebe de Deus a confirmação da promessa: “Darei esta terra à tua paternidade.” Desde esse momento o destino daquele povo fica ligado àquela região – a “Terra Prometida”.
Desce depois para o Sul, até os montes de Hebron, mas a fome grassante naqueles ermos o obriga a procurar as fertes pragas do vizinho Egito.
Modelo perfeito de religiosidade, onde quer que ele fixe sua tendas, erige sempre um altar para imolar ao verdadeio Deus. No Egito não fora feliz junto do Faraó que o despede de seu pais.
E Abraão parte logo com sua mulher, com seus numerosos escravos e abundantes rebanhos, acompanhado de Lot e sua família e ainda outros de sua pátria.
A estada no Egito deve ter sido curta, não ficando ali vestígios de gente que fora de Abraão. Ele regressa com os seus a Canaã, a Bretel.
Nos campos de Canaã progridem os rebanhos de Abraão e de seu sobrinho Lot. “A religião já não chegava para viverem juntos”. Surgem então questões entre os pastores de ambos os senhores.
Benevolente e amigo da paz, com o fim de evitar brigas entre os pastores de Lot e os seus, decidiu Abraão fazer a partilha, propondo a Lot que escolhesse a zona de sua preferência. Lot dirige-se para Sodoma e Gomorra, no vale abaixo do Rio Jordão, enquanto Abraão assenta as sua tendas mais a oeste, na região coberta de matas, em Mambre, não longe de Hebron.
As terras próximas do que seria em breve o Mar Morto, eram nesse tempo governadas por cinco reizetes. Tropas procedentes da Mesopotâmia desbarataram os exércitos dessa região, levando consigo Lot, sua família e seus bens.
Informado da desgraça de seu sobrinho, Abraão com trezentos de seus servos, perseguem à retaguarda, derrota os salteadores e recupera a liberdade de Lot e tudo quando havia levado.
Ao regressar Abraão, vitorioso, acerca-se dele um sacerdote chamado Melquisedech que o felicita, ao levar este aos combatentes pão e vinho, que antes oferetara, segundo o costume ao Altíssimo como sacrifício.
Mais tarde , São Paulo deduzira a superioridade do sacrifício de Cristo simbolizado por essa remota personagem misteriosa de Melquisedech, sobre o sacerdócio Hebraico. Cujos ministros do culto eram descendentes de Abraão.
Permitira Deus a Abraão aturar outros dissabores agora no seu lar, por causa das desavenças entre sua mulher Sara e sua serva Agar, mãe de Ismael.
O Senhor visita, novamente, o seu fiel servo, prometendo-lhe que não apenas uma nação nascera dele, como também ira possuir a terra de Canaã, se Abrão “caminhar diante da face de Deus e for irrepreensível”.
Abraão, por sua parte, se compromete ao culto do verdadeiro Deus e estabelece e estabelece a circuncisão como sinal exterior de ccompromisso, sagrada aliança esta de Abraão e seus descendentes como filhos do Eterno.
Deus vai prodigalizando benefícios a Abraão. Envia-lhes três anjos a anunciar-lhe e a Sara o nascimento de Isac. Tem ele então 100 anos de vida. A mulher era estéril e também bem avançada em anos, mas para Deus nada é impossível. Em seguida, descobre o Senhor a Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra por causa de suas desonestidades, mas por consideração a ele, salvará seu sobrinho Lot e as filhas deles. Enquanto a esposa perecerá sob as emanações do enxofre, qquando se submergiam as duas cidades pecadoras.
Um dia uma satisfação imensa invade a Alma de Abraão: Nasce-lhe Isac, o filho das promessas divinas!
Deus experimenta, de novo, o santo varão: Ordena-lhe que imole o filho único, em sua honra, sobre o monte que ele indicará. Com o coração sangrando de dor, Abraão obedece. Levantando-se de noite, põe a sela ao jumento, corta a lenha para o holocausto, e parte com o amadíssimo filho.
Dor atroz para o pai quando, galgando o monte Moruá, tendo levantado nele o altar, pergunta-lhe o rapazinho em sua inocência: “Bem vejo a lenha e o fogo, mas onde está o cordeiro.” – E Abraão responde com voz entalada: Meu filho, Deus deparará a vítima para o holocausto”.
Era apenas uma prova! O Anjo do Senhor suspendeu o cutelo naquele instante em que o pai o suspendera para cravá-lo na garganta de Isac. “Levantando os olhos, Abraão viu um carneiro preso pelos chifres num silvado. Agarrou-o e o ofereceu em sacrifício em lugar do filho”.
O santo Patriarca demonstrara sua completa submissão a vontade de Deus. Estava plenamente aceita a oferta de seu holocausto.
Aos 127 anos morre-lhe Sara. Tem Abraão a alegria de ver o filho desposar Rebeca, sua parenta. Casa-se também ele , novamente com Cetura, da qual gera muitos filhos.
E com a idade de 175 anos fecha plàcidamente os olhos, o pai do povo Hebreu que cumprira com fidelidade sua missão e vocação divinas.
Abrão permanece na história de salvação como homem excepcional. Por sua ardente fé, por sua inteira confiança em Deus, por sua irrestrita submissão às ordens Divinas, por sua bondade e delicadeza, um dos títulos mais caros aos ap povo hebreu é pode chamar-se a si de “estirpe de Abraão”. Quando Israel medita em sua vocação no mundo, quando pensa na salvação de que é vínculo e mensageiro o seu povo, sua mente volta-se para o “Pai Abraão”.
Quando os Profetas aludem à extensão das bênçãos divinas, apontam como centro a figura deste Patriarca admirável.
No novo testamento Abraão é o mais lembrados dos Patriarcas e santos do Antigo Testamento, cerca de 72 vezes; particularmente, ao demonstrar que as promessas divinas feitas a ele se realizaram em Jesus Cristo.
O próprio Cristo reclama para o pecador convertido, Zaqueu, o título de “filho de Abraão”. Mas também declara que a descendência carnal de nada vale. Mas o que importa é imitar as obras de Abraão.
Na eterna bem-aventurança, acolhe Abraão a todos os que tiverem praticado a justiça, seja judeus ou gentios.
Fonte – Livro: As Mais Belas Histórias da Bíblia
Distribuidora Record Rio de Janeiro - 1962
Autor: Dom Oscar de Oliveira
Avaliação: 5 | Votos: 7
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